sábado, 17 de outubro de 2015

Bíblia e Moral II


DOM DIVINO E RESPOSTA HUMANA - 2ª Parte
Paulo da Costa

               Segundo o evangelho de João, Jesus é um enviado de Deus pai que age na história por gesto concreto, anunciando (Reino de Deus) e vivendo coerentemente o que proclamava, mostrando sua autoridade que arrastavam multidões, proporcionando a todos a superação da adversidade e anunciando sua mediação (Filho) para o projeto salvífico. É a partir do modelo de Cristo que se dá a real adesão ao plano de salvação, pois é necessário a essa implicação moral da práxis dos ideais cristão de amor e caridade ao próximo em comunhão com Deus para consciência plena da missão universal. Para o Apóstolo do gentios (Paulo) essa compreensão moral advém do ato de se amar a Cristo seguindo através do anuncio e principalmente por seu modelo de vida na obediência como Senhor de toda a humanidade no discernimento do Santo Espírito.
                Nas cartas católicas, Tiago no apresenta que a moral revelado por Deus é a grande sabedoria que se deve ser aprofundada e praticada pelo homem junto ao seu próximo, dando uma grande ênfase a justiça social principalmente junto ao marginalizados. Para Pedro em suas cartas Apostólicas a nova vida em Cristo implica em morte ao pecado para o renascimento levando a humanidade a um sacerdócio santo. Nas cartas aos hebreus o Filho é apresentado pelo próprio Pai como o “Sumo Sacerdote”, o mediador da nova e Eterna Aliança, danado a redenção a toda humanidade na qual convida a uma nova vida (atitude) a partir do seu próprio exemplo de Vida, sendo seus imitadores.  A Nova Aliança ao se concretizar a partir do Cristo Jesus, onde somos perdoados pelo pecado nos oportunizar três realidade que é o” direito a entrada, um caminho e um guia “ e também nos exorta a se comprometer-se a três atitudes a " fé, esperança e caridade".
                Na eucaristia que o projeto divino da salvação atinge seu ápice através de Jesus quando institui a comunhão entre Deus e a humanidade, apresentando a própria morte como forma infalível de união, sintetizando a nova aliança. Essa comunhão implica em responsabilidades comunitárias, numa dimensão moral e depuradora, sendo que os cristãos em seu cotidiano devem buscar essa abertura á ação divina para se manter unido a Cristo. No Apocalipse percebe-se a reinterpretação da Aliança numa abrangência mais aprofundada na relação entre Deus e a humanidade por intermédio de Cristo, que por seu amor e na sua redenção incita a reciprocidade dos cristãos, assumindo sua condição de reino já a partir do batismo e na sua condição de sacerdote, sendo dessa forma ativada a efetivação e instauração do reino de Deus e de Cristo na face da terra. Para isso concretizar é necessários uma serie de ações praticas morais como a oração, o testemunho, as obras justas e etc.
                Através do dom da criação somos apontados em acolhermos a moral revelada para um justo modo de agir, mas freqüentemente o egoísmo prevalece optando trilhar por próprios caminhos, recusando os caminhos propostos por Deus. Mas Deus na sua infinita misericórdia sempre se compadece e nos convida constantemente a uma conversão nos perdoando do pecado. Nesse processo histórico, mas precisamente no Antigo Testamento, percebe-se essa dinâmica binômia de culpa e perdão, que  Deus como criador e sumo bem  oportuniza a remissão do pecado, sendo fruto de seu gratuito amor pela humanidade, cabendo ao homem reconhecer como sinal objetivo do perdão do Senhor manifestado em seus ritos. No Novo Testamento a misericórdia divina é personificada na vida e obra de Cristo Jesus, onde se configura a salvação como o perdão dos pecados nos revelando o seu ministério  messiânico. É a partir do seu sacrifício no madeiro da cruz, que se dar a mediação e a restauração da comunhão entre Deus e a humanidade efetivando a nova e eterna aliança. Cristo ressuscitado sopra sobre os discípulos seu Espírito, sendo a Igreja agora responsável de promover a reconciliação dessas comunhão através do seus sacramentos.
                Cada ser humano é chamado para uma união perfeita com Deus a partir do agir moral  durante toda sua vida. Tendo essa meta escatologia mediante a ação humana relacionado à dependência e participação da ressurreição de Cristo, os cristãos são convidado pelo Santo Espírito a sua condição anterior a se conscientizar de já serem portadores dessa meta gloriosa, mas para alcançá-la deverá evitar corromper o caminho que levará ao futuro escatológico. Essa conscientização do reino de Deus a partir de Cristo como meta escatológica se harmoniza como uma perfeita união de pleno amor entre a noiva (Jerusalém celeste) e o noivo (Cristo - cordeiro), mas cabe a cada cristão cooperar com responsabilidade no o seu justo agir em sua purificação continua, pois somente pelas as obras terá como êxito o dom escatológico da Jerusalém celeste.

continua...
Paz e Bem!         

sábado, 3 de outubro de 2015

Reflexão Casual XXXVII



“Tem gente que se acha tão insignificante (morta) que, necessita se rotular com algum modismo para se sentir notada (viva).”

Paulinopax