sábado, 20 de junho de 2015

Liturgia

Ação do Povo de Deus 
Paulo da Costa

        Celebrar significa tornar algo célebre, importante, uma ação solene, festivo ou  luto. Os seres humanos por natureza é celebrativo, povos de todos as épocas e de diversas culturas possuem seus ritos para celebrar importante momentos da vida como: Aniversários, batismo, casamento, aprovação no vestibular, formatura e muito mais.  Muitas dessas celebrações são ritos religiosos, ligado aos momentos importante da vida, desde o nascimento até a morte do ser humano. A Sagrada Escritura nos revela que Deus cria o ser humano a sua imagem e semelhança, e não cessou  de vir ao encontro do homem, apesar do pecado original, formando então para si um povo (Israel) de onde surgiria posteriormente a redenção da humanidade, mas nesse processo, Deus estabeleceu uma Aliança por intermédio de Moisés, propondo ao povo de Israel certos deveres (Decálogo), prometendo  a partir da fidelidade do seu povo, iria caminhar com eles, socorrendo-os nas tribulações da libertação a terra prometida. O povo, por sua vez respondia esse amor, celebrando e observando zelosamente seus mandamentos.
            O povo de Israel para celebrar a sua Aliança com Deus, manifestava-se de diversas formas através das festas especificas de cada período (Páscoa; Pentecoste e Tabernáculos).  Eles também iam para o Templo  para ouvir ensinamentos e instruções das lideranças religiosas, prestavam culto a Deus, e quando distante do Templo se reuniam nas Sinagogas locais onde se lia e meditava sobre a Torah, cantando salmos, louvando e orando ao seu Deus fiel.  Na celebração litúrgica existe o movimento de cima para baixo e de baixo para cima: Deus se entrega como o Dom ao povo e o povo acolhe o Dom de Deus, que é a própria misericórdia de Deus para com seu povo, por isso o povo fica feliz cantando e louvando as maravilhas do Senhor, e nesse movimento se manifesta um dialogo entre Deus e seu povo, e Cristo que está presente entre nós, revelou-nos plenamente quem é o Pai (Deus) e ensinou como nos relacionar em espirito e verdade com Deus. Cristo é o intercessor entre nós e o Pai, o caminho, a verdade e a vida que nos conduz a Deus Pai, Sendo Ele o Sacerdote por excelência transborda de  infinitas graças e apresenta ao Pai as nossas preces e suplicas que retribuímos e agradecemos com cânticos e louvores.

            Na liturgia, celebramos o mistério central da vida de Cristo, que é a sua paixão , morte e ressurreição. Esse mistério dar-se o nome de mistério Pascal, e a liturgia celebra a páscoa do Senhor que se tornou a páscoa do seu povo. Experimentamos um memorial de toda a sua via crucis até a sua ressurreição que se inicia no sábado de Aleluia e se manifesta plenamente no domingo da Páscoa, que se tornar também a nossa vitória em Cristo Jesus, na qual celebramos a vida nova com alegria e esperança, em vista de uma realização pessoal como também de uma nova sociedade, fundada na justiça e na fraternidade.  A obra sacerdotal de Cristo se torna a obra da Igreja, Jesus Cristo age como mediador que une Deus aos homens e os homens ao Deus. Tudo isso foi possível mediante a entrega de sua vida pela redenção da humanidade. Por intermédio da Igreja, se dá continuidade  no mundo o que Cristo realizou em sua vida terrena, por isso afirmamos que a liturgia é ação divina e ação da Igreja, sendo que esta ação se faz em memorial do mistério pascal por todos os seculos até a consumação dos tempos.

            Para celebrar a vida, a pessoa se une a outras pessoas se formando um grupo (família), uma assembléia com um só objetivo, que leva ao bem comum,  mediante a sinais sensíveis que nos direciona a uma comunhão com o Pai, pelo Filho Jesus no seu Santo Espirito. Esse sinais sensíveis se manifesta por um simbolismo místico, pois tudo na liturgia é significativo (os objetos, movimentos, gestos, palavras...), que nos leva a transcender a uma realidade invisível e divina, a realidade de Deus onde o céu se faz presente no meio de nós. Não basta juntar esse elementos para se realizar a celebração litúrgica, é necessário ter fé. A fé nos abre a uma dimensão mística, que nos leva a comunhão com Cristo que se plenifica na eucaristia, nos tornando um com Cristo que nos transfigura a sermos um novo Cristo (Cristão), dando continuidade a missão de Jesus em anunciar a boa nova, principalmente pelo testemunho de uma nova criatura que se torna filho de Deus. A fé nos abre a compreensão dos projetos de Deus e nos dispõe através do Santo Espírito de acolhermos a graça que Ele infundi abundantemente em nós.      
Pax!

sábado, 6 de junho de 2015

Reflexão Casual XXXIII


“Se você sofre algum tipo de humilhação, que além dos constrangimentos, as más lembranças ficam martelando em sua cabeça, busque se colocar na situação de quem te agrediu... Se você não é capaz de humilhar seu semelhante que te fez tanto mal, alegre-se!”

Paulinopax