sábado, 20 de dezembro de 2014

Fúria Insana


Um dia de Fúria
            Paulo da Costa

            Diversas vezes na vida em todos os tipos de mídias presenciamos noticiários sobre surtos de raiva, dias de fúrias de pessoas comum, pacatas e de boas índoles. Ficando totalmente irreconhecidas e insana por seus atos violentos, causando grandes transtornos para todos e para si. Mas como explicar esse tipo de atitudes? Tão atípica para esses cidadãos, mas tão comum em uma sociedade que não dorme e que se torna doente a cada dia que se passa, refletindo o stress constante causada pelo estilo de vida nada natural imposto para a população que se tornou vítima de um sistema desumano e carcerário de almas e mentes. São pessoas que tem princípios e bom senso, mas que em certos momentos podem apagar, dando um black-out, na sua consciência, extravasando uma grande energia negativa e extremamente violenta, de curta duração, mas com grandes proporções devastadoras.
            O mundo que vivemos é extremamente sensível ao que ocorre ao seu redor sendo envolvido e contagiado pela influência do seu próprio meio, sendo de principio físico ou extra-físico. Infelizmente nós como governantes da criação de Deus (Gn 1, 26-30), somos incompetente por não conseguir a harmonia e o equilíbrio ecológico, causado por mazelas humanas que destrói tudo o que ver pela frente para o seu próprio beneficia sem medir as conseqüências, motivado pela o egoísmo e a ganância em todo seu processo histórico acarretando resultados devastadores como aquecimento global, extinção de diversos seres vivos, desmatamento e a poluição. Essa poluição é extremamente nociva a humanidade causando diversas doenças, mas como foi falado anteriormente sobre sensibilidade do seu ambiente que vai além do físico (extra-físico) podemos dizer que existe uma poluição de maus sentimentos envoltos de todo o planeta principalmente nas grandes metrópoles.
            Esses maus sentimentos como o ódio, a raiva, o medo, o apego, a tristeza, o orgulho, etc. Fica envolto a terra dispersa no ambiente assim como uma nota musical ou ato de violência que se dispersa no ar como um energia que nunca se perde, mas se transforma, adequando ao tempo e o espaço esperando ser atraído e acumulado novamente na sua potencialidade se expandindo na sua total essência. Assim como os afins se atraem, uma pessoa imatura, insegura e em total desequilíbrio emocional se torna uma verdadeira antena que atraem esses maus sentimentos, pois sentimentos ruins (do próprio ser humano) atraíram para si como um ímã outros ruins sentimentos (ambiente), um mal pensamente está corrompido por um sentimento ruim e ele não se perde, mesmo que o esqueça vai se acumulando com a poluição psíquica em torno da terra.
           O Ideal é está na sintonia com o cosmo, numa verdadeira harmonia com toda a natureza e o universo na sua infinitude. Isso só é possível quando se busca o equilíbrio de si mesmo na sua totalidade do ser, na paz que vem do interior de cada um de nós, somos moradas do Senhor, pois Cristo está no meio de nós se fazendo morada em nosso coração. É no exercício da oração e nos atos concreto, na busca da verdade que se faz necessário mergulhar nas trevas de nossas misérias, deixando cair por terra todas às máscaras que nos ilude e impede de nos vermos como verdadeiramente somos, para então nos encontramos com Cristo. Nesse momento nos tornamos intimo e ligado aos céus, sabendo o que há de melhor para se fazer a partir de então, que é de está sempre unido a Ele por toda a vida. Buscando as coisas do alto nas suas atitudes concretas e comprometidas com o Reino de Deus, transcendendo todas as barreiras (pecado) que busca impedir essa unidade divina.

Continua...

Paz e Bem!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Reflexão Casual XXVII


“Busque sempre evoluir para coisas eternas e jamais se acomode, pois, ao não despertar o senso critico, alguém pensa, age e vive por você. Tornando-se tão vazio que será preenchido por falsas decisões que te frustrara e angustiara até seu melancólico e derradeiro fim na insignificante vida não vivida... Se questione sempre, buscando incessantemente as verdades eternas, nada temeras, pois ela te libertara!”

Paulinopax

domingo, 16 de novembro de 2014

Sacerdote, sujeito histórico na Igreja e no mundo - Final

Os Padres da Igreja Romana
 Teologia e sua atualidade - Final

Paulo da Costa


            Ao analisar os estudo patrístico e suas problemáticas modernas, podemos enfocar sob dois ângulos: No contexto histórico-literal ou como tradição eclesiástica. Não se deveria analisar de forma distinta, simplesmente isolando cada ponto de vista, mas sim simultaneamente e na justa medida, pois como monumento literário, os documentos patrístico não deixam de ser testemunho de fé. No ponto de vista da teologia a orientação dogmática é fundamental para lidar com os escritos de um autor da antiguidade verificando sua autoridade e conhecer até que ponto a respectiva doutrinal e opinativa se agregando com a palavra de Deus.  È necessário que o texto a ser estudado seja criteriosamente entendido, para que se tenha uma ampla compreensão das ideias originais para que se possa ter uma segurança maior do material pesquisado. O zelo pela tradução é importantíssimo alem de sabe ate que ponto há fidelidade comparada ao original. É interessante traduzir o texto na própria língua para uma compreensão plena de sentido original do autor. Não se pode esquecer também de suas características literárias, compreender o tipo de texto apresentado (sermões, comentários bíblicos, apologias, textos polêmicos...). É imprescindível a análise do contexto histórico-literário, para se chegar a uma conclusão mais centrada com a mentalidade dos escritores eclesiástica antiga, tem que se levar em consideração suas diversas dimensões, como a sua cosmovisão, estruturas sociopolíticas e jurídicas, e seus contextos filosóficos (estoicismo, medioplatonismo, neoplatonismo...), compreendendo todo o processo de interpretação dos textos sagrados em cada período patrístico.

         Os santos Padres na atualidade têm muito a nos ensinar, são verdadeiras bússolas que nos leva a essência da fé crista na sua originalidade. Que vem mostrar o testemunho desses primeiros cristãos que tudo teve que enfrentar para nos apresentar o cristianismo de forma mais fidelíssima, que acarreta através de seus escritos à verdadeira tradição que foi vivenciada junta aos apóstolos e nos decorrer dos séculos iniciais. Devemos mergulhar profundamente nos ensinos dos Padres da Igreja e beber de sua cultura teológica, pois eles têm muito a nos apresentar como, por exemplo, o sentido trinitário da história da salvação, unidade da cristólogia e da eclesiologia, as relações entre Maria e a Igreja e muito mais, com o seu modo todo peculiar de pensar, motiva novos horizontes na antropologia e nos ensinos sacramentais. Contribuíram profundamente para a renovação da teologia moral graças aos seus estudos de forma zelosa as primazias do amor de Deus, sem jamais deixar de obsevar seus mandamentos e dessa forma na busca incessantemente a perfeita imitação de Cristo. Essas são algumas colocações da riqueza espiritualista dos primórdios do cristianismo, nos dadas por esses santos padres que chega até nós por meios de seus escritos tão inspirados por Deus, que nos uni fortemente aos nossos irmãos cristãos orientais no qual mais dos que nós vivem intimamente o espírito patriótico e assim também não podemos esquecer-nos dos tradicionais irmãos evangélicos, que zelam profundamente dos escritos dos Pais da Igreja na qual reconhecem assim como nós, a pura fidelíssima manifestação de Cristo por meios dos apóstolos e de seus percussores que chega até hoje para todos nós.



Pax!

sábado, 1 de novembro de 2014

Reflexão Casual XXVI


“A reflexão é algo fundamental em nossa vida, pois é no exercício da razão que nos leva a novas descobertas onde aponta que caminho devemos seguir, mas nem todos estão dispostos quando necessário recomeçar, pois preferem se manterem desorientado em suas insensatezes frustrante no mundo das ilusões, em vez de perseverarem na lucidez que leva a uma eternidade em plenitude.”

Paulinopax

sábado, 25 de outubro de 2014

Sacerdote, sujeito histórico na Igreja e no mundo - 2ª Parte

Os Padres da Igreja Romana
 Teologia e sua atualidade - 2º Parte

 Paulo da Costa

                  Nos estudos patrísticas da atualidade, já não existe os conflitos anteriores do passado sobre dogmas e interesses histórico-literario, mas ainda existe certa tensão entre os teólogos que subestima as contribuições histórica e literária assim como os próprios literários e historiadores são quase sempre falhos em suas colocações teológicas. Não se pode escrever a história de maneira puramente objetiva, os estudos patrística por sua própria natureza exige que se adote um ponto de vista teológico, pois são documentos de testemunhas da fé cristã. Há outra questão no que se refere às ideias dogmáticas de santos padres dentro da própria teologia católica, no que apresenta anacronismo histórico, projetando dois conceitos como a ortodoxia e a aprovação eclesiástica como referencia que estão desalinhados entre períodos distintos, onde jamais poderia comprometer alguns teólogos ao suprimir de reconhecimento como Santos Padres ou até o ponto de considera-los hereges como, por exemplo, Orígenes e Tertuliano. A. Benoit inclui entre os santos Padres, todo escritor que contribuíram na tradução e explicação da Sagrada Escritura. Outra problemática levantada é o que se refere ao termino do período patrística. Muito se falam que foi no século VII (Gregório Magno e Isidoro) ou mesmo no século VIII(João Damasceno), Segundo Benoit acredita que o cisma entre o Ocidente e o Oriente, tenha sido o declino e término do período patrístico, mas o provável seja que o fim da era patrística tenha ocorrido muito tempo antes do concilio de Calcedônia (451).

                A transmissão da revelação divina na luz dos Santos Padres mostra inicialmente no processo histórico como a Igreja antiga transmitia sem pretensão de cortes nas obras dos Padres da Igreja e a partir de uma expectativa atual destacamos algumas modalidades, sem antes esquecer uma variedade de textos que encerram os símbolos da fé, que nos transmite formulas e ritos litúrgicos com referencias conciliares que foi pregada pelos bispos havendo uma grande aceitação popular, por intermédio de seus testemunhos revestido de uma autoridade tão ampla quanto à própria fidelidade histórica que até um único Santo Padre pode nos garantir de forma autentica, o testemunho da fé possuída por sua Igreja. Os santos Padres como lideranças de suas comunidades alem de testemunhas são juízes religiosos que por intermédio de suas pregações apresenta Cristo, e mostra-nos até que ponto está de acordo, a convivência fraterna cristã junto às comunidades e em todas as demais Igrejas. Na atualidade temos os Padres Conciliares aos quais compete a mesma autoridade que estes convinham nos primórdios do cristianismo.

                 Diante dos problemas religiosos em seu tempo, principalmente os relacionados às heresias, os santos Padres independentemente serem representante ou não do magistério, tomam um posição bem definida diante das problemáticas da fé, são profetas da tradição apostólica, sem jamais contraporem o magistério eclesiástico. Eles exerceram principalmente o papel de Mestre da fé ao assumirem a tarefa de repartir aos seus contemporâneos o pão da palavra divina. Eles com todos seus conhecimentos profano na sua experiência de vida na fé guiado pelo Santo Espírito, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento da doutrina da Igreja indicando o caminho, inclusivamente para o futuro. Hoje eles continuam sendo mestre da Igreja antiga cuja autoridade não nos vincula especificamente, mas nos serve de orientação para fidelíssima tradição cristã.

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Pax!

sábado, 18 de outubro de 2014

Sacerdote, sujeito histórico na Igreja e no mundo

 Os Padres da Igreja Romana
 Teologia e sua atualidade

 Paulo da Costa



Os Padres da Igreja tem um papel relevante na história da tradição do catolicismo como de toda a cristandade ao transmitir a revelação divina. Homens que se tornaram referencia num período crucial do cristianismo onde era apenas uma de muitas seitas existente. Movidos pela providencia divina, estes santos Padres auxiliava a Igreja em momentos difíceis, se tornando verdadeiros guardiões da fé e da tradição, como os mais próximos testemunhos posteriores aos apóstolos. Já no inicio do primeiro século, no mais primitivo da era cristã, os bispos eram chamados de pais, mas não se pode afirmar com certeza se essa terminologia se referia algo mais do que mestre ou coisa semelhante. Mas o certo que no decorrer da história do cristianismo já se apelava para os Santos Padres da Igreja como testemunhos da verdadeira doutrina.

Os Padres da Igreja eram principalmente chamados os contemporâneo e presente participantes do primeiro Conciliam de Nicéia (325 d.C.). Comparando aos antigos do judaísmo (Patriarcas), eles também são considerados como representantes maiores da tradição cristã. Segundo Vicente Lerinense, o primeiro teórico da autoridade doutrinal, baseado em Agostinho, desenvolveu critérios onde se pode apoiar não somente na autoridade dos Bispos já então falecidos, como também em todos os escritores eclesiásticos. Ele apresenta que a autoridade de um Santo Padre se caracteriza por aquilo que ele ensina na unidade da comunidade eclesial e na fé. Mas segundo o “Decretum Gelasianum de libris recipiendis et non recipiendis” (Começo do Século VI), apresenta de forma mais fundamentada a distinção dos autores que merecem realmente o nome de “Padres da Igreja”, como também os que são considerados escritores eclesiásticos e até os que são apresentados como hereges.

Os santos Padres foram os desbravadores nas investigações mais aprofundadas da sagrada escritura. Não apenas se entreteram aos fundamentos dogmáticos, mas buscaram uma abrangência maior nos domínios dos textos sagrados. Séculos posteriores os escritos dos autores da antiguidade cristã, foram também investigados literalmente e historicamente. Como o trabalho apresentado por Jerônimo (Final do século IV) em cima dos textos de Eusébio de Cesareia, elaborando então a primeira “Patrologia”, surgindo outros posteriormente e traduzidos em grego.  A patrística no período da Idade Média ficou na obscuridade desse período, apesar dos estudos dos santos Padres fornecerem as bases no período inicial da teologia escolástica, poucos teólogos se interessaram pelos Padres da Igreja, se destacando nesse período (século XIII) Tomas de Aquino e Boaventura. Sendo resurgindo num tímido interesse nos séculos posteriores, através do aparecimento de antologias metódicas, confecções de catálogos dos santos Padres e seus escritos, principalmente calcadas nas obras de Jerônimo e da Ganádio.

            No Período da reforma protestante e do humanismo, os estudos patrística passaram por um período de mudanças bem radicais. Em busca de trazer a luz tudo que era importante da antiguidade, os humanistas resgataram a literatura cristã antiga numa revisão aprofundada e critica de todo material encontrado, paralelamente os reformadores deram uma atenção maior e ampla para os Santos Padres que representavam a igreja primitiva ainda não arruinada. Em resposta ao forte impulso humanístico e protestante, os teólogos católicos dedicaram-se com ardor aos estudos patrística, surgindo então à teologia positiva, promovendo um reflorescimento dos estudos dos Padres da Igreja, que culminou, especialmente na frança uma extensa edição dos Santos Padres (edição de Maurin). Somente no século XIX veio novamente a mudar, através do moderno estudo evolucionário cientifico especialmente dos protestantes alemães, onde se encararam as escritas patrísticas como simples testemunhos históricos. Já a teologia católica aparentemente atrasada diante desses novos estudos, veios nos apresentar, promovendo também um estudo em âmbito mais vasto, não se limitando á história dos dogmas, mas se esforçando sempre em permanecer no campo da teologia. E através de autores católicos como Bardenhewer, e principalmente Altaner e Quaster foram publicado notáveis manuais de patrologia.


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Pax!

sábado, 4 de outubro de 2014

Reflexão Casual XXV


“O sentido de minha vida e sempre ajudar o meu semelhante, pois sem isso esvazia a razão do meu viver.”

Paulinopax

sábado, 27 de setembro de 2014

O Cânon Católico

Cânon das Sagradas Escrituras
Paulo da Costa

         O cânon cristão foi concluído no final do século IV (Concílio de Hipona - 393), que tinha o objetivo de discutir e deliberar a lista oficial dos livros que deveriam ser considerado inspiração divina, entre eles os livros deuterocanônico. Este cânon foi confirmado em concílios posteriores (Cartago – 397/ Florença – 1441) e finalmente em 1546 por intermédio do decreto de “Canonicis Scripturis” no concílio de Tentro. Percebe-se forte influencia patrística em todo seu processo como também a participação em sua sistematização e conclusão. Os primeiros cristãos muitos vindos do judaísmo se utilizaram da tradução grega da septuaginta, cânon longo (Alexandria), e em suas missões de anunciar Cristo principalmente aos povos pagãos, mas precisamente ao império Greco-romano. 
       Para os Padres da Igreja a Escritura hebraica era de suma importância, pelas suas profundas riquezas de ensinamento sobre a economia da salvação, mostrando todo o processo histórico de um povo que teve uma convivência direito com seu Deus (por intermédio dos profetas), que é ao mesmo tempo Senhor de Israel e Pai de Jesus, onde o próprio Cristo nos confirma que o tempo prometido chegou por seu intermédio, sendo isso profetizado por épocas anteriores. Surge então no século III uma grande duvida entre os cristãos que causa grandes discussões com os judeus, pois alguns Padres da Igreja evitavam os livros deutero-canônicos, e se utilizando somente dos proto-canônicos. A discussão sobre a extensão material do Antigo testamento emergiu especificamente sobre os questionamentos de que certos livros(deutero-canônicos) não fazem partem do cânon judaico.
         Outras problemáticas foram relacionadas ao surgimento dos Escritos Sagrados do novo Testamento, pois antes do surgimento dos primeiros livros, nos primórdio do cristianismo os apóstolos e também seus sucessores evangelizavam numa tradição oral, baseado nos testemunhos vividos junto ao Mestre (Jesus). Diante das situações e dificuldades de cada comunidade, os Pastores escreviam cartas pastorais, dando orientações, exortações ou motivações de fé diante das tribulações e perseguições, já no final do primeiro século existia os escrito dos Atos dos Apóstolos (Evangelista Lucas) e também o apocalipse da comunidade Joanina. 
          No período do final do século I para o inicio do II surgiram variedades tipos de texto nas diversas comunidades, Juntos com esses textos, surgiram outros de origens duvidosas e tendenciosas (Apócrifos), surgiram então às heresias que permaneceram por longos séculos. A partir do meado do século II e posteriores, surgiram correntes heréticas (Gnosticismo; Marcionismo; Motanismo; Arianismo...), que entraram em conflito com as fidelíssimas tradições cristãs, e por necessidade se viu a emergência da determinação do cânon, que então a partir do ano de 393(Concílio de Hipona) se desenvolveu toda uma sistematização junto de grandes autoridades eclesiásticas (Padres da Igreja) que deram uma imensa contribuição para formação do cânon cristão sendo confirmado posteriormente em concílios futuros. Entre os padres da Igreja que tiveram uma participação fundamental nesse período foram Santo Agostinho e santo Atanásio.

Pax!

sábado, 6 de setembro de 2014

Reflexão Casual XXIV



“Por mais conhecedor das obras de Deus e bem-intencionado que o homem seja, mas se seu coração estiver armado e envenenado pelas indiferenças e preconceitos, jamais produzirá frutos adocicados no amor de Deus e também jamais lançará boas sementes, porque suas raízes não são aprofundadas na boa terra (evangelho), se limitando no terreno raso da superficialidade. Tornando-se escravo dos meros preceitos, num fundamentalismo alienante e mergulhado numa vaidade que usurpa a condição própria da verdade existencial, cegando-se da verdadeira essência cristã de amor incondicional ao próximo na dinâmica fraterna em unidade com o sumo bem.” 

Paulinopax

sábado, 23 de agosto de 2014

Reflexão Casual XXIII


“O bem e o mal sempre existirão, mas a partir do próprio homem... É através de seus próprios atos que acarretará para si o destino construído dia após dia, no exercício das virtudes sempre inspirada no bem ou na total entrega aos instintos mais primitivos e bárbaros que possa existir.”

Paulinopax

sábado, 9 de agosto de 2014

Exegese na Patrística - 2ª Parte

Exegese Patrística - 2ª Parte
        Paulo da Costa
        Sobre a escola de Alexandria (Inicio do III século), se valorizava a interpretação alegórica principalmente haurida da etimológica de nomes hebraica. Percebe-se claramente uma forte relação com a religião judaica e a filosofia grega. Entre seus representantes temos Clemente de Alexandria como também seu discípulo Orígenes ambos consideravam as Sagradas Escrituras como palavra inspirada por Deus, que em seu método, mesmo reconhecendo a importância do sentido literal dos escritos, buscava valorizar, sobretudo a interpretação espiritual (Alegórica), compartilhando da união corrente de que, regras especiais tinha que ser aplicadas na interpretação das mensagens divina.
         A escola de Antioquia (Final do III século), conhecida por uma leitura baseada, mas no sentido literal, tem Lúcio e Doroteu como prováveis fundadores que incentivaram os estudos das línguas originais das escrituras sagradas (hebraico e o grego), como também tiveram a iniciativa de redigir os comentários bíblicos. Com o objetivo de se determinar o sentido original da bíblia, desenvolveram uma exegese verdadeiramente cientifica. Como seus principais representantes, temos Teodoro de Mopsuéstia e João Crisóstomo que se diferem um pouco entre si seus pontos de vista. Teodoro era mais intelectualista e dogmático, um famoso crítico e interprete histórico-gramátical das sagradas escrituras, já o João era mais espiritualista e prático, mesmo sendo um grande exegeta foi um púlpito orador. Pelo o esplendor de sua eloquência foi popularmente conhecido como Crisóstomo (Boca de Ouro).
         A escola ocidental (Entre os séculos V e VI) surge de maneira que busca uma síntese, através de um tipo intermediário de exegese bíblica, acolhendo alguns elementos tanto da escola de Alexandria (alegórica) como também reconhecendo alguns princípios da escola de Antioquia (Literal). Tendo como diferencial o fato de promover algo que passou despercebido com o decorrer dos tempos, que foram à autoridade da tradição e da Igreja na interpretação das Sagradas Escrituras. Essa exegética teve como seus representantes, principalmente Hilária e Ambrósio e especialmente Jerônimo e Agostinho.
         São Jerônimo inicialmente trabalhava sua exegese na alegórica de Orígenes, mas com o decorrer do tempo viu a necessidade de uma exegese mais fiel as suas originalidades da língua mater, buscando o sentido literal, pois acreditava que esse método desvendava de forma mais profunda as escrituras. Escreveu vários comentários sobre diversos livros da bíblia, como também traduziu para o latim, sua maior obra foi a vulgata. Santo Agostinho que anteriormente era maniqueísta (Desvalorização do NT e uma ressalta antropomórfica absurda do AT), que através de uma exposição de santo Ambrosio em Milão Agostinho passa adotar uma sistemática alegórica, mas de uma forma bem peculiar (enfatizar considerações pelo sentido literal e de basear o alegórico sobre ele), apesar de seus conhecimentos sobre as línguas originais ser bem deficiente, sua originalidade e inteligência, o tornou uma das maiores referência teológica e filosófica dentro do Cristianismo de sua época como na atualidade também.

Pax!

sábado, 19 de julho de 2014

Reflexão Casual XXII


“Viver vai muito além do simples fato de existir. Devemos nos comprometer com os nossos semelhantes na contribuição pela busca constante de um mundo melhor. No exercício das virtudes, estimulando o potencial latente que há dentro de nós, é que lançaremos as sementes que nos eternizará, pelos frutos colhidos até os confins dos séculos.”

Paulinopax

sábado, 5 de julho de 2014

Exegese na Patrística

Exegese Patrística
        Paulo da Costa

          Nos primórdios do cristianismo, quando já não havia mais os testemunhos vivente dos apóstolos que conviveram com Jesus, se inicia a época subapostólica com os Padres da Igreja dando continuidade aos serviços missionário e pastoral dos apóstolos de anunciar o reino de Deus. Entre seus escritos, tinham-se as cartas direcionadas as devidas comunidades dando orientações, como também exortações ou motivações dependendo das problemáticas vividas nas comunidades, a prioridade era o anuncio, catequizando os novos cristãos na luz do senhor. Os padres apostólicos chegaram a ter um contato direto com os apóstolos e com eles tiveram conhecimentos diretos do Mestre que foram posteriormente anunciados de forma zelosa e literal, buscando ser fiel a tudo o que foi direcionado pelos apóstolos.
         Além das cartas as comunidades haviam também outros escritos de suma importância, estes escritos constitui um eco da pregação e doutrina dos apóstolos, entre eles estão: “DIDACHÉ” ou (Doutrina dos doze apóstolos); “Cartas aos Coríntios”; “Cartas de santo Inácio de Antioquia”; “Espístula de Barnabae”; “Pastor de Hermas”;” Carta de S. Policarpo”. Todavia esses escritos todos eles sempre tinha como referencia o antigo testamento, como sendo uma continuidade da economia da salvação que se cumpriu com a vinda do messias, e para os cristão seria a pessoa de Jesus. Cristo e os apóstolos são de origem judaica na qual tinha como sagrado o livro da Torah, que é palavra de Deus e relata a experiência junto ao povo hebreu. É a partir dela qual se dá continuidade o cristianismo, por isso a importância do elo entre ambos. Nesse objetivo os cristãos começaram a lê-lo em chave cristológica, reinterpretando a torah numa expectativa cristã, mediante o uso de interpretação alegórica do texto.
A partir do século II surgem novas concepções dos textos apócrifos, mas precisamente dos gnósticos, na qual muitos viam com indiferença o mundo material como também seu criador (Demiurgo) que segundo o gnosticismo seria o Deus do AT, contrapondo-se dessa forma o Deus Justo do Antigo Testamento com o Deus bom do Novo Testamento, surgindo então uma imensa escala de livros apócrifos considerado divinamente inspirado. A partir do meado do século II até aproximadamente a primeira metade do III, surgem uma reação antignóstica, em defesa do Antigo Testamento e das tradições apostólica e durante esse período a hermenêutica se desenvolveu ligada a três escolas de interpretação exegetas da sagrada escritura judaica: A Escola de Alexandria; Escola de Antioquia e a Escola Ocidental.
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Pax!

sábado, 21 de junho de 2014

Reflexão Casual XXI


“Tempo para refletir, tempo para curar, tempo de humildes aproximações, tempo para reconciliações e finalmente tempo para amar não como antes, mas agora de forma madura e singular... Como poderíamos apreciar o belo sol se antes não tivesse as tempestades que nos faz lembrar-se de nosso primeiro amor que aquece como o belo dia ensolarado? Tudo passa só o amor prevalece porque é próprio divino na dinâmica cósmica nos direcionando ao aprendizado que levará a cada instante amadurecermos e nos assemelharmos ao Sumo Bem que é Deus, que é próprio o amor. Por isso viva intensamente cada momento e aproveite as dores e as alegrias da mestra chamada vida, levando e partilhando tudo de bom que aprendeu por toda a eternidade....”

Paulinopax

sábado, 7 de junho de 2014

Recebei o Espírito Santo (Jo 20, 22)

O dia de Pentecoste
Paulo da Costa

"Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (At 2, 4)
         Quando Jesus subiu aos céus, os discípulos se mantiveram juntos com bastante alegria pela a ressurreição de Cristo, e voltando a Jerusalém estavam na espera da promessa (vinda do Paráclito). continuamente se reuniam em oração e louvor ao Senhor no Templo, sendo nesse período também que deram seus primeiros passos de organização ao escolher um substituto para Judas escariotes que suicidou-se ao saber que seu mestre (entregue por ele foi condenado) iria ser morto, morto na cruz. Mas voltando a festa de pentecoste dos judeus assim como dos cristão ocorrem 50 dias  após a páscoa, sendo que esse nome não o original hebraico, mas sim um nome grego(Pentecoste= Quinquagésimo)que veio após o domínio pagão sobre a terra santa. Então a festa Judaica tem mais de um significado. que seria  a festa da colheita (Shavuot) que também é conhecida por ser a festa das semanas(7ª semana após a páscoa) que após do termino do mês sivan (entre maio e Junho do calendário judaico) se inicia a colheita  (festa das primícias), sendo separada as primícias em oferecimento a Deus pelos os primeiros frutos da terra como forma de agradecimento.
         Durante o dia de Pentecoste (Festa da Colheita - Primícias), estando todos os doze e algumas mulheres (entre ela, Maria mãe de Jesus) reunidos  em oração, Surge então um barulho que parecia vindo do Céu, como um sopro forte de um vendaval envolvendo todo o local, surgindo uma espécie de língua de fogo que se repartiram sobre cada um presente e todos repletos do Santo Espirito começaram a falar em línguas de outros povos (At 2, 1-4). O ruido foi alto o bastante para se ouvir nas proximidades, onde havia na cidade muitos judeus de varias localidades vinda para a festa de pentecoste, o que impressionavam aos que se aproximavam,  era ouvirem uma aparente confusão no idioma de suas localidades e por todos serem simples galileus. Alguns entre muitos que estavam próximo ouvindo aquilo que era algo tão perturbador  aos seus ouvidos, que comentaram entre si se eles poderiam está embriagados com vinho. Pedro então junto com os onze discípulos veio a multidão que se fez presente por causa do fato tão inusitado que lhe prenderam muito atenção de todos, se fez ouvir em forte tom de voz, o discurso querigmático sobre o ressuscitado, convidando a todos a se arrependerem e serem batizados, para poderem se um com Cristo e irmãos de todos (Igreja mistica) ao receberem o dom do Espirito santo. Naquele dia aproximadamente 3 mil pessoas abraçaram a boa nova vinda de Jesus Cristo.
         Cristo após sua ressurreição surge aos seus discípulos anunciando a Paz a todos aqueles que ainda lamentava e morte do mestre e se perturbava com as perseguições romana, trazendo a grande novidade que era sua vida que não pereceu com a morte, ao contrario venceu a morte e manifestou a redenção do mundo por seu intermédio pelo seu sangue derramado, vencendo a morte e retornando a vida, glorificado através do Pai. Jesus ao se dirigir aos seus, ordena assim como o Pai enviou seu filho Jesus a missão da manifestação da Boa nova, eles também serão agora enviados para anunciarem a boa nova aos quatro quanto da terra. Então sopra sobre eles seu Espirito, uma nova vida se manifesta neste instante,  como  Adão que em suas narinas foi recebido o sopro de Deus e  tornar um vivente (dom da Vida), mas não em plenitude, pois sendo um ser humano limitado e  preso ao seu egoismo e orgulho  acarretou com isso dores e sofrimento causado pelo Pecado, motivado pela desobediência a Deus que se perpetuou por todos séculos a toda a humanidade. Jesus Cristo ao soprar sobre seus discípulos que estavam sem motivação nenhuma, sem norte (sem vida) ao receber o sopro da vida (vida nova em plenitude) renascem para missão.
         O sopro nas narina do homem de barro, lhe deste a vida. Mas somente com Cristo veio a manifestação plena do Santo Espirito, que lançou no coração de cada cristão a semente do Espirito de Deus em sua Igreja (todos nós), a partir de seus discípulos. Cabe a cada cristão preparar o terreno (coração) para frutificar , e que sua colheita seja oferecido as suas primícias(dons do Espirito)  em oferecimento a Deus. Esses frutos que são oferecidos a Deus, são os próprios talentos em beneficio da Missão de cada um de nós,  no anuncio do Reino de Deus e  que por intermédio de Cristo a humanidade foi resgatada da escravidão da morte, pelo seu sangue no madeiro. Os discípulos prepararam bem seus corações, através da oração, do jejum e caridade, sempre em unidade com todos os irmãos, que junto experimentavam na plenitude da fração do pão (eucaristia). Somente aquele que se torna intimo de Cristo numa vida de oração e de testemunho de sua fé (prática) é que terá um terreno propício para frutificar a boa semente que se tornará bons frutos (dons). Ai sim, deixará de ser um mero expectador da história e se tornará parte da história salvífica da humanidade. Sendo protagonistas(novos cristos), como foi os discípulos que após a festa de pentecoste foram aos extremos da terra para anunciar a boa nova do ressuscitado.

Pax!

sábado, 31 de maio de 2014

Jesus sobe aos Céus

Ascensão de Cristo
Paulo da Costa

" Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo. " (Mt 28, 18-20)
         Cristo ao cumprir sua missão, retorna aos mistério divino ao lado do Pai, para assim se cumprir a sua promessa sobre a vinda do Paráclito, mas  ainda reunido com os discípulos, Jesus dar as suas ultimas orientações. Diante do mestre se prostraram com bastante respeito e adoração reconhecendo-lhe como o Senhor da vida. E muitos entre eles antes duvidaram de sua ressurreição, mas agora presente junto aos outros discípulos estavam com a mesma alegria e o mesmo fervor. Jesus o "Cristo", aquele que venceu a morte e resgatou a humanidade, abençoou-lhes e os ordenou-lhes com toda autoridade divina, que anunciem a boa nova a todas as nações , perdoando os pecados (quando arrependido) e os batizando em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Jesus deixa claro que sempre estará com eles até a consumação dos séculos e que nada devem temer. Posteriormente as suas  ultimas palavras aos seus discípulos, Jesus  ascende aos céus sendo encobertos pelas nuvens.
         Cristo sempre busca está presente na vida de cada ser humano, se manifestando a todos aqueles a quem se direciona as coisas do alto, ao eterno. Assim como estava juntos ao seus discípulos antes da ascensão, Ele busca está unido a toda humanidade até a consumação dos séculos. Percebemos o temor e o profundo amor dos discípulos ao mestre, se prostrando de todo coração ao fitar o seu Senhor atento a cada detalhes(palavras e gestos) para guardarem em seus corações por toda a suas vidas, assim deve ser cada um de nós ao buscar o encontro com Cristo, como se fosse o único momento de nossas vidas, buscar está em profunda comunhão com Aquele que se faz presente dentro de nós, como o único Senhor de todos nós a quem devemos profunda adoração e seguir de corpo e alma suas palavras, que são  eternas, que verdadeiramente liberta e nos guia ao caminho que leva a unidade plena com o Pai, por Cristo no Espirito Santo.
         Ele o Cristo, ordena a seus discípulos a anunciar a boa nova a todas as nações, assim deve ser todos os cristãos, somos os seguidores de Cristo, os novos cristos e devemos anunciar a boa nova principalmente pelo nosso testemunho de filho de Deus, sendo sal e luz para mundo, os verdadeiros arautos da Boa Nova. É a partir do batismo que fazemos parte da família de Cristo, sendo a porta de entrada para eternidade que pelo o próprio esforço levará também um dia está na mesa junto com o Filho e o Pai celeste. Cristo orienta que além do batismo, se deve instruir nos seus ensinamentos, tudo aquilo que era partilhado e experimentado junto a Jesus e que deveria agora ser proclamado aos quatro canto do Mundo. É fundamental todos os que realmente vivem sua fé em Cristo guarde suas palavras e vida (Jesus) que é revelada nas Sagradas Escrituras, vivendo e anunciando a todos os povos.
         Os discípulos ainda fitava os olhos aos Céus, enquanto se puseram junto deles dois homens de branco que os questionavam o motivo por qual estariam eles ainda olhando para o alto, pois esse Jesus que acabara de de ser arrebatado aos céus voltará do mesmo modo que o viste subir (At 1, 11), e algo mais importante se deveria fazer. Assim é muitos de nós, pois não devemos ficarmos de braços cruzado só rezando e esperando Cristo voltar, temos muito o que fazer. Cristo fala que estará junto a nós todos os dias, até a consumação dos séculos. Ele se faz presente no próximo, principalmente naqueles que são excluídos (seus pequeninos) da sociedade,  são todos aqueles que ainda vivem nas trevas do desamor e sem qualquer esperança (25, 31-46), sejamos luz para mundo, pois somente os novos cristos(discípulos) é que poderão mudar a história. É através da caridade que juntos aspiraremos uma nova sociedade, a sociedade do amor onde realmente se concretizará com a vinda do filho do homem.

Pax!

sábado, 24 de maio de 2014

Homens de pouca Fé

Onde está a vossa fé?
Paulo da Costa

" E sobreveio uma tempestade de vento no lago, e enchiam-se de água, estando em perigo.E, chegando-se a Ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, perecemos. E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e cessaram, e fez-se bonança." (Lc 8, 23-24)
            Jesus ao subir na barca orienta seus discípulos a navegarem ao outro lado do lago, durante o percusso, Ele adormece então repentinamente surge uma tempestade com fortes ventos e água invadindo a barca, causando um grande temor aos discípulos que se viram na necessidade buscar acordar o mestre pois estavam com medo de morrerem. Ao despertar, Jesus severamente conjurou o vento e as ondas que cessaram e tudo se apaziguou. Jesus exortava seus discípulos sobre a fé deles, mas os discípulos ainda impressionados se perguntavam quem será esse que até o vento e as ondas o obedecem? Essa leitura é bastante atual e nos traz grandes questionamentos de nossa fé em Cristo, e até que ponto nos assemelhamos aos discípulos? Vamos destrinchar cada momento da perícope desse texto evangélico identificando com a nossa realidade. Logo nas primeiras palavras, se observa que Jesus tem a iniciativa de entrar na barca, orientando para ir outro lado do lago.  Podemos perceber o chamado de Deus em nossas vidas, Ele nos chama para caminhar, e nessa trilha somos convidados a mudarmos de vida radicalmente (outro lado do lago) , seguindo a nossa vocação.  Mas durante essa caminhada, que é a nossa peleja ao carregarmos a cruz, somos muito provados dia a dia, a cada instante, podemos cair em pecado e nos distanciar cada vez mais  de Deus, fazendo adormecer  a ligação (comunhão) com Cristo. Surgindo então as tribulações (pecados), pois ao nos distanciamos da luz ficamos nas trevas, sem norte e totalmente cegos e desorientados afundando a cada passo que dar.
             Muita das vezes por estar caminhando na Igreja, sendo nos grupos (Comunidade), pastorais ou movimentos,corremos o risco de subestimar  as pessoas (julgando-se melhor) e até o próprio Deus,achando-se que sendo engajado na Igreja (Independente de qual seja o credo) estaria fazendo um grande favor a Deus em beneficio da salvação e evitando dessa forma o inferno. Isso é um pensamento medíocre e mesquinho, pois entra em total contradição com a boa nova. Nada se faz em troca nem  mesmo pelos Céus, porque isso seria um comercio um jogo de interesse, mas se deve fazer tudo por amor, sem interesse nenhum a não ser a felicidade do próximo em comunhão com a vida(Deus) em plenitude. isso só é possível através do grande anuncio que se manifesta pelo o testemunho que se faz na práxis da caridade ao próximo. Se observarem bem, a profissão de Jesus era de carpinteiro e a maioria dos discípulos eram de pescadores, então quem poderia se impor por sua experiência nos mares?Seria os próprios discípulos, e quem não nos garante que eles nas suas ignorâncias não subestimaram o Mestre (carpinteiro)? Que adormeceu na barca. Assim acontece com muitos que vivem há anos na caminhada, se acham na autoridade de julgar e condenar o seu irmão (usurpando o lugar de Deus).  Essa atitude é autenticamente farisaica pois somente a Cristo cabe a autoridade de julgar e a nós de servir a Deus com a nossa própria vida sendo instrumento de vossa paz, (luz pra o mundo e sal para terra).
            Voltando as tribulações, as tempestades e as ondas agitadas de nossas vidas, é necessário reconhecer que nada somos sem Cristo em nossas vidas. Se não reconhecermos as nossas limitações e fragilidades (pecados), se torna difícil a reconciliação com Deus. Os discípulos que eram veteranos dos mares, se sentiram acuados diante das tribulações e se viram na urgência, reconhecerem impotentes diante da situação e pedir auxilio do Mestre, para isso se fez necessário despertar o Cristo dentro de nós. Nos afastando de Deus por causa dos pecados, devemos ter a humildade de reconhecermos como pecadores arrependidos, a necessidade de buscarmos a Jesus como Senhor de nossa vida, aquele que cura, liberta e nos dá a verdadeira paz. Mas para isso é urgente a busca, ter um encontro com o nosso Senhor, ir ao deserto (interior). Se não tiver novamente a intimidade com Cristo através da oração como também dos sacramentos, jamais poderá  ser  verdadeiramente um discípulo a serviço do Reino de Deus. Busquemos amadurecer na intimidade com Cristo, onde ser faz necessário uma vigilância constante (Onde está a vossa fé?) e uma vida de apostolado na fé e na caridade ao próximo no amor de Deus. Buscar não cair em tentação é um exercício de fé, e se cair não se desesperar pois até mesmo nas quedas aprendemos o com o Mestre a se levantar. Ir a Deus é essencial , por isso é fundamental confiar na sua misericórdia enquanto antes, o que não deve, é ficar somente maravilhado com as obras de Deus e não se comprometer a uma verdadeira conversão em unidade plena com Deus.

Pax!

sábado, 3 de maio de 2014

Reflexão Casual XX


“Quando o homem descobre o essencial em sua vida, onde se manifesta na simplicidade do seu viver e na paz de espírito que resplandece a todos ao seu redor... Esse sim! Tornou-se sábio de sua própria existência.”

Paulinopax