sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Amor de Deus

O AMOR DE DEUS
Paulo da Costa Paiva


         Deus é amor, ele nos contagia com sua presença, desde o principio, na criação, Ele manifestou a sua essência. Deus criou a vida por amor, toda terra, na sua natureza com as suas criaturas e de forma especial, única e singular, o ser humano, e os tornou a sua imagem e semelhança. Deus ama os homens com amor eterno, mas também a cada um, separadamente, de forma pessoal e singular, ama a todos porque todos nós somos parte Dele e com Ele fazemos parte do todo . Mesmo que uma mãe esquecesse e abandonaste o filho de suas entranhas, Deus jamais o abandonaria, e Ele o chama pelo nome (ISm 3); Pois cada um és único e muito importante para Deus.

         Deus nos amou de forma incondicional, não impondo condições nenhuma para amar. Nosso objetivo desde que respiramos na terra é despertar para a unidade com Deus, " Eu e o Pai somo um", assim falava Cristo nas escrituras. Ama-te assim como és neste momento, não importa o seu passado com seus pecados e vícios, pois dentro de tí, Cristo está presente e chama para um encontro pessoal e libertador. Deus te ama assim, com suas qualidades e defeitos, não por causa de tuas qualidades e virtudes, mas com tuas qualidades. Deus não deixa de amar-te por teus defeitos, te ama como tu és. Ele ama porque és bom e não porque você seja bom. Ele convida ao deserto interior ,deixando cair por nossas mascaras(defeitos e limitações), para manifestar o homem por excelência, um novo homem (Filho do Homem) que se faz presente o nós, em comunhão com o Cristo, nos tornando verdadeiramente Cristão, um novo Cristo.

         Deus criou-nos o homem-animal para despertar o divino em nós para ao despertar comungarmos da felicidade sendo uno com Pai, Ele só procura o nosso bem, a única coisa que Deus nos pede, é que despertemos para coisas do alto, em unidade com amor, que confiemos no seu chamado interior, que nos leva aos seus planos. A primeira coisa que Deus nos pede, não é que o amemos, mas que nos deixemos amar por Ele, e tudo será providenciado na sua misericórdia Divina e no seu infinito amor, na medida em que nos abrimos e aderimos o seu amor por nós, o amor não consiste em que o amemos a Deus, e sim que Ele nos ame primeiro, não fomos nós que o elegemos, mas foi Deus que nos elegeu primeiro (Jr 1,4-19). Nós não fazemos nenhum favor a Deus amando-o, é Ele que nos favorece com seu amor, que é eterno.

Paz e Bem!

Pecado

O Pecado
Paulo da Costa Paiva


         O pecado é tudo que nos afasta, interrompe e enfraquece a nossa relação com Deus e com o próximo. Isso pode se concretizar através de pensamentos, palavras, atos e omissões. Por causa do nosso egoísmo, por apego a certos bens. Ferimos a natureza do homem e ofendemos a solidariedade humana. Para nós Cristãos. O pecado uma realidade que não atinge somente a Deus, mas atinge também toda a comunidade, Deus nos chama a comunhão consigo e com o próximo, mas o pecado quebra essa comunhão. É, portanto “Amor de si mesmo até o desprezo de Deus”. Por essa exaltação orgulhosa de si, o pecado é contrario a obediência de Jesus, que realiza a salvação( No despertar e manifestar do Cristo em nós) .

         Através das Sagradas Escrituras, percebe-se a grande variedade de pecados.São obras da carne que se opõe ao fruto do Espírito:” As obras dos extintos egoístas são bem conhecidos: Fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ciúme, ira, rivalidade, divisão, sectarismo, inveja, bebedeira, orgias e outras coisas semelhantes. Repito o que já disse: Os que fazem tais coisas não receberão o reino de Deus” (Gl  5, 19-21),pois cortam qualquer possibilidade de unidade com o eterno que e puro espirito, devemos inspirar as coisas do alto(transcendente), eterna.

         A palavra pecado poderia até ser substituída por ignorância, orgulho e vaidade, pois são raízes de todas mazelas que arrasta a humanidade para sua própria perdição. Mas segunda as tradições a gravidade do pecado pode ser venial ou mortal. Pecado venial, quando deixa substitui a caridade embora a ofenda e fira. Comete-se quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece a lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento. O pecado venial enfraquece a caridade, mostra uma afeição desordenada pelos bens criados, impedindo o progresso da alma no exercício das virtudes e a pratica do bem moral.

         O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem, por uma infração grave da lei de Deus, preferindo um bem inferior. Para que o pecado seja mortal requerem-se três condições ao mesmo tempo; Seja em matéria grave, e que é cometido com plena consciência e deliberadamente. A matéria grave pode ser  precisada pelos dez mandamentos de Deus, segundo a resposta de Jesus ao jovem rico (Mc 10, 19). Ressalta também vivemos numa sociedade, onde os ricos são cada vez mais ricos, á custa de pobres cada vez mais pobres. Será que isso não é pecado? Os Bispo, mas precisamente da América  Latina, chamam esta situação de pecado social, porque ela é a conseqüência de má organização social e econômica. O nosso comodismo, individualismo e desinteresse, diante desta situação, são culpáveis. O pecado consiste em dizer não aquele que nos ama, a lei e o ideal poderão nos ajudar, mais só  o amor fará de nós cristãos adulto e autênticos.  

Paz e Bem!

Salvação

 A Salvação
Paulo da Costa Paiva


         Cristo apareceu como Senhor e centro da História. Ele é o ponto de convergência de todas as alianças anteriores e o fiador da nova e eterna aliança. Já era anunciado pelos profetas, como o libertador, veio anunciar a Boa Nova e salvar o seu povo dos seus pecados, Ele liberta da maldição do pecado e anula todas as nefastas conseqüências,  para que possamos experimentar a liberdade dos filhos de Deus. Cristo não veio somente para nos libertar do pecado, mais acima de tudo manifestar o amor misericordioso de Deus, para com toda a humanidade, através do anuncio da boa nova e a vivencia concreta das verdades eternas. Sendo de condição divina se encarna no meio de nós, permanecendo por toda eternidade esperando a oportunidade do despertar de cada um de nós, se tornando um com Ele, um novo Cristo, sendo luz para o mundo e sal para terra.

         Apesar de toda a sua grandeza, Cristo não é acolhido pelos seus. Sendo julgado  e condenado constantemente, isso quando não totalmente esquecido ao anonimato das vidas vadias e pecaminosa dos adormecido das coisas do alto(transcendência). Jesus sendo a maior referencia crística para ocidente, foi acusado de blasfemo, endemoniado, agitador político, mas ele não mudou em nada suas atitudes. Segundo as tradições cristã, Ele sabia que esta sua autenticidade de vida lhe acarretaria a morte, pois a pressão das autoridades sobre Ele, era sempre maior, mas nem por isso afastou-se do caminho que o Pai lhe traçou. Por isso ele morreu: Para ser fiel a vida proposta pelo Pai Celeste revelado no silêncio de sua alma, nos ensinando(testemunho e palavras) que ser fiel á vontade do Pai, é superior a tudo, até a própria vida. 

         A paixão de Jesus não foi algo inexplicado em sua vida. Os sofrimentos foram etapas decorrentes de sua maneira de viver , sendo conseqüência de vida e missão. Assim todos nós somos também convidado a seguir a nossa via cruci, nos caminhos do Mestre e Senhor que se faz presente em nós, é morrendo com as nossas miséria junto a Cristo no calvário de nossa vida, que nos salvaremos das correntes da maldade e destruição humana, ressuscitando com Ele(Senhor) em comunhão plena por toda eternidade sendo um Novo Homem, a Imagem do Pai, onde a morte não ameaça mais e nem escraviza.  A salvação é realizada por meio dele que se faz presente em nós onde o Pai deseja a salvação de todos ao comungarmos do  perfeito amor.

Paz e Bem!

Fé e Conversão

Fé e Conversão
Paulo da Costa Paiva


           Jesus Cristo, segundo as tradições cristã nos salvou, arcou com todos os nossos pecados ao carregar a cruz. Morreu por nós e ressuscitou ao terceiro dia, e ao ressuscitar, Jesus nos deu á vida nova. Mas para aceitarmos e recebermos, o que Jesus conquistou para nós. É necessário crer que Cristo se faz morada em nosso coração, pois somos morado do Senhor(Divino), ele se faz presente em nós e devemos como seus discípulo seguir o nosso Senhor, para isso devemos trilar o mesmo caminho que Ele fez, seguir seus passos desde o começo.

            Jesus, o Cristo, Iniciou sua missão indo ao deserto e nós também somos convidado ao deserto interior, enfrentar nossas misérias e limitações(demônios) e descobrir nossas potencialidades para enfim encontrar o Cristo em Nós, e nos tornamos um com Ele. O despertar nos leva ao discipulado por excelência, de manifestar o Cristo em nós e podendo diante das dificuldades e diversidades, sermos instrumentos do amor e luz para mundo, carregando a nossa cruz(limitações), tendo nossas quedas e tendo também oportunidade de se levantar (potencialidades), ao chegar ao calvário de nossa vida, na nossa via cruci a oportunidade de crucificar o homem velho em nós e nós tornar novamente o filho de Deus por excelência, como filho prodigo que volta ao Pai, devemos em espirito retornar as nossas origem em unidade plena com o Deus Pai. 

            A conversão se inicia ao despertar, para coisas do alto, nas busca do Deus que se faz presente em nós, e vai ao deserto em busca de respostas das inquietações temporais e efêmeras, que ilude e escraviza dentro de um que sistema que acorrenta através das ideologias,doutrinações e fanatismo.  através do despertar, entretanto, a nova vida recebida não suprimiu a fragilidade da natureza humana, nem a inclinação aos vícios, que permanece no cristão para prová-lo no combate da vida cristã, auxiliado pela graça divina. É o combate da conversão para chegar a santidade e a vida eterna, para a qual somos incessantemente chamado pelo senhor. A conversão parte da fé, nos ao entregarmos nossa vida a cristo, participamos com Ele de sua vida. Jesus está a porta do coração de cada um de nós, espera apenas que lhe abramos o coração. Ele bate constantemente para entrar, mas nunca irá forçar sua entrada. Espera por sua boa vontade, escute hoje sua voz, não endureça seu coração. Convida-o a entrar.

Paz e Bem!

Senhorio de Cristo

Jesus, meu Senhor!
Paulo da Costa Paiva


         Jesus ressuscitou ao terceiro dia de sua morte na cruz,isso segundo a tradição cristã. O Pai ressuscita o seu filho (Jesus) dentre os mortos, e o exalta gloriosamente á sua direita, Ele enriquece com a força vivificante do seu Espírito, e o estabelece como cabeça seu corpo, que é a igreja, constituindo Senhor do mundo e da História, estabelecendo-se como dono absoluto de todo o universo (Passado, presente e futuro). Cristo é o vencedor da morte e de toda maldição do pecado. Foi lhe dado todo poder no céu e na terra, diante de seu Nome todos os joelhos se dobram. Na versão grega dos livros do Antigo Testamento, o nome inefável com qual Deus se revelou a Moisés, Iahweh, é traduzido por “Kyrios” (Senhor). Tornando-se desde então o nome mais habitual para designar a própria divindade do Deus Israel. É neste sentido forte que o Novo Testamento utiliza o titulo de Senhor ao mesmo tempo para o Pai, mas também para Jesus, reconhecido como próprio Deus.

         Somos convidados a vivenciar em nossa vida, o Evangelho de Cristo, que é o Senhor único em nossas vida, mas para termos acesso a sua pessoa devemos trilhar os passos do mestre(Senhor), que se inicia sua missão convidando ao deserto todos aqueles que buscam fugir das ilusões exterior que escraviza e explora todos aqueles que insistem em permanecerem cegos pela ignorância, preso ao superficial das idolatrias dos mitos personificados, mas não compreendido e que os escritos antigos velam a sua essência,  aos medíocres e mesquinhos de coração (não jogueis perolas aos porcos)... Que por mais que possam ter todas as riqueza do mundo se sentem vazios, pois não estão verdadeiramente vivendo em sua própria essência de vida, mas sendo apenas fantoches manipulados pelo sistema que ilude e fantasia num mundo de fachada onde tudo é belo, lindo e colorido, sendo apenas iscas tolas e adormecidos, meros figurantes num sociedade que tem costume de rotular e numerar as pessoas como insignificantes objetos descartáveis.  

         O deserto interior assim como o real, é sem vida,escuro e frio nas noites das almas, como as nossas próprias misérias e limitações,mas devemos enfrentar nossos fantasmas internos, deixar cair por terra nossas mascaras e vermos como realmente somos como uma carvão cru que deve ser transformado em diamante. Tudo se inicia com o silêncio que vai  do externo até o silêncio da alma, confrontando(reconhecendo) nossas misérias vendo, podendo aos poucos enxergar verdadeiramente as falhas do templo real e interno, onde Cristo faz morada, para então poder iniciar a reforma intima. Seguindo os passos do mestre, no seu chamado interior como um discípulo dedicado, irá aos poucos mortificando tudo aquilo que escravizava, se tornando em vossa própria via cruci o "Cristo" (cristão) que chegará ao seu calvário e se tornará um novo Homem (ressuscitado), sendo Um com Pai pela unidade com o Cristo que se faz presente em vós.  


Paz e Bem!

A Promessa do Pai

A Promessa do Pai
Paulo da Costa Paiva



         Jesus Durante sua missão, se utilizou de muitos modos, de simbolismo para nos anunciar o Espírito Santo, e de forma muito especial, ao simbolizar com água. Porque é princípio de vida. Assim como sem água não há vida na Terra, sem o Espírito Santo não há vida nova. Por esse motivo, o manifesto do Espírito Santo, fez com que Jesus Cristo fosse glorificado. É o apogeu de sua obra salvífica. A promessa do Pai, tratava-se do Compromisso de Deus com os homens, através do Cristo. Que segundo o cristianismo se inicia no Antigo Testamento através de Abraão, onde inaugura a economia da salvação, no fim da qual o próprio Filho(Cristo) assumirá “a imagem”, e a restaurará na “Semelhança” com o pai, restituindo-lhe a gloria, no Espírito “ que dar a vida”. Cristo tinha vindo trazer a vida nova, o coração do homem só pode ser mudado por Deus, que cura e liberta. Por isso é necessário, a renovação interior do homem pelo Espírito de Deus que o transforma.

         O Espírito Santo é um Dom, um presente, que exige resposta de quem recebe. E a resposta implica uma transformação radical da vida. O Espírito vem e transforma o coração do homem. Assim, aquele que age animado pelo Espírito Santo, o faz em virtude da própria exigência do amor que habita nele. A ação do Espírito Santo no homem, modifica de forma gradativa, seus desejos, critérios, e valores, transcendendo a inspirar as coisas do alto. Transformado pelo Espírito, deseja, quer e faz a obra do Espírito, tornando-se uma nova criatura (Gl 6, 15). Cristo ressuscitado (desperto em nós), nos une ao Pai,  e derrama sobre nós sua ciência e vontade para nos redenção e de toda humanidade pela gnoses manifestado alto. O seu Espírito Santo permanece em nós desde sempre, mas é necessário transfigura-lo em nossa vida, fazendo-nos á imagem e semelhança de Deus, sendo um novo Cristo(Cristão) manifestado, sendo sal e luz para o mundo. Portanto nossa ação é absolutamente necessária, pois, a Missão do Cristo passa a ser a missão de todos os cristãos, por intermédio do Espírito Santo. Cristo nos ordena: “Como Pai me enviou, também Eu vos envio” (Jo 20, 21). E assim seja feito a vossa vontade.

Paz e Bem!

Comunidades Cristãs

Comunidades Cristãs
Paulo da Costa Paiva



            Quando Cristo subiu aos céus e depois enviou o seu Espírito sobre os discípulos (At 2,1-13), formaram uma comunidade unida pela fé em Jesus Cristo “Ressuscitado”. Presente no meio deles, pela palavra de Deus, oração e principalmente pela fração do pão (Eucaristia) tudo envolvido numa experiência de doação e amor a Deus e ao próximo. Na Igreja primitiva formada pelos primeiros cristãos, todos que creram, continuavam juntos e unidos, e repartiam uns com os outros o que tinham. Vendiam as suas propriedades e outras coisas, e repartiam o dinheiro com todos, de acordo com a necessidade de cada um. Todos os dias reuniam-se no templo, e nas casas, partiam o Pão e comiam com alegria e humildade, louvando a Deus por tudo.(At 2,42-47)

            Comunidade significa um grupo de pessoas unidas, por um ideal comum. Este ideal leva as pessoas à luta, ao trabalho, a partilha de suas vidas, de suas amizades, de sua fé, dos seus interesses, do seu tempo. Quando juntos, inspirando o mesmo ideal (conspirando),nos sentimos bem ao lado de nossos companheiros de lutas e caminhadas. Isto também acontecia com os primeiros cristãos, quando queriam que Cristo entrasse em suas vidas, pela renúncia do pecado e conservação da amizade de Deus. Pediam o batismo, entrando então na comunidade-Igreja.Como no principio da missão de Jesus. Ele chamou pessoas para segui-lo e juntos formaram uma família (comunidade). Cristo Chama a cada um de nós e através do seu testemunho (Mc 10,43-45). Ele nos chama a servir, numa convivência fraterna, onde precisamos uns dos outros. Cada um de nós recebe de Deus algumas qualidades (Dons) para o bem de todos

            Na comunidade, porém não deve reinar somente uma atmosfera de mútua concórdia, mas também e, sobretudo uma solicitude recíproca, articulada na vasta gama de advertência, encorajamento, ajuda e de paciente compreensão. Por isso a comunidade se torna um lugar de amor de perdão, vivido de forma concreta entre todos como uma grande família. Numa realidade comum, de ajuda mútua, lutas e conflitos, sofrimentos, amizade e amor. Mas essas orientações estão presentes nas Escrituras Sagradas e nas convivências fraternas, e que todas as comunidades busquem entrar na mesma dinâmica, do amor recíproco e da responsabilidade de uns para com os outros. Na correção para os irmãos que vivem desordenadamente, a coragem e o sustento na fé para os fracos, a paciência para com todos, e a conduta de amor como estar nas bem-aventuranças. O amor fraterno é uma maneira de atestar diante do mundo a vocação cristã.


Paz e Bem.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Dons carismáticos

Dons carismáticos
Paulo da Costa


         No novo testamento, mas precisamente no livro dos Atos dos apóstolos e também nas cartas apostólicas, percebemos a forte presença e decisiva do Espírito Santo. Nas primeiras comunidades cristãs, no inicio do cristianismo, logo após da acessão de Cristo aos Céus (Lc 24,44-53). Observando os relatos das primeiras comunidades, ficamos muitas vezes surpreso com as freqüente manifestação do Espírito Santo. “A um é concedido por meio do Espírito a linguagem da sabedoria, a outro a linguagem da ciência, a outro o dom de curas em virtude desse único Espírito, a outro o poder de operar milagres, a outro o dom de profecia, o discernimento dos espíritos, a outro de falar diversas línguas, a outro de interpretá-las. Tudo pelo Espírito(1 Cor 12,8-11).

            Dom é dádiva de Deus, expressão do amor de Deus para com todos nós. A finalidade dos dons carismáticos na vida do ser humano É integrá-lo na comunidade. Os dons só têm sentido na vivencia comunitária. Os dons que recebemos no batismo são; Os infusos e Efusos. A distribuição desses dons é realizada pelo próprio Espírito Santo. Os dons Infusos são: Sabedoria, ciência, inteligência, conselho, piedade, fortaleza e temor a Deus. Já os dons Efusos são: Dons de línguas, interpretação de línguas, profecia, cura, milagres, fé, discernimento, palavra de ciência e sabedoria. Quando batizado muitos desses dons ficam adormecido dentro de nós, sendo necessário um despertar do Espírito Santo com seus dons em cada um, e é através da efusão do Espírito Santo por intermédio da imposição de mãos (que é um sinal de comunicação do Espírito Santo) que acontece o despertar dos dons recebidos no Batismo.

            Em cada cristão: No trabalho, na escola, entre amigos, na família, no seu dia-a-dia. Está agindo o Espírito Santo com suas manifestações, de bondade, alegria, fé, compreensão, paz, serenidade, otimismo, justiça e esperança. E não esqueçamos! Como fala “São Paulo, o “Apostolo” em sua carta aos corintios que:” O amor é o mais importante dos dons do Espírito. De nada me adianta profetizar, falar em línguas, fazer milagres, seu eu não tiver amor. ”(1 Cor 13)

Paz e Bem!

O dom de línguas, o dom de interpretação das línguas e o dom de profecia

Dons Carismáticos II
Paulo da Costa


         Ao falar dos dons que o Espírito Santo realiza e distribui em nós. Entre eles há os dons de palavras, que são: O dom de línguas, o dom de interpretação das línguas e o dom de profecia. O dom de línguas são gemidos controlados pelo Espírito Santo, significando a proclamação de uma mensagem de Deus, numa linguagem desconhecida, em nome de Deus para a comunidade. Esse dom nos revela uma maneira espiritual de expressar essa realidade transcendente, ajudando a orar em determinadas coisas, que temos fugidos de colocar em oração diante de Deus.

         O dom de interpretação de línguas se complementa reciprocamente com o dom de línguas, sendo necessário para que, a comunidade estando em oração, compreender o que estar orando ou proclamando em nome de Senhor. O Espírito Santo concede que se compreenda o que estar sendo dito, através de um entendimento espiritual, e não através de uma tradução conceitual e gramatical.

         O dom de profecia é a palavra de Deus comunicada pelo homem, dirigida a uma pessoa ou a uma comunidade. Profetizar é falar em nome de Deus, é anunciar sua boa vontade a cada um de nós e a todos os povos, e também de denunciar o pecado e as injustiças de um dentro de uma comunidade. Sua mensagem é para agora, para o momento em que estamos vivendo. A profecia vem para orientar, corrigir, exortar, encorajar, falar do seu amor e nos levar a amar a Deus e aos nossos irmãos.

         Todo aquele que é batizado em nome da Santíssima Trindade, logo se torna um profeta a serviço do Reino de Deus, Cabe a cada um de nós, responder a esse oficio divino. Primeiramente, experimentando desse amor e através de nossas atitudes, proclamar o nosso Senhor Jesus Cristo, a nossa pessoa e a todos os povos. O centro da profecia é o Cristo e o seu evangelho, portanto as palavras têm de estar de acordo com a palavra de Deus, com o direcionamento da Igreja e dirigido a gloria de Deus e a salvação dos homens.

Paz e Bem!

O dom de ciência, o dom de sabedoria e o dom de discernimento dos espíritos

 Dons Carismáticos III  
 Paulo da Costa


            Continuando o assunto sobre dons carismáticos, há também os dons de cognição, que são dons de revelação inspirado e direcionado pelo Espírito Santo, que são: O dom de ciência, o dom de sabedoria e o dom de discernimento dos espíritos. O dom de ciência é o dom através do qual o senhor faz que o homem entenda as coisas na maneira que ele entende que o homem penetre na raiz de cada acontecimento, fato, uma situação, estado de espírito. Através do dom de ciência, Deus nos revela, dando um diagnóstico necessário para a cura e crescimento espiritual do homem e da comunidade, ensinado-se sobre as sua verdade divina, permitindo que a sua luz penetre no entendimento do homem.

            O dom de sabedoria inspira o homem, a saber, como deve ser sua atitude em cada situação, a maneira de agir e falar inteligentemente de forma concreta e construtiva em sua vida ou na comunidade, levando-o a decidir acertadamente e de acordo com a vontade de Deus no dia-a-dia, na sua vida pessoal, na comunidade e na sociedade em geral.

            O dom do discernimento dos espíritos, nos leva a distinguir a voz de Deus das outras vozes, que tentam nos confundir (Jo 10,1-6) .É um dom que nos permite a identificar  em nós, nas outras pessoas, nas comunidades, nos ambientes e nos objetos, o que é Deus, ou que é da natureza humana, ou ainda, o que é do maligno. É fundamental para cada um de nós, como cristão buscar essa abertura do nosso ser,para o dom do discernimento dos espíritos, para não nos deixarmos arrastar pelas nossas paixões e pela tentação do maligno, e assim livremente fazermos a vontade do Pai, pois só na vontade de Deus, é que poderemos encontrar verdadeira alegria de nossa vida.

Paz e Bem!

O dom da fé, dom de cura e o dom de milagres

Dons Carismáticos IV
Paulo da Costa


            Concluindo o tema sobre os dons carismáticos, mais precisamente os dons efusos. Finalizo falando sobre os dons de obras que são: Dom da Fé; Dom de Cura e o Dom de milagres. O dom da fé é uma graça especial que o Espírito Santo colocou a nossa disposição para que possamos experimentar concretamente do próprio poder de Deus. A fé que inflama o nosso coração, levando-nos a ter uma experiência pessoal com o Senhor vivo e ressuscitado, dando a certeza que Deus agirá, que Seu poder irá intervir em certa situações da vida confirmando nossa ação e oração como sinal que lhe pedimos. É uma graça á qual devemos nos abrir e pedir a Deus. Pela fé cremos que Deus opera maravilhas em favor do Seu povo. A fé move a manifestações do poder de Deus.

            O dom de cura pode se manifestar de três formas na dimensão humana que seria: Corpo, alma e espírito. Se somos abalados em qualquer dimensão do nosso ser, necessitamos de uma cura. E Jesus deseja curar todas as enfermidades, pois é através da cura que somos levados a conversão e a dar testemunho de Jesus, levando a Boa Nova ao próximo, manifestando e também curando em seu Santo nome. Cura é a reforma da saúde, quando sem tem fé no Senhor. O dom de milagres é a ação do Espírito Santo que, para o bem de alguém, modifica o curso da natureza. O milagre é uma intervenção clara, sensível e visível de Deus no decurso dos acontecimentos. Mesmo sendo impossível aos olhos dos homens.

         Cura é diferente de milagre, pois o milagre se manifesta através de uma cura que nenhuma ciência médica poderia conseguir, e que Deus realiza. Já o dom da cura pode acontecer através da intercessão e por meio de medicamentos, de uma cirurgia, etc. Milagre e cura acontecem porque as pessoas têm fé e acredita que Deus não as esqueceu.

Paz e Bem!