sábado, 29 de dezembro de 2018
sábado, 15 de dezembro de 2018
Formação do Catolicismo Brasileiro 1500 - 1800 / 3ª Parte
O CATOLICISMO PATRIARCAL
ESTABELECIMENTO DE UMA “SOCIEDADE DE
ORDENS” NO BRASIL
Paulo da Costa Paiva
Durante o século 16 por causa dos perigos
causados pela resistência dos índios no interior e dos franceses, ingleses e
holandeses no mar, a cultura colonial se limitava a uma estreita faixa
litorânea. Sendo os engenhos e as fazendas a marca duradoura desse período,
pois não é tanto nos centros urbanos que se deve procurar a grande concentração
de vida no Brasil colonial, mas sim nos isolados e rudimentares
estabelecimentos rurais. Isso se intensificou com o surgimento de fazenda
motivado pelos bandeirantes que explorava o interior brasileiro e a principal
característica são a importância da liderança local e o aproveitamento do
trabalho escravo totalmente dependente dos senhores das fazendas e dos
engenhos, sendo conhecida culturalmente como o período patriarcal. Tudo isso
foi criação do governo metropolitano motivada pela questão das terras roubado
dos índios pelo reino de Portugal, mas diante disso se via a necessidade de
legitimar como terra brasileira como propriedade de justo e por direito da
coroa.
Baseados em teoria nem tanto portuguesa e sim espanhola, se imaginava
que o mundo inteiro seria um grande feudo cujo senhor supremo seria Deus, que
tinha como o seu representante na terra o Papa, então dessa forma se criou uma
relação senhor - vassalo entre o Papa e o rei, dessa forma também o Rei e o
donatário que receberam uma capitania e assim conseqüentemente até chegar ao
senhor dos engenhos e fazenda. A religião novamente foi uma ferramenta
fundamental diante da população, pois os novos senhores de terras foram sendo
conhecidos como nobres numa política de nobilitação e paralelamente junto aos
escravos à política era paternalista e tutelar. Conseqüentemente num jogo de
interesses mútuo, a própria Coroa portuguesa buscou também notibilitar os
bispos do Brasil colonial, sendo convergidos em honras e com os maiores
salários da folha eclesiástica.
O
CATÓLICISMO PATRIARCAL E SUAS CARACTERÍSTICAS
O
catolicismo nesse período colonial tinha como função especifica de sacralizar e
perpetuar o poder do estado, a própria instituição no Brasil se tornou uma
“Religião Estado”, totalmente inserida e disponível ao interesses escravocratas
dos senhores locais e tinha como objetivo impedir o nascimento de uma
consciência de comunidade entre trabalhadores nos engenhos, nas fazendas e
minerações, os mantendo, mas afastado possível, impedindo uma futura rebelião
contra a colônia. A religião buscava orientar e plasmar a religiosidade povo
escravo lhe tirando todo dinamismo transformador. O engenho assim como as
fazendas se tornou sagrado, conseqüentemente seus senhores também se tornando
pessoas iluminadas e sagrada com a benção de Deus para aquela função de
apadrinhamento dos seus que se encontrava em suas fazendas e engenhos, já os
escravos tinham de total submissão e fidelidade ao seu senhor. Enquanto na América espanhola o poder era
predominantemente centralizado na América portuguesa seguia o caminho
totalmente oposto, onde o poder local (engenhos e fazendas) foi praticamente
absoluto e incontestável.
Nos engenhos e fazendas não somente
os escravos eram obedientes ao senhor local, mas os próprios sacerdotes que
tinham a função da desobriga como também catequizar no conformismo como forma
de expiação de seus pecados para um futuro de consolação junto a Deus, sendo
fiel e obediente ao seu senhor e a Igreja. No Brasil só reconheceu um clero
livre e independente através dos jesuítas, mas somente entre aqueles que se
interessava ao trabalho missionário nos aldeamentos já o restante do clero era
ligada aos engenhos e fazendas que se submetiam de bom agrado ao servil do
sistema patriarcal. Apesar de tudo isso dentro dos engenhos e fazendas havia
certa liberdade de suas tradições religiosa velada e absolvida no sincretismo
religioso predominantemente cristão. Dessa forma o catolicismo patriarcal foi
duradouro, transformando um catolicismo monacal, puritano e celibatário num
avesso sendo sensual e até libertino, que suportava poligamia e promovia
namoros nas portas das Igrejas (Festejos de santos casamenteiros), que refletia
a realidade de uma cultura rural, patriarcal e escravocrata.
A DUPLA MORAL DO CATÓLICISMO
PATRIARCAL
A ambigüidade moral é explicitamente
identificável no cotidiano patriarcal e católico na colônia brasileiro do reino
Portugal, pois prega uma moral para os proprietários e outra mora para os
escravos. E essa moral vivenciada pelos senhores se baseia numa sacralização do
assistencialismo junto aos pobres já a outra moral relacionada ao escravo e
pobre se torna possível sua santificação pelo conformismo de sua realidade como
designo de Deus. A colonização portuguesa na terra de Santa Cruz foi vivida
numa contextualização medieval e seus dirigentes como verdadeiros nobres onde o
assistencialismo e o paternalismo são predominantes e considerados virtude. Mas
não bastava se limitar somente em dar esmola, era fundamental se ouvir o clamor
do pobre, e não se refugiar num ato que primeiramente poderia ser bom e nobre,
mas se concretiza como uma fuga, pois os considerados herdeiros vindos do reino
de Portugal eram na realidade, os invasores que se comportavam se comportavam
diante dos nativos (índios) como os legítimos donos da terra.
Os proprietários
têm consciência que estão errados, mas conseguem reprimir isso dentro de si, e
a esmola se torna uma maneira (ou fuga/desculpa) para se criar uma consciência
tranqüila velada deturpadamente nas exigências do evangelho. Os que defendiam ou pelo menos se importavam
com os pobres seria os jesuítas principalmente junto aos índios, já junto aos
escravos africanos era tão desesperador de que única forma de se amenizar as
dores dos negros escravos seria na comparação com as dores de Cristo em sua
paixão ao levar a cruz, que se conforma com todas as dores e humilhação por
amor ao Pai e a humanidade para remissão dos pecados e a salvação de todos. O
negro assim como o Cristo Jesus na sua dolorosa obediência era convidado a
amenizar suas dores, tudo suportando em sua vida tão dura e difícil, no
martírio da vossa imitação (Cristo), numa esperança que não se faz presente
aqui, mas nos Céus.
O CATOLICISMO MINEIRO
O catolicismo mineiro foi predominante em toda América
desde o início, tanto por espanhóis como por portugueses, só que os hermanos
espanhóis encontraram ouro e prata bem antes, já na época do descobrimento do
novo continente. Na colônia portuguesa, Foi através das entradas e bandeiras
pelo interior brasileiro que encontraram ouro no Brasil, como também prata e
cobre e pedras preciosas como diamantes e esmeraldas. O objetivo dos reinos de
Portugal e Espanha não era outro se não explorar as riquezas das terras virgem
do novo mundo principalmente o ouro e a prata, pois eram fundamentais para o
comercio intercontinental, desde a descoberta do novo mundo até pouco antes do
século 19, onde o ouro que alimentou a Europa veio principalmente da América
Latina.
Diante dessa grande realidade econômica cooperou na formação de um tipo
de religião que estava a serviço da exportação do ouro. Duas classes estavam
profundamente interessadas em manter o catolicismo mineiro como ferramenta de
seus interesses, que são os funcionários do governo e os comerciantes de ouro,
esses homens exercem nas minas o mesmo papel religioso e paternal que os
senhores dos engenhos e fazendas fazem em suas localidades, contribuindo para
as construções e o sustento de magníficas igrejas, como também para os brilhos
de festas e de procissões, sempre mantendo as pregações moralizantes junto aos
produtores de minérios, proprietários e escravos.
Grande parte do ouro (pois havia os extravios) ia para o Reino de Portugal, mas precisamente durante reinado de Dom João V que sofria de “Mania devota”, grande parte foram gasto em construção e reconstrução de igrejas e conventos em Portugal, como também numerosas indulgência à Santa Sé assim como diversas bênçãos papais. Era tanto ouro que deu impressão de que já não sabia mais o que fazer com tanta riqueza vinda do Brasil, se mostrando incapaz de trazer prosperidade para o seu povo que ficou pobre como antes. Isso refletia aqui também no Brasil a total mediocridade dos Vice-reis, governadores, capitães e donos terras mostrando sua incapacidade nos gasto com as riquezas em mãos, que só servia para ostentação e gastavam em construções religiosas e compra de títulos honoríficos.
Enquanto uma minoria esbanjava as riquezas
provindas dos minérios brasileiros, uma grande parte da parcela dos habitantes
vivia em total miséria, vivendo sobre a mão de ferro do império que mantinha
total vigilância contra as tentativas de contrabando de ouro e dos riscos de
contestação por parte de religiosos, seguindo a cartilha da igreja secularizada
a serviço do reino de Portugal que a mantinha e financiava, mas é na própria
igreja onde também se encontrava refugio de esperança e o lazer provindo das
festas santas. Enquanto as minas brasileiras fazem crescer a circulação de ouro
na Europa, paralelamente a isso no Brasil não circulava dinheiro e
conseqüentemente surgem às dívidas externa e já não se pode dizer que Portugal
é dono do País, pois a metrópole se tornar dependente do reino britânico.
Paz
e Bem!
sábado, 1 de dezembro de 2018
Reflexão Casual LXXVI
“O sono é o ensaio
diário para a morte, assim como o despertar é o exercício constante para
eternidade."
Paulinopax
sábado, 24 de novembro de 2018
sábado, 17 de novembro de 2018
Formação do Catolicismo Brasileiro 1500 - 1800 / 2ª Parte
O
CATOLICISMO GUERREIRO II
O MESSIANISMO GUERREIRO DOS PORTUGUESES
COLONIZADORES
Paulo da Costa Paiva
OS EFEITOS DO CATOLICISMO GUERREIRO SOBRE A REALIDADE BRASILEIRA
Assim como toda ação leva a uma reação, Os índios assim
como também os africanos reagiram à religiosidade violenta e opressora do
cristianismo guerreiro da mesma forma, transformando seus deuses em divindades
vingativas e violentas, partindo para o “olho no olho, dente por dente”. Os
índios despertaram em sua religiosidade os antigos deuses guerreiros onde uma
força divina que os transformavam em instrumento duma luta sobrenatural, já na
religiosidade africana se refugiou, mas precisamente no plano místico onde seus
deuses agrícolas e pastoris se transformaram em divindades violentas e
vingativas, que nessa transição não se deve jamais ser subestimada, pois se
trata de uma forma de resistência social, cultural e político que levara
futuramente a redenção da escravatura.
O espírito de vingança que reina em
diversas regiões brasileiras não é porque seja um "gênio popular” ou
porque seria uma característica do caráter indígena ou do africano, mas sim uma
forma de resistência contra a opressão e exploração causada pela elite colonial
e branca européia, com a sua doutrinação esmagaste, onde se viam como
salvadores de almas dos gentios (nativos e escravos) para o Deus cristão, mas
que na prática foram em nome desse próprio Deus que escravizaram, exploravam e
matavam para seu próprio beneficio, se utilizando da religião como pano de
fundo para todas as suas atrocidades.
A
PERSISTÊNCIA DO CATOLICISMO GUERREIRO NO BRASIL
O catolicismo guerreiro influenciou fortemente o
cotidiano brasileiro tanto os civis com a sua religiosidade popular como as
próprias forças militares respirava da espiritualidade guerreira, tinha seu
capelão como também tinha seu padroeiro que deveria ser um santo guerreiro,
mesmo não sendo reconhecido canonicamente como militante de Deus, mas sofria
uma profunda mudança e releitura teológica com uma representação guerreira.
Entre os militares muitos abraçavam esse ideal de vida de entrar em combate em
nome de Deus, e existem entre eles índios e negros que vestiam a causa por
obediência aos seus senhores em nome de Deus e da coroa portuguesa, isso se
torna muito interessante para elite colonial brasileira, pois indivíduos pobres
e marginalizados a serviço de grupos aristocratas, se torna ideal para os
promotores da guerra Santa na terra tupiniquim. Entre eles temos o índio Felipe
Camarão que combateu a favor dos senhores de engenhos contra os comerciantes
holandeses, outra imagem conhecida seria do negro Henrique Dias que mereceu as
mais altas honras militares por ter sido fielmente dedicado aos intentos
guerreiros de seus senhores.
Mas como se torna possíveis os marginalizados e explorados
abraçar os ideais dos colonos aristocratas? Tudo isso era possível porque
existe sem duvida o atrativo financeiro e a possibilidade de ascensão dos
mestiço ou mulato na sociedade de ordens, mas isso nem sempre era suficiente
para garantir a lealdade desses indivíduos como de todos os militares em geral
juntos a elite colonial por isso existia uma grande desconfiança entre ambos.
Para isso novamente a religião era usava como ferramenta ideológica para impor
entusiasmo como também impor o medo. Primeiramente entusiasmar o povo com
animação popular e religiosa, com todos os seus simbolismos religiosos:
Triunfos Eucarísticos, procissões, festas, sermões.
E havia também competições
desportivas tudo isso historicamente em todo processo desde primórdio da civilização
ocidental conhecemos como a dita política do pão e circo que acalma as grandes
massas insatisfeitas. Outra forma que se utilizava para manter o povo no
cabresto seria através do medo, amedrontando a massa era possível controlá-la,
isso nesse perigo seria através da fé que sendo infiel e desobediente aos seus
senhores e autoridade poderiam queimar no fogo do inferno, outra forma era
trazer o próprio inferno ao mundo dos vivos, que seria o próprio santo oficio
que torturava, esquartejava ou queimava vivo num verdadeiro circo de horrores,
no Auto de Fé onde a própria multidão torcia pelos juízes (representantes de
Deus) condenasse os hereges.
A CONTESTAÇÃO DO CATOLICISMO
GUERREIRO EM NOME DO EVANGELHO
A Tomada de posse do Brasil pelos europeus foi gradativamente
lenta e praticamente esporádica, dessa forma também a contestação tanto no
Reino de Portugal como na colônia, pois não houve no Brasil uma conquista
global, pois suas guerras e revoluções sempre foram locais e facilmente
abafadas pelas autoridades. Observa-se que durante o processo histórico que
alguns padres bateram de frente todo o sistema opressor das autoridades tanto
do reino de Portugal como do próprio alto clero em nome do evangelho, pois se
via uma contradição com a sua própria essência para os seus próprios interesses,
pois só quem sentia eram os marginalizados e excluídos da sociedade, o negro, o
índios e o pobre em gera.
Dessa forma podemos citar alguns que se
destacaram na história como, por exemplo, o padre Gonçalves Leite, SJ (1546-1603)
português e primeiro professor de filosofia no Brasil, que sustentava a tese
que “Nenhum escravo da África ou no Brasil é justamente cativo.” Diante de sua
posição ficou insuportável a sua permanência, sendo convidado a voltar a
Portugal em 1586, pois além de contradizer os interesses das Autoridades
Coloniais como uma grande parte da Igreja, poderia ser que suas idéias e
fomentasse e causaria um perigo maior de futuros movimentos revolucionário
contra a Coroa de Portugal. Nessa mesma corrente ideológica, outros padres se
destacaram como o Pe. Miguel Garcia que defendia a liberdade dos índios, o
padre Luis da Grã que se opôs à comercialização dos escravos, outro que
combateram a sacramentalização precipitada como o padre Inácio de Tolossa que
discutia a validade do matrimônio realizado entre os índios como também a
legitimidade de compra e venda de escravos, e a liberdade original dos
índios. Muitas outras problemáticas que
surgiam na colônia que contentavam seriamente os princípios do evangelho de
Jesus Cristo.
No século XVI, o Padre Antônio
Vieira com os seus sermões que na verdade era uma grande arma e com a sua voz
possante conseguia conscientizar os portugueses brasileiros e outros
colonizadores sobre seus erros da colonização. Ele resistiu firmemente todos os
embates e quando aos 73 anos, retornando novamente ao Brasil se dedicou aos
trabalhos missionários especificamente junto aos índios. Padre Antônio teve outros sucessores que
deram continuidade a sua iniciativa no combate dos abusos dos Senhores e das
autoridades colonial contra os índios e os negros. Essa tradição teológica de
resistência principalmente ao lado do índio terminou bruscamente com a expulsão
dos jesuítas no ano de 1759 e através da reforma pombalina, mas apesar de toda
violência imposta pela coroa com uma nova forma de teologia, mas interessada em
favorecer os colonos não reprimiu as idéias de resistência por parte dos negros
e índios catequizados pelos jesuítas, que mesmo ausente a partir de então, seu
fruto de luta contra a opressão permaneceu em seus corações.
Paz e Bem!
sábado, 3 de novembro de 2018
Reflexão Casual LXXV
“Somos maquinas
biológicas e podemos até certo ponto assemelhar-se (de forma tosca -
memória/mente) aos computadores mais evoluídos da atualidade, mas o diferencial
é que nossa mente é ilimitada, e seu material é etérico (jamais pode se
corromper) por mais que o corpo padeça nossa memória (inteligência, consciência,...)
não se perde, mas aos poucos vai se limitando ao mundo físico, até o ponto de
não poder mais interagir e nada mais assimilar de conhecimento (experiência)...
Morrendo a nossa mente que fez do cérebro sua morada transcende a sua matriz
que está além do principio e fim de todas as coisas."
Paulinopax
sábado, 27 de outubro de 2018
sábado, 20 de outubro de 2018
Formação do Catolicismo Brasileiro 1500 - 1800
O
CATOLICISMO GUERREIRO
O MESSIANISMO GUERREIRO DOS PORTUGUESES
COLONIZADORES
Paulo da Costa Paiva
O catolicismo Guerreiro é uma
tradição vinda do outro lado do atlântico, mas precisamente da península
Ibérica de conquistas e reconquistas das tão famosas cruzadas contra os infiéis
(árabes), com este espírito de guerreiros nesta guerra santa, vieram para outro
lado dos mares para as terras dos tupiniquins, que ao chegarem por aqui
nomearam como terra da Santa Cruz e posteriormente como Brasil. Essa
mentalidade de prontidão de guerra contra tudo e contra todos que
oposicionar-se a madre Igreja estava impregnada no clero, na nobreza e
conseqüentemente na mente de todo os fieis, que enxergavam as novas terras
descobertas como uma missão a serviço do Reino de Deus através da coroa
portuguesa. Entre os portugueses existia uma forte influência de mentalidade messiânica
nacionalista, onde se reconheciam como o povo eleito de Deus que tinha como
missão estabelecer o Reino de Deus neste mundo, onde cada português tinha um
dom especial a serviço de Deus através da obediência a coroa portuguesa, que
reconheciam o seu Rei como governante do poder temporal e o Papa como
governante do poder espiritual no século, em nome de Deus sendo seus
representantes na terra.
Isso foi muito divulgado principalmente no Brasil por
Padre Antonio Vieira (Jesuíta), que reconhecia o reino de Portugal como
exclusivamente de Deus e que essa nação seria o seu próprio seminário da fé
aqui na terra a ser propagado ao mundo inteiro e cada português um apóstolo da
fé, anunciando o Reino de Deus até os extremos da terra como já se dizia no
evangelho. Via toda a obra de navegação e exploração de novos mares e novas
terras como ação e instrumentação em favor do anuncio do Reino de Deus, sendo
os navegantes portugueses esses anjos (soldados-missionários) que vinham aos
gentios (nativos – índios brasileiros) que os esperavam para sua conversão e
salvação em nome Cristo Jesus. Reconheciam também que a escravidão como meio de
salvação para todo que se submetia (forçosamente) servindo ao seu senhor aqui
na terra receberia sua recompensa eterna nos céus, a salvação dos pecados e as
primícias na presença de Deus em seu reino.
A IDÉIA DE “GUERRA SANTA” NA
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
O cristianismo nos seu primórdio era totalmente oposto a
qualquer tipo de violência, viviam praticamente em anunciar e testemunhas a fé
em Cristo Jesus, na ajuda aos irmãos necessitados e os pobres e perseguidos que
vivam em total abandono pelas cidades e vilarejos através do serviço
caritativos. As guerras eram de interesse dos Estados (Impérios e reinos)
melhor dizendo dos ricos e poderosos que por séculos perseguiam, torturavam e
matavam muitos cristãos. Somente quando a Igreja se torna aliada dos poderosos
constituídos (romanos) e que dá uma grande virada na sua própria história de
perseguida pelos gentios, se coloco de lado oposto quando se torna a religião
oficial do Império Romano, passa então perseguir e matar muitos que se
resistiam à fé cristã via a missão como combate de guerra para conversão dos
infiéis e gentios. Isso se agravou muito com o surgimento do islamismo que tinha
como preceito de sua fé a guerra santa, que era meio de santificação e
salvação, e de forma muito violenta ia se expandindo de cidade a cidade do
oriente ao ocidente. Essa situação preocupou muitos reinos no ocidente como
também a própria Igreja Romana que sentiram profundamente ameaçados. Diante
dessa situação tão complexa a Igreja tinha que se posicionar para sua própria
existência na história. As milícias católicas não eram, mas baseadas na
não-violência, mas sim no uso de armas, santos e santas que nada tinha haver
com a profissão militar, receberam um novo significado de santos guerreiros na
sua religiosidade devocionaria.
A colonização do Brasil foi realizada numa época em que a
idéia de guerra santa era plenamente aceita pela cristandade Ibérica e os
índios foram a primeiras vítimas desse contexto histórico, como a aculturação
imposta aos nativos na urgencialidade da conversão dos gentios em nome de Deus
para salvação de suas almas. Paralelamente trazendo de Portugal toda a sua
religiosidade guerreira como, por exemplo, a vinda das primeiras imagens de
santos e santas medianeiras, milagreiras e conseqüentemente guerreiras, como
também a construções de Igrejas e capelas em homenagem a suas vitórias e
livramentos contra gentios e infiéis (protestantes). Nesse contexto de vida já
daquela intensidade conflitiva dos combates contras os ímpios (árabes) na
península Ibérica, nas cruzadas para conquista da terra santa, muitos colonos
como os missionários respiravam uma espiritualidade ideologicamente guerreira e
a própria cruz que era símbolo exclusivamente da vitória cristã sobre a morte e
o pecado, se tornou instrumento de guerra e estandarte dos exércitos apara
amedronta e esmagar os inimigos. Tomar a cruz e seguir Jesus passou a
significar alistar-se na cruzada e partir para terra santa, a peregrinação
transformou-se em guerra, a mensagem de Cristo em apelo para violência e morte
aos ímpios.
EXPRESSÕES CONCRETAS DO CATOLICISMO GUERREIRO NO BRASIL PORTUGUÊS
A Ideologia da guerra santa penetrou em diversas expressões
da vida colonial no Brasil, percebem-se claramente isso com os primeiros
jesuítas vindos às terras brasileiras junto à catequese diante dos nativos, os
índios. Os administradores (governos) da colônia portuguesa foram inicialmente
muito prestativos aos padres da companhia (jesuítas) que vinham as missões nas
novas terras da coroa portuguesa, que foram em missão catequizar os índios, que
primeiramente viram uma grande dificuldade junto aos nativos adultos, buscaram
evangelizar as crianças indígenas que conseqüentemente os pais eram também
catequizados de forma indireta, o batismo assume um novo sentido no contexto
guerreiro das missões, onde se forçava explicitamente uma conversão:“ Aceitar o
batismo ou ser exterminado.” Dessa forma toda a tribo de uma só vez se
convertia ao cristianismo romano, onde até os índios brabos se amansava para a
sua própria sobrevivência. A própria eucaristia passa por um processo de
transformação no seu sentido sociológico, passando a ser um objeto de
manifestação pública como procissões e exposições, se diferenciando com a
vivência cristã dos primórdios do cristianismo que escondia em catacumba para
viver sua fé entre irmãos perseguidos templos romanos.
Outro momento de grande repressão que se utilizou da
religiosidade para destrar a sua população foi no século 18 nas regiões de
minas gerais no período da exploração principalmente do ouro para o reino de
Portugal, onde foi proibida a imprensa e qualquer expressão livre de pensamento
e de cultura evitando dessa forma qualquer tipo de rebelião, fomentando na
religião católica uma total submissão as autoridades e que os escravos e a
população pobre buscavam refugio, gozo e conforto em Jesus o nosso Senhor. Nesse
período já haviam expulsados os Jesuítas que insistiam em defender os índios e
também pelas riquezas adquiridas através da própria mão de obra indígenas, que
incomodava não somente os colonos mais também as autoridades locais, que por
tempos de conflitos conseguiram os expulsa-los e se apossar de seus bens. Dessa
forma a religião sobre o cuidado do clero secular se tornou o refugio dos
problemas da vida, um descanso festivo no meio de grande dureza da luta
cotidiana, numa procissão onde cada um no seu devido lugar (segundo as posições
sócias e raciais), respeitando as leis impostas pelos fortes e poderosos com as bençãos de Deus.
Continua...
Paz e Bem!
sábado, 6 de outubro de 2018
Reflexão Casual LXXIV
“Muitos que se
dizem cristãos entram em total contradição com aquilo que eles mesmos dizem
acreditar. A alienação (ignorância) leva ao fundamentalismo e ao idolatrismo
tanto de imagem como ao idolatrismo do livro (Bíblia)... Por ai você ver que
não adianta passar anos e anos rezando, esquentado o banco da igreja, se na
hora que podem demonstrar misericórdia e o amor de Deus para com seu próximo age
contrario como seres bestiais espelhando aos ditos demônios que tanto repugnam
e tanto se assemelham!”
Paulinopax
sábado, 29 de setembro de 2018
sábado, 22 de setembro de 2018
" 'Eu te constitui como luz para os gentios..."
Paulo, o Apóstolo dos Gentios
Paulo da Costa Paiva
Paulo, que se auto-intitula apóstolo e que se faz servo do Senhor, mostrando sua seriedade e rigorosidade consigo mesmo e a missão, como também por todos aqueles que acolheram a boa nova, anunciada mostrando o zelo e amor profundo a Cristo e a sua ordem de evangelizar até os confins do mundo. Por, mas que tenha direito não concebido, mas conquistado pela sua árdua doação ao ministério de Cristo junto aos judeus além fronteira de Israel como também e principalmente junto aos gentios não se beneficiou diretamente dos títulos (só quando necessário), mas preferiu a simplicidade do seu próprio sustento com seu oficio em cidades e cidades que visitava fundando uma nova comunidade, sendo fermento no meu povo se misturando e conhecendo suas realidade e necessidades, sendo um arauto de Cristo dialogava a partir dos contexto apresentado nas cidade que visitava como um autentico missionário e diplomata do reino de Deus, e por sua inteligência e esforços e principalmente guiado pelo santo Espírito a semente, de Cristo brotava em cidade em cidade sendo para Paulo o prêmio como graça divina por sua fiel servidão ao Senhor Jesus Cristo.
Paulo é uma pessoa bastante aberta e muito sincera sobre o que sente e vê, mostrando-se realmente como é, sem mascaras ou formalidade, em seus escrito mostra claramente sua espontaneidade tanto nas suas alegrias como na suas dores e aflições, mostrando também a sua entrega tanta na missão como para a comunidade revelando seu profundo amor por cada um, sendo uma verdadeira família em Cristo onde ele busca cuida de forma muito zelosa (rígida) todos os conflitos como uma pai junto aos seus filhos. Sofre junto com os seus e alegra-se também, onde nas cartas, Paulo consegue apresentar os seus mais sinceros sentimento, abrindo sua alma a todos os seus, desejando que todos se salvassem verdadeiramente. Aparentemente em alguns momentos possa parecer arrogante e prepotente, mas quando se vê no desenrolar de seus escritos percebe-se uma pessoa de personalidade forte e com o temperamento muito aflorado, mas uma profunda autenticidade que somente alguém com muita humildade revelaria tão escancaradamente sua real face com suas virtudes e miséria.
O zelo que Paulo tem a sua missão e pelas as comunidades, revela a profunda experiência que teve com Cristo, e que isso não seria algo nada comparável com tudo que tenha vivido antes, mostra que foi real e concreto de uma grande complexidade que mexeu e remexeu com todo o seu ser, de suas entranhas até os mais obscuros de sua alma. Paulo realmente se consumiu pela missão e chegou aos grandes mistérios divinos, pela graça e misericórdia de Deus por isso fala com toda autoridade em nome de quem ele veio e porque se autoproclama apóstolo, pois foi uma experiência concreta e transformadora para si e para história da humanidade (ocidente). Paulo envolvido e consumido pela a missão e pela salvação dos seus nas comunidades sempre estava por dentro de todos os contratempos (conflitos e perversões), e se via na luz do santo espírito e como culto que era iluminá-los com orientações e exortações para a sua edificação e pela a unidade da comunidade e da Igreja em si, suas cartas eram praticamente quase todas pastorais por mesmo ausente se fazia presente por suas palavras e pelo testemunho dado, buscava sempre informações das comunidades pelo qual fundou e sempre vivo os acompanhou, preso ou missão, sã ou doente, mas sempre presente. Paulo de perseguidor fariseus altamente zeloso e consumido pela Lei, após o encontro com o ressuscitado, se torna apostolo (abortivo) de Cristo sendo agora perseguido, maltratado em nome de Jesus, mas resistindo a tudo e a todo para anunciar o reino de Deus, Jesus Cristo até as ultimas conseqüências até os confins do mundo.
Paz e Bem!!
sábado, 1 de setembro de 2018
sábado, 25 de agosto de 2018
sábado, 18 de agosto de 2018
Resenha: Sexo, Desvio e Danação VII - Conclusão
LEPROSOS
Paulo da Costa Paiva
LEPROSOS
Na
história da humanidade entre variados povos desde os seus primórdios não
existiu uma doença que supere a temor generalizado como a lepra causou, muitos
considerava maldições, castigos divino ou algo semelhantes. Na Idade Média, por
exemplo, acreditava-se que a doença era transmitida sexualmente por uma mulher
que pratica-se sexo no seu período menstrual, contagiando como forma de castigo
pelo o pecado sexual cometido. Nessa época a lepra foi se alastrando por toda
Europa medieval atingindo inicialmente somente os mais pobres e miseráveis e
consequentemente os nobres e o clero. Na época muitos consideravam essa praga
como castigo divino e muitos mitos surgiram relacionada a doença, porém no ano
1873 foi descoberto que a lepra seria uma doença infecciosa causada pelo bacilo
Mycobacterium leprae e foi descoberto pelo
o médico Gerhard Armauer Hansen.
Apesar
de hoje ser uma doença curável a partir de tratamentos medicamentoso, na Idade
média era uma verdadeira praga incurável, quem era molestado pela lepra estava
praticamente condenada a morte, pois os médicos medievais não sabiam
concretamente sobre doença consequentemente pouco se poderia fazer. A lepra que
também era conhecida como " febre pútrida" pouco se tinham de
informação na literatura médica da época, se recorrendo ao trabalho dos grandes
médicos árabes que estes também tinham
bebido dos conhecimentos grego, mas que
na prática pouco se podia fazer aos agravados pela peste. A melhor forma que se
poderia combater a doença dentro de um contexto medieval era a prevenção e
isolamento, pois em sua maioria não se tinha uma boa higienização, o povo se
alimentava muito mal, não tinham saneamento básico e extrapolava na ignorância.
No caso de alguém suspeito por estar com algum sinal de problema de pele, já
seria uma alerta para o risco de lepra, o procedimento inicial seria uma
denuncia formal (geralmente por pessoas próximas), depois uma investigação
minuciosa por parte do estado e que antes estava sobre os cuidados da Igreja.
Para
se identificar um leproso no período medieval não era nada difícil, pois de
longe você poderia os identificar primeiramente por suas vestes que eram
diferenciadas como também que eram a utilização de guizo, sinos sobre suas
vestes, que ou mesmo andar-se com uma trompa avisando a todos que estava
chegando e pudessem se afastar de si, outros cuidados também eram fundamentais
como a proibição de tocar nos suprimentos de comidas, nem mesmo poderiam tirar
água dos poços, pois haviam muito risco de poder contaminar tantos os alimentos
como à água.
Por muitos tempos os leprosos viviam as margens da sociedade,
realmente fora das cidades esperando pela boa vontade de algumas pessoas de bom
coração para poder lhe assistir de alguma forma, mesmo precária somente para
sobrevivência com alimentos e roupas basicamente, e com o decorrer dos séculos
já no período cristão foram surgindo os tão chamados popularmente de
leprosários (casas ou hospitais especificamente para o cuidado dos leprosos),
normalmente essas casas eram dedicadas a São Lázaro que tradicionalmente seria
o que Jesus tinha ressuscitado dos mortos (Evangelho de João), mas ouve uma
pequena confusão, havendo uma ligação errônea entre o Lázaro histórico com o
personagem também chamado Lázaro de uma parábola contada no Evangelho de Lucas
(Parábola do Lázaro e o Rico)que esse sim, era mendigo e leproso, Por esse
motivos muitos desses hospitais eram chamadas de lazaretos.
ARGUMENTAÇÃO
Nessa obra o autor busca nos apresentar de forma mais
precisa possível além do contexto do cotidiano da sociedade medieval em todas
as suas esferas, algo muito além, que transcende ao dados histórico. Mostrando
como a Igreja influenciou e deixou influenciar-se diante das problemáticas e
dos desafios imposto no seu tempo, se adequando a uma cristandade que teve que
superar milênios de paganismo onde muitas da vezes as soluções não era das mais
recomendáveis, sendo quase sempre fundamentada e concretizada por questões
ambígua e precipitada numa ambiente predominante de pura ignorância e
crendices, e consequentemente de preconceitos e oportunismo, atingindo
diretamente os mais vulneráveis da sociedade.
ANÁLISE
Diante de tudo que é abordado pelo autor, observo que
a sociedade medieval vivia o grande temor divino (condenação eterna) causado
principalmente pela sua total falta de conhecimento de forma generalizada, e
consequentemente eram arrastados pelas crendices populares por serem mal
instruídas, outras vezes chegando a serem utilizadas como ferramentas de
manipulação pela própria Igreja da época, como também pelo Estado, acarretando uma
sociedade preconceituosa, mergulhada numa religiosidade cheia de fantasmas,
criadas por seus próprios lideres e dirigentes. Apesar de buscarem da melhor forma possível regrar a população em geral, a Igreja de forma inapropriada e precipitada diante de
um paganismo desregrado e das pragas existente, foi equivocada, fazendo a leitura de seu tempo
como se todo mal que existia na sociedade fosse uma extensão da infidelidade do
povo, suas ações atingiam principalmente os que estavam as
margem da sociedade, levando a todos a um
histerismo generalizado causando
uma verdadeira calamidade social.
Paz e Bem!!
sábado, 4 de agosto de 2018
Reflexão Casual LXXII
“Ter opinião
própria nos dias hoje se tornou ofensa para muitos ouvidos sensíveis as
verdades e adormecidos nas ilusões embriagantes de suas mentes medíocres.”
Paulinopax
sábado, 28 de julho de 2018
sábado, 21 de julho de 2018
Resenha: Sexo, Desvio e Danação VI
HOMOSSEXUAIS
Paulo da Costa Paiva
HOMOSSEXUAIS
Sobre
o homossexualismo, isso sempre houve desde os primórdio da humanidade e sua
aceitação ou repreensão se devia cada local, costume e tempos especifico. O
cristianismo se baseou nos costume do povo judeu que considerava abominação e
sendo passível de pena de morte, assim como também o incesto, a bestialidade e
o adultério. Outras culturas como a grega e romana, as pessoas nem se quer eram
classificadas como heterossexuais ou de homossexuais, se tornando um costume
mais aceitável e comum para essa população. O próprio Jesus nada fala sobre
esse assunto, já o Apóstolo Paulo encara como uma rejeição dos valores morais
por parte dos pagãos.
Assim como desde aurora da humanidade já havia
prostituição por parte das mulheres como os homens não foram diferente, coma
permissão por parte do estado, o homem poderia se relacionar sexualmente tanto
com mulheres, como também escravos, jovens e com homens em geral sem
recriminação nenhuma por parte dos dirigentes como também da população, a única
coisa realmente que era fundamental dentro da sociedade pagã, seria o caso
manutenção e a caracterização já culturalmente definida socialmente como o
masculino e o feminino. Com o advento do cristianismo, tudo mudou onde o
homossexualismo se tornava tendências exclusivamente pervertida, comparando a
homossexualidade com efeminação como também com os termos de pederastia,
distorcendo toda as praticas do passado como nocivas e imorais sendo essa ideia
repercutida por toda Europa medieval.
Na
idade média, não existia especificamente essa terminologia de
"homossexual", existia sim que qualquer principio relacionado a sexo
sem o objetivo de procriação, que era considerado violação da natureza, como o
caso de fornicação, adultério, bestialidade e coisas de semelhantes gravidade onde se encontra também a sodomia,
que aos poucos se identificaria com o decorrer dos tempo com termo
homossexualismo, desde do inicio do cristianismo já se combatia tais atos, se
desenvolvendo por exemplo um código abrangente de ética sexual.
Mas foi somente
no período que o Império se tornou cristão que realmente se começou colocar em
prática o regimento contra a imoralidade generalizada para os bons costumes
éticos e moral, sempre temente a Deus. Antes esse atos eram bastante comum na
sociedade ainda pagã, como por exemplo existia uma subcultura homoafetiva
surgido nos burgos e cidades mas precisamente nas casas de banhos e
barbearias que tinha certas brincadeiras
(atividades) sexual como caçar ou melhor dizendo paquerar outros do mesmo sexo,
principalmente os que tinham traços afeminados conhecidos na época como
"ganimedes".
Continua...
Paz e Bem!!
a
a
sábado, 7 de julho de 2018
sábado, 23 de junho de 2018
terça-feira, 19 de junho de 2018
Resenha: Sexo, Desvio e Danação V
PROSTITUTAS
Paulo da Costa Paiva
PROSTITUTAS
A grande
população da idade média vivia em situação nada agradável, somente o necessário
para sobreviver, mas existiam pessoas em situações bem piores na total miséria,
sem provisão nenhuma que estavam às margens da sociedade, esquecido pelos
governantes e por Deus que se faziam presente nos grandes templos da pomposa
Igreja Católica, as Jovens e meninas que viviam em total miséria eram
assediadas e obrigadas a entrar nessa vida, obrigadas a se prostituir para
poder viver. Em praticamente todas as cidades do ocidente tinham as tão
conhecidas “Boas casas” ou a “casa da luz vermelha” que eram bastante visitadas
por pessoas comuns como pessoas da alta sociedade, nobres e cleros (mesmo sendo
proibido). Estava também presente nas ruas, praças, tabernas, casas de banhos e
até nas Igrejas em busca de novas clientelas de todos os tipos de homens,
principalmente homens jovens e solteiros que seriam seus melhores clientes.
Na
Europa medieval era bastante tolerável e flexível a atividade sexual masculina
tanto a pré-marital como a extraconjugal, seria um mal necessário como se
diziam na época e aceito por todas e até pela Igreja, pois era incentivado,
pois muitos homens da época buscavam casar somente próximo dos seus 30 anos ou
mais, e tinham necessidades sexuais, e precisavam aliviar seus impulsos de
alguma forma, diante dessas situações qualquer “mulher de bem” da sociedade
poderia se tornar uma presa fácil para os extintos animais do próprio homem e
por isso era necessário esse serviço diferenciado por profissionais do sexo
como se diria nos tempos atuais. Assim tudo ficaram bem (???) pelo menos para a
nobreza e o clero, pois estariam evitando que as mulheres e jovens da
sociedades fossem abusadas e estuprada, como também a abominação na época da
sodomia (relações homoafetivas)que sempre existia mas era silenciada pois
poderia ter altas punições tanto pelo estado como pela Igreja.
Para
o estado com o consentimento da Igreja, a prostituição seria um mal necessário,
para o bem comum de toda a sociedade, pois seria mister criar lugares
eficientes para as necessidades e satisfação sexual dos homens em geral sem
ofender e corromper a decência e moral. Para isso realmente se constituísse de
forma ordeira foi fundamental se colocar certa regulamentação e para isso
algumas regras foram imposta: Como por exemplo as prostitutas deveriam
vestir roupas diferenciada das mulheres
de bem da sociedade; as mulheres grávidas, assim como as casadas e freiras não
poderia ser aceitas nos bordeis; Nos dias santos como também nas festas
religiosas, jamais os bordeis poderiam funcionar. Com o decorrer do tempo os
prostíbulos junto com as prostituas e cafetões eram removidos e as casas
confiscada e por esses motivos foram se afastando das cidades até ficarem por
fora dos muros, se fixando nas periferias nas tão conhecidas zonas da luz
vermelha, muitos foram açoitados e suas roupas eram tomadas, dessa forma
impossibilitados de exercer o árduo oficio.
Cidade como a de Montpellier,
inovou sobre as situações relacionada as situações dos prostíbulos que no ano
de 1285 foi decidido designar uma rua
exclusiva para esse serviço, sendo fixado no subúrbio e popularmente conhecida como a " rua
quente ", se tornando oficialmente as residências para as prostitutas.
Cada vez mais as imposições por parte do estado foram se intensificando, como por
exemplo, na cidade de Londres (1393), onde foi imposto o toque de recolhida,
proibindo a circulações de homens ou de qual pessoa pelas ruas da cidade
londrina logo após impecavelmente das nove da noite e os estrangeiro já a
partir da oito da noite não ousasse sair de casa, sob ameaça de prisão. Outra
local que chamou bastante atenção foi na França central como também na
setentrional, onde tudo que era relacionado aos prostibulo e a prostituição em
geral ficaram sobre o controle de um funcionário (municipal) especifico da
cidade, sendo conhecido como o “rei dos libertinos".
Continua...
Paz e Bem!!
sábado, 2 de junho de 2018
Reflexão Casual LXX
“A única coisa que
em cada um de nós possa realmente se assemelhar ou se aproximar de uma
realidade transcendente, é a nossa própria consciência (desperta) e
genialidade, o restante não passa de uma mera especulação."
Paulinopax
sábado, 26 de maio de 2018
sábado, 19 de maio de 2018
Resenha: Sexo, Desvio e Danação IV
JUDEUS
Paulo da Costa Paiva
JUDEUS
Os judeus
até o inicio da idade média conviviam livremente com os cristãos, mas tinha
alguns pontos que os faziam entra em conflito direto com os cristãos que seria
o seu exclusivismo e o seu proselitismo, a partir do momento que o Cristianismo
se torna religião oficial do Império Romano (Século IV) começaria
sistematicamente as perseguições aos judeus, inicialmente com restrições e
depois perseguições oficiais e declaradas, pois eles estavam intimamente
ligados tanto a medicina como também à magia, duas praticas que durante o auge do
histerismo religioso se tornaram praticas temíveis e muito suspeita, e essa
combinação iria acarretar um verdadeiro antagonismo popular contra os Judeus
por séculos, em uma dolorosa perseguição de ódio a um povo (etnia).
Os
primeiros documentos oficiais declarados contra judeus foram do Imperador
Teodósio e posteriormente de Justiniano, excluindo-os de todas as funções
políticas e militares, proibidos de casar com cristãos ou mesmo de pode possuir
um escravo cristão. No de 538 durante o concilio de Orleans foi decretado a
eliminação do proselitismo judaico e durantes séculos continuaram a
perseguições ao ponto que no ano 1010 (Século IX) começaria rumores em todo
ocidente que os sarracenos e os judeus tinham causado a destruição do Santo
Sepulcro e de ter decapitado o patriarca de Jerusalém.
Durantes séculos as perseguições se
fortalecia, e cada vez mais ficavam sem direitos e dignidade o povo judeus
ficando gradativamente as margens da sociedade, desse forma vendo que sua
mobilidade estava cada vez mais restringida, se deslocavam mais intensamente as
atividades comerciais para manter sua sobrevivência, de preferência em áreas de
gueto. Em certo momentos a Igreja
oficialmente tinha uma posição de certa tolerância com os judeus, baseado na teologia de santo Agostinho que acreditava
que o povo Judeus deviam ser protegido, pois tinham uma papel de profunda
importância no plano salvífico, pois sem os judeus não haveria a salvação na
sua totalidade, buscando dessa forma incentivar a conversão de judeus para aderir
ao cristianismo.
Um dos últimos papado à buscar permanecer nessa ideia foi
Inocêncio III mas seu pontificado assistiu a degradação marcada da posição dos
judeus aos olhos do seu pontificado, havendo articulações com o objetivo de
encontrar ou deturpar nos ensinamentos sagrados, motivos suficiente para acusa-los de
heréticos. Isso gradativamente foi alimentando o ódio e indiferença com o povo
judeu durante século, um exemplo disso está presente na Bíblia vulgata,
traduzido erroneamente (tendenciosamente?) o livro do Êxodo (34 vv. 29,
35): ...de tal modo que “viam que a pele
de seu rosto resplandecia”, tornou-se “sua cara tinha chifres”. Dessa forma
mostravam realmente na perspectiva cristã, o povo judeu seria um inimigo
interno como um fermento no meio da massa.
Continua...
Paz e Bem!!
sábado, 5 de maio de 2018
Reflexão Casual LXIX
“O ser humano só
vive verdadeiramente no mundo quando desperta para a realidade plena que ele é
ele mesmo, na sua finitude dos séculos, sem isso, vive-se apenas como um todo,
numa consciência coletiva e compulsiva podendo se chegar ao ponto de morrer sem
ter nascido."
Paulinopax
sábado, 28 de abril de 2018
sábado, 21 de abril de 2018
Resenha: Sexo, Desvio e Danação III
BRUXOS
Paulo da Costa Paiva
BRUXOS
Na Idade
média surgiu algo muito forte e atemorizante na imaginação da população, que
foi usado como ferramenta pela própria Igreja para levar algumas pessoas que se
opusessem as suas idéias à fogueira. Segundo o imaginário popular e a própria
Igreja seria uma seita ou algo semelhante que era total oposição ao
cristianismo, denominado de "bruxaria" que estava diretamente
relacionado ao satã (mal) e sendo contraparte junto com seus demônios à Deus e
seus anjos numa verdadeira guerra sobrenatural e invisível pelo menos na ideia
do povo da época. Essa caça às bruxas se tornou uma arma ideológica fortíssima
para levar muitos inocentes a fogueira e a todo tipo de torturas das mais
bizarras que existiram para erradicar qualquer possibilidade do mal triunfar
sobre bem aqui na terra, e como forma de encurralar qualquer pessoas ou grupos
que pensassem de forma diferenciada da Igreja.
Um exemplo de total histeria relacionado a
dita bruxaria, seria na Europa Ocidental, pois era algo diferenciado porque era
mais intenso e forte as ideias que tudo de alguma forma estava relacionado à
alguma manifestação demoníaca ou melhor dizendo, ações de bruxaria dos servos
do diabo (bruxos e bruxas). Segundo os estudiosos Kramer e Sprenger, a ideia de
bruxaria estava fortemente relacionada aos impulsos sexuais como porta de
entrada da manifestação maligna, pois advinha do desejos carnais que eram
insaciáveis nas mulheres, se tornando um forte motivo de perseguições de
mulheres que se tornaram muitas das vezes por pura ignorância sendo verdadeiros
bode expiatória dessa verdadeira histeria que impregnou tanto na população como
na Igreja.
Baseado
em registros antigos do século IV, que havia uma lenda (História Gotica de
Jordanes) que falava do acasalamento entre demônios (masculinos) e bruxas
criando uma nova raça chamada de hunos. Por ai se ver como o imaginário do povo
era muito fértil levando a uma verdadeira histeria, vendo a situação a Igreja
buscou intensamente absorver o paganismo negando qualquer ideia de poder por
parte da magia pagã, tentando levar ao descrédito e ao esquecimento. Entre suas
iniciativa foi assumindo seus dias sagrados e suas divindades e seus templos
numa realidade cristianizada com oficialização de dias santos no calendário
cristão, como também a trocas das divindades por santos católicos e construções
de Igrejas sobre as ruínas dos templos pagãos.
Apesar de todos os esforços por
parte da Igreja o paganismo insistia em permanecer desafiando a absorção
cristã, principalmente no que era relacionado ao culto da fertilidade. No final
da Idade medieval a bruxaria que estava relacionada diretamente ao satanismo
seria o perfeito bode expiatório, sendo que a utilizando como meio
(justificativa) para aplicada á qualquer pessoa que discordasse dos dogmas da
Igreja oprimindo e impondo suas ideias de forma inquestionável por muitos
séculos sendo considerada inimiga da Igreja, uma verdadeira imagem compósita do
mal.
Continua...
Paz e Bem!!
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