sábado, 17 de dezembro de 2016

No seio da terra

Além do Sensível
 Paulo da Costa Paiva
“Uma geração perversa e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas. De fato, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra..." (Mt 12, 39-41)

         Assim como hoje  os escribas e fariseus da época de Jesus, se questionavam e buscavam sinais concreto de sua falácia que arrastavam multidões, modificando radicalmente a vida de muitos que acolhiam na fé suas palavras. Se percebia que aqueles que se tornavam adeptos do Nazareno, uma vida renovada  e que a cada passo que se dava na radicalidade do ideal  de Cristo, se transformavam como água em vinho, a vida de muitos que buscavam nascer outra vez , mas agora no Santo Espirito. Claro que as bonanças vieram com o tempo, no meio de tribulações e muita perseguições, através  do Paráclito prometido e manifestado para todos aqueles que aderiram a boa nova e o declaravam como o Senhor de suas vidas. Não existe problema em questionar, e parece ser  um gesto louvável por parte dos Escribas e Fariseus, como foi também de Tomé ao duvidar da manifestação de Jesus ressuscitado aos outros discípulos. O problema está quando se limita  (finito) somente  para realidade que se ver e se sente, pois Cristo (o verbo de Deus) veio ao mundo anunciar a boa nova que é algo concreto sim, mas vai muito além, pois se torna transcendente por seu intermédio que se faz presente em nós (templo do Senhor), mas só é possível ter noção através da experiência com o ressuscitado, renascendo com Cristo para a vida nova, e ao tornar-se um novo cristo (cristão), é que se compreenderá que não existe limites quando está em unidade (sintonia) com Deus.
         Buscar compreender o infinito na finitude da vida, se tornar algo meramente especulativo pois vai além da nossa compreensão querer limitar o próprio Deus, mas é possível vivência-lo , na dinâmica da vida ao se entregar nos exercícios das verdades revelada, através da experiência com o Cristo que se faz presente em nós. Por intermédio do deserto (silêncio)  se desfazendo de toda roupagem e mascaras (morte) mostrando como se é realmente, se tornar possível, o grande encontro onde se revela plenamente(Vida nova) e onde as duvidas encontram um norte, uma luz (Cristo) para viver as verdades existências , pois é necessário assim como Jonas e o próprio Jesus nos ensinou, a morrer (ventre do peixe, Seio da Terra) o homem velho que há em nós para renascer o homem novo (Cristo). Não podemos viver na arrogância e na prepotência, de que se sabe de tudo e  que se domina todas as verdades universal, como também vivendo no contrario na  mediocridade de uma vida fútil e inócuo, que se acomoda na ignorância, deixando que outros pensem (ideologia) e defina o destino fugaz aceitando tudo como tolas ovelhas guiadas pelo falso pastor, que dá verdades(falsas) prontas e acabadas (sinais - fabulas) como se fosse revelação divina, definitiva e dogmática. Quando alguém pede um sinal está subestimando, ou não se tem o costume por si próprio  de questionar e chegar a uma conclusão, por isso se acostuma que outros pensem por ele e lhe apresentem as verdades existências, mesmo que sejam mentirosa e tendenciosa.
         Devemos sair do comodismo, para realmente buscar o real e existencial de nossas vidas, pois assim como a rainha do Sul, que veio de terras distante para ouvir as sabedoria do rei Salomão, devemos nos esforçar em ir atras do verdadeiro sinal que não se limita ao sensorial, mas convida a vivencia-lo para comungar das verdades existencial. É fundamental o exercício de interiorização, quando se convida a rezar (orar), como também ir ao deserto o objetivo é se encontrar consigo mesmo nas miséria e limitações humana, pois somente na humildade de quem veio do pó e do pó voltará, é que se poderá encontrar  o templo do Senhor que se faz presente em nós. Estando em comunhão com Cristo, vivenciando esse  encontro único e verdadeiro que continuará posteriormente a partir do próprio esforço e fidelidade ao seu Senhor, é que irar se manifestar as curas, que vai restaurar  e capacitar(unção), tornando um novo cristo (discípulo), que nunca mais será o mesmo, pois quem experimenta sair do tumulo das ilusões para verdades eternas, vivência já aqui mesmo o reino dos céus.

Paz e Bem!

sábado, 3 de dezembro de 2016

Reflexão Casual LI


“Muitos querem se assemelhar a Cristo, mas somente na glória e jamais na cruz. Não querem jamais carregar o peso de suas cruzes (missão e salvação) e de seus flagelos (pecado), Querem somente o gozo da glória e com palavras vazias (Oração sem trabalho) o direito de serem glorificados ao julgar e condenar seu próximo!”

Paulinopax

sábado, 19 de novembro de 2016

O homem como o sujeito de sua própria história...

Homem, Imagem e semelhança de Deus
           Paulo da Costa Paiva

         O homem como o sujeito de sua própria história, interagindo com o mundo em suas diversas épocas, em inúmeras regiões e contextos deixou sua contribuição no decorrer dos séculos com um legado que nem sempre é positivo, mas que nunca se omitiu em deixar a sua marca (característica) na história. O homem que desde os primórdios se mostra inquieto no que se refere aos mistérios inalcançáveis de Deus necessita-se da fé para aceitar e buscar algo além de sua compreensão, buscando articular um contato, uma relação próxima com essas divindades. Nesse processo histórico se observa as variadas formas de manifestações na relação humana com o divino, sempre tendo como ponto de partida a  experiência do homem com Deus. O Homem em sua totalidade como o centro (sujeito) de estudo cientifico no processo histórico, acredita-se que deu seus primeiro passos durante a Revolução iluminista (Séc. XVIII) como também segundo algumas correntes pode ter sido desenvolvido bem antes, por séculos que remotos na Antiguidade Clássica. No contexto religioso, mas precisamente no cristianismo não se existia um documento especifico de forma relevante sobre o homem em sua totalidade, apesar de existir em praticamente todos escritos da literatura e do magistério cristã referências ao homem. No concílio Vaticano II mas precisamente na constituição pastoral Gaudium et spes é apresentada uma síntese da atual  sociedade de grande valor antropológico, tendo como o essencial a consideração do homem em sua unidade como também a sua totalidade em suas diversas dimensões, que tem como objetivo iluminar a humanidade diante das problemáticas contemporâneas e existenciais que atormenta e muitas das vezes à deixa sem norte.
            A Constituição Gaudium et spes se inicia falando das verdades fundamentais do homem desde sua criação, passando pela infidelidade da desobediência que o levou a pecar, mostrando a imaturidade diante da liberdade concebida por Deus e as conseqüência de suas escolhas. Apresenta também,  o homem em sua totalidade constituída (Corpo e alma), com a sua dignidade, inteligência e princípios morais. Mostrando sua relação com Deus, sua vocação ao dialogar  e colocar seus questionamentos diante de uma sociedade que se afasta cada vez mais do transcendente, problematizando uma ateísmo crescente na contemporaneidade, e diante disso como a Igreja responde essa situação iluminando a partir do próprio evangelho ao destino ultimo do homem. Na dimensão antropológica a maior contribuição que a Gaudium et spes nos apresenta como importante e original, é o modelo por excelência de homem apresentado por Cristo que sendo Deus(verbo - Filho) ao encarnar, se manifesta o mistério inesgotável do amor de Deus(Pai)por toda humanidade. Apresenta a vocação de cada um de nós de sermos assim como seu Filho novos cristos, pois assim como Ele (Deus) se fez humano quis nos mostrar que a humanidade pode também ser divina (Imagem e semelhança). Como o novo Adão supera toda a realidade do homem velho (Adão) preso as sua misérias (pecados) que ameaçavam totalmente sua dignidade original de filhos de Deus, a partir de seu testemunho como homem se manifestava sua atitude divina que libertava e renova-va a esperança e a dignidade de todos que acolhia suas palavras (semente do reino de Deus) em seus corações
        Não se deve imaginar que Gaudium et spes se limita somente numa dimensão teológica pois vai muito além , tendo a partir dessa afirmação o principio  que fundamentalizará a antropologia teológica, que revela por intermédio de Cristo a novidade que é a boa nova para toda humanidade, onde a nossa dignidade foi restaurada por intermédio de seu filho que manifesta o Pai por seu infinito amor , redimindo-nos no madeiro da cruz como consequência ultima de sua obediência ao sumo bem. Somente na luz dos evangelhos tendo por modelo a pessoa de Cristo é que viveremos a vocação humana em plenitude, mostrando que é através da nossa própria humanidade assim como fez Jesus, que poderemos manifestar a perfeição divina que há em nós, mesmo de uma forma utópico por nossas limitações, Cristo nos mostra que não é tão distante e nem impossível se assemelharmos a sua Pessoa, nos apresentando dessa forma que o mistério do homem se esclarece no mistério do verbo encarnado. Não se pode confirma com precisão que os documentos teológicos referente ao homem antes do concílio e desenvolvido na Gaudium et spes estejam pronto e definidos, isso seria incoerente pois permanece ainda um grande abismo na sua formação, que assim como homem é um ser sempre em desenvolvimento inesgotável, pois é uma ser inacabável assim se tornar também para teologia como para antropologia. Mas o concílio aponta o caminho a seguir para solidificação da antropologia teológica que tem como sujeito e referencia primordial o homem Jesus que manifestou na sua própria humanidade a sua divindade.


Paz e Bem!

sábado, 5 de novembro de 2016

Reflexão Casual L


“A paz ou o inferno, constantes que insistem em permanecer em sua vida, sempre dependerá exclusivamente de suas atitudes.”

Paulinopax

sábado, 15 de outubro de 2016

" Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis. "

Pobre por excelência

Paulo da Costa Paiva


" 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos.A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo. 4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos,aquele que o havia de entregar: 5'Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata,para as dar aos pobres?'6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela. 7Jesus, porém, disse:'Deixa-a; ela fez isto em vista do dia de minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis." (Jo 12  ,3-7)

            Jesus ao visitar Lazaro é surpreendido com a atitude de Maria (irmã de Lazaro) que aos seus pés derrama quase meio litro de caro perfume (Nardo Puro), essa atitude incomoda Judas por desprezar a amorosa manifestação de carinho de Maria por seu Senhor. Ela que já pressentia em seu coração angustia dolorosa que advinha brevemente sobre Jesus. Cristo se impõe ao seu discípulo que duro de coração não compreendia aquela mística manifestação amorosa que preparava ao seu amado mestre a sepultura. Judas que levianamente se mostrava preocupado com o desperdiço daquele perfume que poderia arrecadar um bom dinheiro para os pobres não percebeu que o mais importante naquele momento era esta junto ao seu Senhor, pois o noivo ainda estava presente entre nós (Mt 9, 14-17 )

            Jesus e seus discípulos foram à casa de Lazaro na qual eram amigos e muito próximo, onde também lhe foram oferecido um jantar. Quando se há uma intimida com Cristo se torna possível essa comunhão que se manifesta pelas atitudes que demonstram o verdadeiro  cristão que ama seu próximo sem querer nada em troca, por caridade e amor  a todos (humanidade) sem distinção em pleno amor incondicional e essa comunhão se torna por excelência na eucaristia onde se come e bebe junto a mesa com Cristo nosso Senhor na perfeita e mística comunhão com o Divino que se faz morada em nosso coração. Marta irmã de lazaro e de Maria como sempre agitada (Lc 18,38-42)no seu ativismo não conseguia comungar plenamente com Cristo Jesus presente,deixando passar entre seus dedos a grande graça e onde somente uma coisa era realmente necessário para ela e novamente desperdiçaras.

            Maria junto aos pés de Jesus nos revela a missão de todos nós de segui-lo como o modelo Ideal de vida para santidade na comunhão com a divindade que se encarnou no meio de nós. Mostra também que o ministério de servir ao próximo não é exclusividade dos ministros ordenados (clero) mas está acessível a todos os que tem boa vontade em seus corações e determinação de fazer o bem comum através do próximo. Cada um de nós somos chamado a sermos luz para o mundo e sal para terra, é a partir de nossa coerência de cristão (novos cristos) que leva a uma práxis do evangelho até os confins do mundo, e claro, totalmente desprovido de interesse nenhum nem da própria salvação ou do temor de ir  ao enferno, mas fazer o bem sem saber a quem, por livre e desapegado exercício de amar incondicionalmente, pois esse sim é a essência da Boa Nova, amar por amar pois foi assim que Cristo se fez homem e nos amou sem querer nada em troca,  que por paixão foi até as ultima conseqüência no madeiro da cruz morrer pela humanidade.

            Outro ponto importante e que foi exposto na discussão, foi a questão do pobre colocado de forma leviana e tendenciosa por Judas, mas Cristo deixa claro que os pobres estarão sempre entre nós, e que Ele (Jesus) naquele momento seria o pobre por excelência, sendo já profetizado, pelo menos numa dimensão cristológica como o servo sofredor (Is 53), Jesus seria aquele que carregaria sobre si toda a nossas enfermidades(pecados), foi ultrajado, humilhado e tudo suportou nos resgatando pelo seu sangue derramado no madeiro. O Cristo Jesus se faz presente entre nós e de forma emergente nos seus pequeninhos, que são os excluídos e marginalizados da sociedade, que diariamente são ultrajados, humilhados, zombados e mortos por nossas próprias mãos que de forma muito hipócrita se juntam para rezar dominicalmente nos templos como se nada tivesse acontecido.

            Assim como Judas, podemos cair na cilada da hipocrisia de se importa com o pobre somente numa dimensão superficial, se limitando aos discursos vazio e demagógicos. Que na prática torna um falso cristão, em total contradição com tudo aquilo que o Mestre Jesus ensinou, de amar o próximo de forma despretensiosa por um simples ato de experimentar do amor de Deus que contagia e envolve, mergulhando numa mística que só é possível se realmente ama de forma incondicional, como o mestre amou e ensinou. Também não adianta se prender num tradicionalismo vazio e sem vida, pois nada há de se frutificar espiritualmente se não uma praticidade do próprio cristianismo, por isso Ele (Jesus) fala claramente, "quanto a mim, nem sempre me tereis." Pois se limitar somente aos discursos numa convivência com Deus  "meia boca" de forma egoística e insensível as dores do próximo sem nada fazer ou se importar, realmente Cristo não estará nesse meio, pois Ele não compartilhará com os malfeitores e ladrões de vidas e sonhos.


Pax!

sábado, 1 de outubro de 2016

Reflexão Casual XLIX


“Assim como a genialidade e as virtudes são manifestações divinas presentes no ser humano, a maldade e os vícios também manifestam os demônios que há em cada um de nós!”

Paulinopax

sábado, 17 de setembro de 2016

Ele vai transfigurar nosso corpo humilhado, conformando-o ao seu corpo glorioso (Fl 3,21)


Transfiguração de Jesus
Paulo da Costa Paiva

Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta montanha. Lá se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o sol,suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura.E eis que apareceram Moisés e Elias conversando com ele. ( Mt 17, 1-3)

Jesus sobe a montanha junto com três dos seus discípulos, são os que Ele mais comumente os levava consigo para orar e partilhar de sua intimidade mística (Divina), testemunhando e glorificando o poder e a glória de Deus. Mas nesse dia ao subirem, em certo momento enquanto Jesus orava seu rosto e sua veste ficou resplandecente de brancura, surgindo posteriormente Elias e Moisés que junto conversavam sobre o comprimento de sua missão em Jerusalém. Pedro perturbado com tudo que se via naquele exato momento, ficou muito temeroso e totalmente desorientado sem saber o que falava, dizendo se poderia ele levantar três tendas para os profetas que junto a Ele conversava. Nesse momento umas nuvens os envolvem e uma voz do alto se manifesta dizendo: Eis o meu filho muito amado ouviu-o.
Quando Jesus toma consigo os discípulos e sobem juntos ao monte, nos apresenta um convite a cada um de nós a oração, a um encontro com Deus. buscar as coisas do alto é estar se desejando um contato místico, um diálogo com o transcendente, que está muito além da nossa realidade do comum, isso só se é possível na interiorização de nossa consciência que nos leva a oração, ou melhor, dizendo a um encontro com o divino que se faz presente em nós e em tudo que há no universo manifestado (onipresente onipotente e onisciente), mas imperceptível para os adormecidos, cegos e insensíveis para as coisas eternas, presos e acorrentados as coisas meramente efêmeras das ilusões no mundo consumista. Mas quando se despertar e entra em comunhão com o divino cai por terra às escama dos olhos podendo ver uma realidade inigualável.
Moisés e Elias ao se encontrar com Jesus no alto da montanha e que juntos conversavam, nos mostra que naquele momento se apresenta e se confirma as escrituras do Antigo testamento, onde tanto Moisés como Elias foram testemunha da glória de Deus visto do alto da montanha, onde Deus se manifestava anunciando a sua lei e as promessas futuras de redenção para humanidade, que se dará posteriomente pelo o santo sacrifício da nova e eterna aliança provinda pelo cordeiro de Deus, o Messias prometido, confirmando dessa forma que a paixão de seu Filho (Servo sofredor) amado era realmente necessário para o comprimento da Sagrada Escritura. As nuvens envoltas dos profetas como também de Jesus onde se ouvia a voz divina, confirma a sua filiação agradável e divina de Jesus, lembrando também a semelhante situação no batismo junto com João no inicio de sua caminhada como o Messias.
A Transfiguração de Jesus nos mostra a prefiguração da glorificação escatológica, onde Cristo senhor do universo na consumação ultima do gênero humano irá vim glorificado e reunirá os seus na Jerusalém celeste onde o Céu e a terra será um só lugar para os eleitos na presença eterna de Deus. Quando se falava que o Reino de Deus está próximo é o Próprio Jesus que se fazia presente na multidão, Ele que é a tenda por excelência, pois é Deus e se encarnou no mundo, onde sua carne é tenda e sua essência divina é Deus no meio de nós. Assim como Jesus subiu e montanha e transfigurou , somos convidados a subir a montanha e buscar as coisas do alto (o divino), dialogar e principalmente escutar o que Ele nos diz no deserto interior.
Jesus ao se transfigurar, quer nos mostrar que o espírito transcende a própria morte e o que é temporário, e que apesar da morte a vida continua, pois Jesus mesmo sofrendo todos os flagelos que se possa existir  e carregando em seus ombros a miséria humana, no terceiro dia Ele ressuscita com o mesmo corpo flagelado mas agora glorificado pela graça divina de seu Pai. O reino de Deus que se faz próximo é próprio Cristo que se faz presente em cada um de nós, pois sendo nós moradas do Senhor devemos transfigurar (manifestar) O Cristo que há em nós. Isso só é possível numa íntima relação com Deus, numa vida mística de oração e trabalho em favor do reino de Deus que se faz na caridade e no testemunho diário, sendo sal e luz para mundo, carregando (levando) a Cristo a todos sendo verdadeiramente a Tenda do Senhor.

Paz e Bem!

sábado, 3 de setembro de 2016

Reflexão Casual XLVIII



“Por mais invencível que o inimigo aparenta ser, sempre haverá um ponto fraco a sua frente para aniquilá-lo. Porém nunca subestime um adversário, pois esse pode ser o seu maior trunfo.”

Paulinopax

sábado, 20 de agosto de 2016

"Jovem, eu digo, levante-se!"

 Despertai, ó tu que dormes!

Paulo da Costa Paiva

 Ao vê-la, o Senhor ficou com muita pena e lhe disse: “Não chores”. E, aproximando-se, tocou o caixão; os que o carregavam, pararam; e Jesus disse: “Moço, eu te ordeno, levanta-te” (Lc 7, 13-15)

            Jesus vinha caminhando junto com os seus discípulos a caminho de Naim, aonde também vinha uma multidão os acompanhando, todavia muitos dos que vinham, eram somente na busca de milagres e poucos eram os que compreendiam as suas palavras, mas o seguiam com um fervor no coração cheio de esperança e vida, pois seguiam aquele que dá a vida plena em abundância. Já na direção contraria vinha a viúva, chorando dolorosamente a morte prematura de seu único filho, junto dela uma multidão cabisbaixa e reflexiva com o fato lamentável da viúva, e muitos se identificavam com as suas dores no dia a dia na labuta sem nenhuma expectativa de vida e sem esperanças de melhorias, presenciando o que iriam também finalizar seus próprios destinos de dor e morte.

            Quando essa duas multidões se encontram na porta da cidade, há um choque de emoções alguns vinham felizes e agraciados, enquanto outros vinham tristes e reflexivos; Trazendo para a nossa realidade nos mostra o cotidiano de cada ser humano desde sua natalidade até a sua morte, em uma peleja que o acompanha como sua própria sombra. Jamais encontraremos a felicidade plena e permanente na terra, até chegar o grande dia prometido por Cristo na sua vinda gloriosa, então essa vida que experimentamos no suor de cada dia, é o nosso vale de lágrimas que gemendo e chorando buscamos a paz e a felicidade plena, ou melhor, dizendo os céus, o nosso ponto de partida que é Deus, pois de lá viemos e devemos por graça divina retornar para toda eternidade.

            Cristo se compadeceu das dores da pobre viúva, que perde na flor de sua juventude o seu único e amado filho, e busca consolá-la. Quantas mães sofrem dores profundas que superam infinitamente as de parto no seu dia a dia, com seus filhos vitimados pela violência, filhos esses que procuram principalmente as drogas, outros são vitimas dos próprios jovens que entram na criminalidade, como toda sociedade em geral vitimada pela violência, intolerância e indiferença. Quando não são as guerras declaradas entre nações ou etnias, são as guerras camufladas pelos os governantes incompetentes e corruptos que tentam maquiar a desigualdade social levando a uma violência generalizada causada pelo poder paralelo do crime organizado. O mesmo Cristo se compadece de todos nós, mas é preciso ouvi-lo e deixar-se tocar por ele.

            Jesus ao se aproximar do corpo e ao tocar o jovem o ordena  que se levante, com uma autoridade única que vem dos céus, pois sendo Deus encarnado entre nós, sua palavra se tornar viva, como correntes que caem por terra, doentes que se curam e mortos que ressuscitam de seus túmulos, mas é a partir da experiência verdadeiramente de corpo e alma com Cristo Jesus, que se torna possível um renascimento, uma vida nova em Jesus. Ao despertar, o jovem conversa (anuncia) com todos ao redor sobre a vida nova experimentada (testemunhada) a partir de Cristo. O testemunho é fundamental para motivar e contagiar a todos desesperançados e mostrar-lhes que a vida continua e morte nenhuma nos separa do amor por excelência, o sumo bem que é fiel e amável para com todos.

            A palavra que se fez carne e habitou entre nós é Cristo, e Ele se faz presente em cada um de nós, por intermédio de seu Santo Espírito que se manifesta em plenitude, transbordando do interior para o exterior... Deixai Cristo despertar dentro de vós, pois é ouvindo sua voz no deserto interior de seu coração, que irás sair da sepultura da morte (ignorância), da escura caverna da vida tosca, de supérfluas ilusões que só te faz sofrer, pois ilusões não pode nada te oferecer de concreto, a sensibilidade limitada da carne te envolve no gozo temporário e te acorrenta para essência cósmica e eterna do Sumo Bem, que é  o Pai criador que te fez a sua imagem e semelhança, que só irá realmente se assemelhar, quando em comunhão com Cristo se tornar um novo cristo em palavras e atitudes.

Paz e Bem!

sábado, 6 de agosto de 2016

Reflexão Casual XLVII


“Infelizmente a maioria prefere está na zona de conforto da fé, vivendo na alienação e no fundamentalismo religioso, mas somente se é realmente cristão aquele que vê verdadeiramente o Cristo no próximo e o acolhe com amor desmedido, principalmente naqueles que não tem ninguém por eles, os excluídos e marginalizados de nossa sociedade.”

Paulinopax

sábado, 23 de julho de 2016

O Cão, o Lobo e as Ovelhas II ...

Teatro da Vida 

Paulo da Costa Paiva
Diante desse mecanismo de lobos e ovelhas, temos os caninos companheiros fieis dos pastores (filosofia), que tem os sentidos apurados para resguardar as tolas ovelhinhas que são facilmente seduzidas para o abate dos carniceiros e insaciáveis lobos famintos. Os críticos são presença na sociedade que incomoda, eles não têm a verdades em mãos e não são pessoas superiores a outras, mas tem um grande diferencial que é a ousadia de ver a vida sem as ilusões fantasiosas e coloridas, de um mundo de fachada e faz de conta. Eles preferem encarar o mundo de angustia e dor, buscando soluções ao denunciar de varias formas e artes, do que se embriagar na pior droga e mal que existe na humanidade que é a ignorância. Para muitos é insuportável se quer em pensar numa vida fora das ilusões, pois seria uma dor de morte por não ter estrutura para encarar uma realidade nua e crua, de um mundo de desigualdade, injustiças, fome, guerras e muita miséria, causada pela ganância (egoísmo), inveja, ódio e indiferença ao seu semelhante, pois isso é muito real e concreto que existe desde sempre muito além do quadrado que você vive do seu mundinho colorido. 
Infelizmente muito vivem numa total alienação se embriagando com entorpecentes emocionais e de prazeres efêmeros que os tornam dependentes cada vez mais e mais, numa total submissão (escravo) sem vida e sem alma, pois vendeste a preço de banana ao seu senhor que quer sugar sua vitalidade até última gota de sangue e depois te jogar fora como um verdadeiro lixo. Pois para o mundo consumista o ser humano só tem valor até quando ele pode oferecer algo, e depois se tornar nada (um ser inexistente) nesse lindo mundo fantasioso e colorido, onde tudo é perfeito e todos são felizes de fachada. O pior cego são aqueles que não querem ver e que muitas vezes preferem tachar os críticos como loucos e revoltados do que realmente lhe dar a atenção necessária para o bem comum e salvação de sua própria alma.
Mas diante dessa roleta louca da vida, cheio de falsas promessas e reais angustias devemos buscar sempre observar e se questionar de tudo, até dos ditos inquestionáveis como a fé, por exemplo, ou se não, vai viver uma vida toda numa fé infantil de faz de conta. Essa é pior mentira que existe que é querer se auto enganar com medo de se questionar, medo de ser tudo ilusão, uma grande mentira. É necessário mergulhar de forma profunda e amadurecida nos questionamentos existenciais da vida na busca das verdadeiras respostas que acalenta e madurece a alma de forma crítica e mística. Sim, pois não podemos somente buscar repostas racionalmente, pois somos seres limitados, e nossa concepção de transcendência é muito rasa, como é a nossa finitude no tempo. Por isso é importante não ter tabus e nem preconceitos diante da verdade devemos avaliar tudo para saber o que é realmente conhecimento valido ou não para a pessoa em si, como também para o todo (humanidade). Para amadurecer de forma intima com o seu ser interior, é necessário silenciar conhecendo nossas misérias e potencialidades para ai sim separar o joio do trigo, Cristo é o modelo por excelência que devemos se espelhar, o próprio verbo de Deus que se fez carne no meio de nós (humanidade) e dentro de nós (eu) para sermos também luzes para o mundo libertando muitos que estão acorrentados nas trevas da ignorância (pecado), mas essa libertação se dá ao desapego de tudo que nos escraviza, comprometendo a nossa dignidade de humano (Imagem e semelhança de Deus) nos tornando bestiais. 
É necessário renuncias e superações ao carregar a nossa cruz para realmente nos assemelharmos concretamente ao Mestre (Cristo Jesus). Não seremos felizes plenamente sozinhos é necessário termos o outro para compartilhar dessa felicidade, enquanto houver muitos que sofrem e agonizam de dor e uma minoria se alegrando e sendo indiferentes a esses irmãozinhos, qual a contribuição e testemunho cristão estaria dando? Os Maus também fazem o mesmo com os seus... Essa felicidade não será plena enquanto houver dor e sofrimento do próximo, pois a salvação da humanidade não será individual, mas o contrario será universal, enquanto houver injustiça estamos envolto de trevas (ignorância), mas temos a chave que pode ajudar a muitos se libertarem das trevas da escuridão o testemunho da boa nova de forma concreta em nossa vida, assim como Francisco pela cidade de Assis que só em caminhar e nada falar convertia muitos corações a uma vida iluminada em comunhão com Deus, numa real vida de amor a Deus e ao próximo na harmonia cósmica com toda a natureza e suas criaturas.

Paz e Bem!

sábado, 16 de julho de 2016

O Cão, o Lobo e as Ovelhas...

Teatro da Vida

Paulo da Costa Paiva,
Desde os primórdios da humanidade percebo de cara três grupos de seres humanos que causaram muita confusão na história, ao ponto de deixarem suas marcas e causarem impacto nas suas escolhas e afirmações no decorrer dos séculos, são os personagens chaves nas diversas camadas sociais no teatro da vida e da história. O primeiro grupo são as das grandes massas que não podemos generalizar que todos fazem parte delas, mas a grande maioria que se deixa se levar pelo momento é lento ou incapaz para tomar suas próprias decisões e de ter o mínimo de senso critico e bom senso, são facilmente manipuladas e tem tendência a idolatrar seus venerados super humanos e ideologias extremistas, que nela ver a idealização da perfeição (deuses e paraíso) numa total embriaguez de ilusões como bálsamo para suas angustias de uma vida vazia e sem sentido, se dedicando incondicionalmente ao venerado (ou a uma ideologia), se alimentando e respirando uma falsa felicidade por muito tempo ou por toda vida num grande suicídio intelectual e existencial. 
O outro grupo é bem menor e que podemos classificá-los como oportunistas inescrupulosos ou loucos gananciosos (megalomaníacos), são visionários nato para o seu próprio interesse e benefícios, identificando facilmente quais são suas ovelhinhas tolas e manipuláveis, que possam ser de seu interesse para servi-los como escravos para seus caprichos e também para trazer mais e mais novas ovelhinhas para se beneficiar-se e alimentar-se sua auto-estima insaciável, podendo criar um verdadeiro império tanto financeiramente com uma grande legião de seguidores, e nesse grupo podemos também colocar os artistas midiáticos e algumas personalidades populistas de índoles e talentos suspeitos.O ultimo grupo desse três que considero muito significativo na história da humanidade, seria o grupo dos críticos, os que realmente tiveram estomago para encarar a vida de frente nua e crua, como realmente é sem a fachada luminosa e colorida em 3D que se utilizam as ideologias e religiões para ocultar e amenizar as angustia do vazio existencial da raça humana, e que precisa de historinhas e fabulas para entreter as multidões que nunca amadurece para a vida real (propositalmente) e nem se dispuseram de forma concreta para mudar todo esse sistema idiocrático acorrentados num circulo vicioso que séculos arrasta a humanidade para o caos.
 “Os críticos” têm um valor muito significativo dentro sociedade, mas não agradável, pois são como profetas do caos apontam as feridas da sociedade e as cutucam para exalar suas podridões que fedem a hipocrisia e derramam pus em torrenciais de imoralidade por milênios de história da humanidade. Podemos identificá-los como livres pensadores, filósofos, ateus e não ateus, entre os intelectuais, místicos e profetas, artistas e pessoas comum assim como eu e você que ousaram ver a realidade além das cortinas das armações, que não compactua jamais com esse circo de horrores. Uma sociedade meramente materialista e consumista, infestada de ideologias radicalista que buscam ser absolutistas, causa divisões e automaticamente as indiferenças entre povos e culturas, plantando a semente do ódio que agride e mata seu semelhante por mais bem intencionado que seja a idéia na sua essência, mas existem outras idéias que apontam para o mesmo fim e que todos aspiram que é a paz, a fraternidade e justiça para todos os povos. Mas quando se quer ver somente o seu lado e apresenta somente sua formula de felicidade como a solução do mundo é algo muito nocivo para o todo, pois se uma medicação com uma dosagem especifica lhe cura e te faz bem, pode se tornar veneno para o seu vizinho. O universo e a própria natureza nos revela que é fundamental sermos diferenciados, mas unidos como uma embreagem onde cada peça tem que fazer sua função para poder funcionar, assim como o corpo que existem vários órgão e membros diferenciados, mas que precisam está em harmonia para pode sobreviver.
Se relerem o livro de gênesis quando se relatam os fatos do pecado que se originou junto ao homem, se mostra que o homem vivia numa perfeita harmonia com Deus, convivia intimamente com seu criador num paraíso onde nada se faltava numa plena felicidade sem nada a se preocupar, numa vida pura e sem malicia, numa total inocência. “Mas isso incomodava de alguma forma seus corações pelo menos é o que se ver nos relato bíblico quando se refere à Eva nas breves conversa junto à serpente, e que se viu seduzida pelas palavras da dita serpente que” se desse fruto comer se olhos abririam e seria como os Deuses, versado no bem e no mal" (Gn3, 4-5). Eva poderia viver por toda eternidade no paraíso em contemplação a Deus numa total harmonia com seu criador, mas ela se incomodava de ser tão pequenina diante dos olhos do seu Senhor, e queria ser como Ele tanto no conhecimento como em divindade, foi seduzido pela sede de poder, um poder de ser como Deus, será que ela não percebia que não existia gloria maior e conhecimento pleno que a convivência com seu Criador e Senhor, numa intimidade tão profunda que caminhavam junto pelo o jardim do Édem? 
E o Adão porque comeu também do fruto proibido? Será que ele não conhecia o fruto que era tão diferenciado dos outros e foi enganado por Eva ou se levou por uma paixão cega por sua amada? Podemos identificar aparentemente três pecados: A desobediência, a ganância do poder e a paixão, (isso fazendo uma interpretação livre e pessoal num contexto especifico para esse artigo). Diante dessa situação do pecado original e todo o processo histórico da humanidade, se ver que alguns são levados por esse grande mal de querer ser maior, assim como um Deus diante de povos e nações, o desejo de ser idolatrado e controlar a vida de todos, segundo seus caprichos, mas isso só existe porque muitos são levados pela paixão, os que são facilmente manipulados e que já tem a inclinação para idolatria.
Continua...
Paz e Bem!

sábado, 2 de julho de 2016

Reflexão Casual XLVI


“Não alimente os maus sentimentos dentro de si, pois é como tomar veneno gota a gota até se afogar.”

Paulinopax

sábado, 18 de junho de 2016

Ódio, uma incoerência Cristã - 2ª Parte

Cristãos incoerentes! – 2ª Parte

Paulo da Costa Paiva

            Quando Jesus veio ao mundo, não foi para julgar, pois ainda não seria o momento, sendo que isso só irá acontecer na sua vinda gloriosa com a sua corte celeste já então profetizado nas Sagradas Escrituras. E como foi falada anteriormente sua missão foi anunciar a boa nova e redimir a humanidade pelo seu sangue derramado por nós e que ao ressuscitar deu-nos a vida nova. Mas no seu andar pelos povoados no seu ministério salvífico, Ele acolhia a todos sem distinção com misericórdia, não era preconceituoso e nem indiferente, ao contrário era extremamente tolerante, os viam como seus, que buscava de toda forma resgatá-los para junto caminhar numa vida nova com Ele (O Cristo), mostrando também profunda humildade ao lavar os pés de seus discípulos, os ensinado que viemos para servir (desfavorecidos), amar e anunciar a Boa Novos sendo novos cristos (Cristãos). Jesus foi bastante claro com quem se identificava os seus pequeninos (excluídos da sociedade) que eram os que sentiam fome e sede, estavam nus, presos e doentes. Era também bastante taxativo aos que eram fiéis ou não a sua vontade, pois o determinante não eram os falatórios e gesto vazios e sim a práxis do cristianismo da fé, esperança e caridade testemunhada dia a dia no decorrer dos séculos.

            Então é importante uma profunda reflexão de cada um de nós que se declara publicamente como cristão. Que tipo de cristão eu sou? Será que estou vivendo como Cristo viveu? Sendo Fiel ao seu modelo por excelência? Sendo manso e humilde de coração? Amando os inimigos e os que pensam diferente de mim? Sou tolerante, caridoso com meu próximo? Busco realmente a paz e unidade? E etc. Ser cristão autêntico é um exercício para vida toda (Cruz) caminhando, caindo e se levantando continuamente até chegar aos braços do Pai, o importante é caminhar sem desistir o pior é se acomodar vivendo um cristianismo de fechada (mentiroso), belo por fora e podre por dentro cheio de sentimentos ruins (inveja, ódios, mesquinhez, egoísmo...) assim como os fundamentalistas na época de Cristo que eram chamados por sepulcros caiados pelo próprio Jesus de Nazaré. Se deve então ser um cristão coerente e maduro na fé sem jamais se levar e dominar pelo emocional, se tornando pessoas tolas e alienadas, achando-se melhor dos que outros porque rezar em línguas ou repousa no Espírito, tudo isso é cilada da vaidade para dividir e destruir a unidade na Igreja.

            A prepotência de se acharem melhores dos que os outros irmãos, porque estão fora da Igreja e por não fazerem parte de suas comunidades ou de simplesmente pensarem diferente, acarretam uma gravidade sem tamanho sendo pior do que pecado original cometido por Adão e Eva de querer se assemelhar a Deus, pois quando se coloca numa situação de julgar e condenar o seu próximo está se usurpando o lugar de Deus, isso os torna pior do que aquele que o traiu por 30 moedas de prata, pois os iguala a situação do maligno a quem Cristo Jesus o chama de satanás por não querer fazer a vontade de Deus e sim seus caprichos de ser adorado por todos aqueles que são idolatras do poder e do prazer. Assim aquele que Julga e condena seu irmão, se deseja mesmo de forma inconsciente ser maior que Deus ou ter o controle sobre Ele passando se for necessário por cima de tudo até da própria hierarquia da Igreja por zelo de seu deus (falso deus). Sim aquele que busca a divisão, alimenta o ódio e a indiferença jamais se tornam ovelhas do Bom Pastor, pois as suas ovelhas conhecem a sua voz que clama do Deserto interior que somente quem é intimo de Cristo vai ao seu encontro e com Ele será conduzido para Jerusalém Celeste, já vivenciado aqui na terra no exercício da caridade em fraternidade com toda humanidade, os primeiros passos para os Céus.


Paz e Bem!

sábado, 4 de junho de 2016

Ódio, uma incoerência Cristã

Cristãos incoerentes!

Paulo da Costa Paiva

            Observando os meios de comunicações e mais precisamente os de via internet nos sites e blogs da vida no universo online que se tornou tão comum em nosso cotidiano, vejo muita coisa boa como também muita coisa ruim, e infelizmente o que mais dói são as contradições de muitos irmãos que se dizem cristãos engajados que não perdem uma missa e nem seus grupos (Comunidades) que freqüentam há anos com uma aparência piedosa e cheio de compreensão. Mas me pergunto até que ponto isso realmente mudou suas vidas e se houve realmente uma conversão verdadeira de autênticos cristãos? Pois é muito fácil ser bom com os seus, com aqueles que se assemelham e tem as mesmas inspirações (Mt5, 43-48). Mas basta ter um opinião diferenciada que já se fecha a cara, fica emburrado ao ponto de odiar o irmão por simplesmente pensar diferente, e o mais absurdo é que pode ser da mesma família, grupo ou de diversos movimentos da própria mãe Igreja que pelo Santo Espírito (Vaticano II) aspiram diversos dons e espiritualidade em unidade com Cristo místico (Igreja).

            Dentro da Igreja mais precisamente logo após do concílio Vaticano II, se manifestaram diversos movimentos inspirado pelo Santo Espírito, pois se não fossem, já teriam sido consideradas heréticas, mas muitos de nossos irmãos cristãos que se dizem seguidores de Cristo, que vão à missa sempre e a suas comunidades também, se autodenominam representante extra-oficial de Deus na face da Terra, muitos deles leigos com pouco embasamento Teológico e dos textos do magistério, se acham no direito de Julgar e condenar os seus irmãos que pensam diferente de si. Declarando abertamente odioso de seus próprios irmãos cristãos, vomitando palavras de baixo escalão e de maldiçoes e mortes. Não seria muita petulância se achar detentor da verdade ao ponto de abençoar e amaldiçoar?  Santificando uns e demonizando outros? Com qual autoridade e verdade revelada pelo próprio Deus dá o direito de mandar ou não um irmão ao inferno? Se isso eles fazem com os seus, imaginem com os de outros credos e  das diversas corrente ideológicas que existem na atualidade! Já os céticos e ateus para eles (fundamentalistas) estão condenados a morrerem queimados no inferno.

            Quando se questionamos e observamos o modelo ideal a se seguir, que é o Cristo no qual veio ao mundo anunciar a Boa Nova e nos darmos à redenção pelo seu sangue derramado no madeiro (Cordeiro de Deus). Percebemos que nos seus três anos de ministério entre nós, Ele ensinou amar e perdoar os nossos inimigos, de ver todos como irmãos e buscou sempre a unidade de todos independente das diferenças (sociais, sexo, ideologias) que existiam no meio em que viviam, sempre comparava por meios de parábolas o povo de Deus, como videira, galinha com seus pintinhos, O pão e vinho, aludido sempre à unidade para se compreender que Deus é Pai e que seus filhos sãos todos os irmãos por intermédio de Cristo. Jesus criticava severamente os fariseus fundamentalistas porque eram extremantes sectaristas, onde eles se achavam no direito de julgar quem era ou não justos se prendendo a leis e costumes que muitas das vezes eram deturpados para seus próprios benefícios, mas Cristo deu o seu pleno comprimento (sentido essencial) que só seria revelado pelo próprio Deus (verbo) encarnado no meio de nós.

Continua...


Paz e Bem!

sábado, 21 de maio de 2016

Reflexão Casual XLV


“No momento de ira, cai por terra à guarda do bom senso (consciência). Envenenado pela sede da vingança irracional e desproporcional, causando seqüelas (cicatrizes) irreparáveis por toda a vida.”

Paulinopax

sábado, 7 de maio de 2016

A filosofia de Tomás de Aquino - " O doutor da Igreja "

São Tomás de Aquino
Paulo da Costa Paiva

         Natural da cidade de Roccasecca do ano de 1221, Tomás  de família nobre sendo  descendente de italiano por parte de pai(Conde de Aquino) e normando por parte de Mãe, teve sua formação na abadia de Montecassino como posteriormente a universidade de Nápoles.Iniciou sua vida religiosa na Ordem Dominicana, apesar da resistência de sua família foi atraido pela a nova forma de vida religiosa. Sendo discípulo de  Alberto Magno em colônia(1248-1252), logo se destacou pelo seu talento especulativo ao ponto de ser convidado por seu mestre a expor suas opiniões em diversos debates. Em 1252 por ordem de seu Mestre-geral e por indicação de Alberto Magno iniciou a carreira acadêmica como professor-assistente na Universidade de Paris. Concluído o curso de teologia e ter lecionado por três ano na mesma Universidade, voltou a Itália sendo nomeado professor na Cúria pontifical de Roma. Durante anos ensina em varias cidades italianas  e retorna a Paris após uma década e leciona até o ano de 1273 em seguida retorna a Nápoles, com o objetivo de reestruturar o ensino superior. Convocado pelo papa Gregório X (1274) para participar do Concílio de Lyon, adoece e vindo a falecer durante a viagem aos 49 anos no mosteiro cisterciense de Fossanova.
A primeira questão ocupada por Tomás de Aquino, é a Suma Teológica, sendo essa a sua obra máxima que se relaciona entre a ciência e a fé, a filosofia e a teologia.  Baseada na revelação, a teologia é a ciência suprema da qual a filosofia é  auxiliar. Já que a filosofia procede  de acordo com a razão, cabe demostrar a existência e a natureza de Deus.  Tendo uma forte influência aristotélica, sustenta que nada está na inteligência que antes não tenha estado nos sentidos, por esse motivo não podemos ter uma idéia clara e distinta de forma imediata. Dessa forma para provar a existência de Deus, Tomás de Aquino procede partindo não da Idéia de Deus , mas dos efeitos por ele produzidos. Para isso o filósofo  distingue cinco vias para provar a existência de Deus:
O primeiro motor: Esta primeira via supõe a existência do movimento no universo. Porém, um ser não move a si mesmo, só podendo, então, mover outro ou por outro ser movido. Assim, se retroagirmos ao infinito, não explicamos o movimento se não encontrarmos um primeiro motor que move todos os outros;
Causa eficiente: A segunda via diz respeito ao efeito que este motor imóvel acarreta: a percepção da ordenação das coisas em causas e efeitos permite averiguar que não há efeito sem causa. Dessa forma, igualmente retrocedendo ao infinito, não poderíamos senão chegar a uma causa eficiente que dá início ao movimento das coisas;
Ser necessário e ser contingente: A terceira via compara os seres que podem ser e não ser. A possibilidade destes seres implica que alguma vez este ser não foi e passou a ser e ainda vem a não ser novamente. Mas do nada, nada vem e, por isso, estes seres possíveis dependem de um ser necessário para fundamentar suas existências;
Os graus de perfeição: A quarta via trata dos graus de perfeição, em que comparações são constatadas a partir de um máximo (ótimo) que na verdade contém o verdadeiro ser (o mais ou menos só se diz em referência a um máximo);
A finalidade do ser: A quinta via fala da questão da ordem e finalidade que a suprema inteligência governa todas as coisas (já que no mundo há ordem!), dispondo-as de forma organizada racionalmente, o que evidencia a intenção da existência de cada ser.
Segundo são Tomás de Aquino, o homem é corpo e alma inteligente, incorpóreo e se encontra, no universo numa realidade entre os anjos e os animais.  Sendo a alma o ato do corpo organizado tendo a vida em potência, o principio vital. O santo filosofo observa e contesta o platonismo e suas teses das idéias inata, porque se a alma tivesse de todas as coisas um conhecimento inato, de nada esqueceria, pois sendo natural que unido a um corpo não explicaria o motivo do corpo ser a causa desse esquecimento. Conhecimento não é simplesmente lembrar como se dizia Platão, é extrai por intermédio da razão a forma universal contida nos objetos sensíveis e particulares, sendo necessário o desejo (apetite) do  conhecimento o caminho que leva a alma a uma inclinação pelo bem.
Tomás de Aquino apresenta o homem como o ser que só pode desejar o que conhece, e há duas forma de apetite (desejos), que são os "sensíveis" relacionado aos objetos sensíveis, produzindo as paixões, cuja se origina no amor. Quanto ao segundo é o desejo relacionado a intelectualidade cujo o apetite vem da alma em relação a um bem que lhe é apresentado pela inteligencia como tal. Influenciado pelas idéias de Aristóteles, Tomás de Aquino diz que a felicidade do suprema do homem vai muito além das coisas supérfluas e temporais que possa o homem conquistar durante sua vida como riquezas, honrarias ou ou próprio poder pois nada criado pode lhe dar a felicidade  por excelência, mas é através da contemplação do absoluto ou visão da essência divina, mas que é somente possível em outra vida (desencarne), com a graça de Deus na eternidade. 
O apogeu da idade media (Sec.13 ) se baseou na filosofia de são Tomás  considerando uma catedral de idéias, onde se encontra uma teologia mais coerente e sólida. Mas algumas corrente combatiam essa corrente do tomismo, como por exemplo os seguidores  de Duns Scotus, por isso se percebe que nem sembre foi aceito pelos escolástico medievais. Foi somente no período da "Contra-Reforma" ( Meados do séc.16) que São Tomás de Aquino foi reconhecido como arma de defesa por parte da Igreja contra os protestantes. Após esse período da contra-reforma os pensamento de são Tomás ficaram de lado , esquecida até o surgimento do neotomismo entre os séculos 18 e 19, esse renascimento veio através  dos filósofo Étienne Gilson e Jacques Maritain.
 Pax!

sábado, 30 de abril de 2016

Reflexão Casual XLIV


“Os insensatos são pessoas que se quer acordaram para vida, são meros zumbis, que vivem por viver, para saciarem seus efêmeros caprichos feitos cães famintos e no cio...”

Paulinopax

sábado, 16 de abril de 2016

Está Próximo ...

O Reino de Deus
Paulo da Costa Paiva,

            O Reino de Deus se manifestou e se tornou acessível de cada um de nós, por intermédio de Jesus, que veio anunciar a boa nova e salvar a humanidade, instaurando o Reino de Deus. Jesus iniciou o ministério da Igreja a partir de sua missão onde se cumpriu o tempo já anunciado a séculos por seus profetas e ungidos de Deus. E se manifestou de forma concreta assim como foi sua encarnação feito homem despojando-se como um mero mortal que tudo suportou como qualquer individuo que veio ao mundo nu e aos berros. Deus filho se fez humano para nos mostrar através de seu ministério salvífico a humanidade pode se tornar divina (comunhão) por seu intermédio, nos tornamos uno com Ele quando carregaste em seus ombros toda as misérias humana (pecado) e ao ressuscitar nos tornando divino pelo seu Santo Espirito que nos faz morada em nossos corações quando se agrega ao seu corpo místico (Igreja) pelo batismo (Nova Criatura)
            Desde do inicio de sua caminhada, Jesus estava plenamente consciente de sua missão o que deveria fazer e quais seria as suas consequências, o seu objetivo era manifestar a boa nova, o seu Reino a toda a humanidade por suas palavras e atitudes. Ele o Cristo é o próprio verbo encarnado e suas palavras era proclamada com autoridade que tocava muitos corações principalmente dos mais humildes, aqueles que estavam fadigados e sem expectativas. Seu reino trouxe esperança, não aquela que é efêmera mas uma alegria aos corações de eterno amor divino que transcendia os cárceres da morte, na eternidade em comunhão com Deus a partir da iniciativa da acolhida de sua palavra em seus corações. A Palavra de Deus proclamada por Cristo Jesus se comparava a semente lançada ao campo (coração) e dependendo em que tipo de terreno caiu a semente frutifica ou não, ou melhor dizendo quem a acolheu com alegria e se converteu a uma nova vida, se torna um com Cristo e Reino de Deus se manifesta em sua vida.
            Cristo ao ressuscitar dos mortos se manifestou como senhor e Sacerdote Eterno e soprou sobre seus discípulos o paráclito edificando, animando e santificando a Igreja, que é todo o seu povo que aderiram a semente da boa nova em seus corações pelo anuncio e testemunhos dos Apóstolos: Vida, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por intermédio do Santo Espírito a Igreja se movimenta como um corpo vivo que é o corpo místico de Cristo na comunhão divina e humana, enriquecida com os dons do seu fundador, zelando fielmente os seus preceitos e a missão dada no apostolado junto ao mestre na missão dos séculos de anunciar e instaurar o Reino de Deus ao todos os povos em essência e principio da mesma, no Reino na terra, na peleja histórica de cada vivente suspirando a consumação dos tempo unido plenamente ao seu Rei na Gloria Eterna.


Paz e bem!