sábado, 25 de outubro de 2014

Sacerdote, sujeito histórico na Igreja e no mundo - 2ª Parte

Os Padres da Igreja Romana
 Teologia e sua atualidade - 2º Parte

 Paulo da Costa

                  Nos estudos patrísticas da atualidade, já não existe os conflitos anteriores do passado sobre dogmas e interesses histórico-literario, mas ainda existe certa tensão entre os teólogos que subestima as contribuições histórica e literária assim como os próprios literários e historiadores são quase sempre falhos em suas colocações teológicas. Não se pode escrever a história de maneira puramente objetiva, os estudos patrística por sua própria natureza exige que se adote um ponto de vista teológico, pois são documentos de testemunhas da fé cristã. Há outra questão no que se refere às ideias dogmáticas de santos padres dentro da própria teologia católica, no que apresenta anacronismo histórico, projetando dois conceitos como a ortodoxia e a aprovação eclesiástica como referencia que estão desalinhados entre períodos distintos, onde jamais poderia comprometer alguns teólogos ao suprimir de reconhecimento como Santos Padres ou até o ponto de considera-los hereges como, por exemplo, Orígenes e Tertuliano. A. Benoit inclui entre os santos Padres, todo escritor que contribuíram na tradução e explicação da Sagrada Escritura. Outra problemática levantada é o que se refere ao termino do período patrística. Muito se falam que foi no século VII (Gregório Magno e Isidoro) ou mesmo no século VIII(João Damasceno), Segundo Benoit acredita que o cisma entre o Ocidente e o Oriente, tenha sido o declino e término do período patrístico, mas o provável seja que o fim da era patrística tenha ocorrido muito tempo antes do concilio de Calcedônia (451).

                A transmissão da revelação divina na luz dos Santos Padres mostra inicialmente no processo histórico como a Igreja antiga transmitia sem pretensão de cortes nas obras dos Padres da Igreja e a partir de uma expectativa atual destacamos algumas modalidades, sem antes esquecer uma variedade de textos que encerram os símbolos da fé, que nos transmite formulas e ritos litúrgicos com referencias conciliares que foi pregada pelos bispos havendo uma grande aceitação popular, por intermédio de seus testemunhos revestido de uma autoridade tão ampla quanto à própria fidelidade histórica que até um único Santo Padre pode nos garantir de forma autentica, o testemunho da fé possuída por sua Igreja. Os santos Padres como lideranças de suas comunidades alem de testemunhas são juízes religiosos que por intermédio de suas pregações apresenta Cristo, e mostra-nos até que ponto está de acordo, a convivência fraterna cristã junto às comunidades e em todas as demais Igrejas. Na atualidade temos os Padres Conciliares aos quais compete a mesma autoridade que estes convinham nos primórdios do cristianismo.

                 Diante dos problemas religiosos em seu tempo, principalmente os relacionados às heresias, os santos Padres independentemente serem representante ou não do magistério, tomam um posição bem definida diante das problemáticas da fé, são profetas da tradição apostólica, sem jamais contraporem o magistério eclesiástico. Eles exerceram principalmente o papel de Mestre da fé ao assumirem a tarefa de repartir aos seus contemporâneos o pão da palavra divina. Eles com todos seus conhecimentos profano na sua experiência de vida na fé guiado pelo Santo Espírito, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento da doutrina da Igreja indicando o caminho, inclusivamente para o futuro. Hoje eles continuam sendo mestre da Igreja antiga cuja autoridade não nos vincula especificamente, mas nos serve de orientação para fidelíssima tradição cristã.

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sábado, 18 de outubro de 2014

Sacerdote, sujeito histórico na Igreja e no mundo

 Os Padres da Igreja Romana
 Teologia e sua atualidade

 Paulo da Costa



Os Padres da Igreja tem um papel relevante na história da tradição do catolicismo como de toda a cristandade ao transmitir a revelação divina. Homens que se tornaram referencia num período crucial do cristianismo onde era apenas uma de muitas seitas existente. Movidos pela providencia divina, estes santos Padres auxiliava a Igreja em momentos difíceis, se tornando verdadeiros guardiões da fé e da tradição, como os mais próximos testemunhos posteriores aos apóstolos. Já no inicio do primeiro século, no mais primitivo da era cristã, os bispos eram chamados de pais, mas não se pode afirmar com certeza se essa terminologia se referia algo mais do que mestre ou coisa semelhante. Mas o certo que no decorrer da história do cristianismo já se apelava para os Santos Padres da Igreja como testemunhos da verdadeira doutrina.

Os Padres da Igreja eram principalmente chamados os contemporâneo e presente participantes do primeiro Conciliam de Nicéia (325 d.C.). Comparando aos antigos do judaísmo (Patriarcas), eles também são considerados como representantes maiores da tradição cristã. Segundo Vicente Lerinense, o primeiro teórico da autoridade doutrinal, baseado em Agostinho, desenvolveu critérios onde se pode apoiar não somente na autoridade dos Bispos já então falecidos, como também em todos os escritores eclesiásticos. Ele apresenta que a autoridade de um Santo Padre se caracteriza por aquilo que ele ensina na unidade da comunidade eclesial e na fé. Mas segundo o “Decretum Gelasianum de libris recipiendis et non recipiendis” (Começo do Século VI), apresenta de forma mais fundamentada a distinção dos autores que merecem realmente o nome de “Padres da Igreja”, como também os que são considerados escritores eclesiásticos e até os que são apresentados como hereges.

Os santos Padres foram os desbravadores nas investigações mais aprofundadas da sagrada escritura. Não apenas se entreteram aos fundamentos dogmáticos, mas buscaram uma abrangência maior nos domínios dos textos sagrados. Séculos posteriores os escritos dos autores da antiguidade cristã, foram também investigados literalmente e historicamente. Como o trabalho apresentado por Jerônimo (Final do século IV) em cima dos textos de Eusébio de Cesareia, elaborando então a primeira “Patrologia”, surgindo outros posteriormente e traduzidos em grego.  A patrística no período da Idade Média ficou na obscuridade desse período, apesar dos estudos dos santos Padres fornecerem as bases no período inicial da teologia escolástica, poucos teólogos se interessaram pelos Padres da Igreja, se destacando nesse período (século XIII) Tomas de Aquino e Boaventura. Sendo resurgindo num tímido interesse nos séculos posteriores, através do aparecimento de antologias metódicas, confecções de catálogos dos santos Padres e seus escritos, principalmente calcadas nas obras de Jerônimo e da Ganádio.

            No Período da reforma protestante e do humanismo, os estudos patrística passaram por um período de mudanças bem radicais. Em busca de trazer a luz tudo que era importante da antiguidade, os humanistas resgataram a literatura cristã antiga numa revisão aprofundada e critica de todo material encontrado, paralelamente os reformadores deram uma atenção maior e ampla para os Santos Padres que representavam a igreja primitiva ainda não arruinada. Em resposta ao forte impulso humanístico e protestante, os teólogos católicos dedicaram-se com ardor aos estudos patrística, surgindo então à teologia positiva, promovendo um reflorescimento dos estudos dos Padres da Igreja, que culminou, especialmente na frança uma extensa edição dos Santos Padres (edição de Maurin). Somente no século XIX veio novamente a mudar, através do moderno estudo evolucionário cientifico especialmente dos protestantes alemães, onde se encararam as escritas patrísticas como simples testemunhos históricos. Já a teologia católica aparentemente atrasada diante desses novos estudos, veios nos apresentar, promovendo também um estudo em âmbito mais vasto, não se limitando á história dos dogmas, mas se esforçando sempre em permanecer no campo da teologia. E através de autores católicos como Bardenhewer, e principalmente Altaner e Quaster foram publicado notáveis manuais de patrologia.


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sábado, 4 de outubro de 2014

Reflexão Casual XXV


“O sentido de minha vida e sempre ajudar o meu semelhante, pois sem isso esvazia a razão do meu viver.”

Paulinopax