sábado, 16 de dezembro de 2017

Jesus, a humanização de Deus IV

Jesus, Conhecimento e Loucura de Deus

Paulo da Costa Paiva


                Deus se fez a conhecer a todos, mas nem todos estavam dispostos a enxergá-lo. Muitos não queriam deixar e rebaixar-se da posição na qual se achava que verdadeiramente se encontravam e também se reconheciam como os únicos detentores da verdade assim como os ricos, os intelectuais, sacerdotes, governantes e autoridade oficiais em gerais por exemplo.  E o mais agravante é que se apoderavam e interpretavam segundo seus interesses e somente os ricos e letrados teriam acesso ao conhecimento, para os pobres ignorantes e analfabetos, restava obedecer sem jamais questionar e mendigar sabedoria por parte deles (lideres religioso). Poucos iam a encontro de Jesus publicamente, porque preferiam se encontrar as escondida (Jo 3, 1-21), pois Ele primeiramente estava junto com os miseráveis e excluídos da sociedade, que para eles (a elites) os consideravam impuros e verdadeiramente lixos humanos.

                  A sabedoria revelada por Jesus aos pequeninos e marginalizada pela sociedade foi próprio viver para se conhecer Deus de forma concreta, um Deus que se fez presente que se mostra misericordioso com os que sofrem, pois cada um de nós tanto no presente como no passado e futuro seria inacessível conhecer a Deus se não fosse pelo Cristo, Ele é o caminho a verdade e a vida, o único mediador entre a humanidade e Deus, esse Cristo que futuramente entrará em comunhão com toda humanidade e nos tornaremos um só corpo, ai sim podendo encontrá-lo e mergulharmos no insondável de Deus, em espírito e em verdade, não somente nos templos externo de pedra, mas no santuário do Senhor que se faz presente em nossos corações.

                A vida de Jesus assim como a sua crucificação, foi um desafio para cristologia como toda Igreja encara alguns questionamentos que surgiram desde dos seus primórdios, como "a essência divina que é imperecível, imortal, imutável e impassível pode ser aplicado esses atributos a pessoa Jesus, como foi já apresentado aqui e depois de ser-nos revelado como a encarnação do próprio Deus entre nós e sofrer e morrer numa cruz? Como um Deus imperecível pode existir ao mesmo tempo em um homem perecível fora da oração?  (J.Moltmann) " Tudo isso pode parecer uma grande blasfêmia pegando os próprios conceitos de Paulo apóstolo sobre a loucura e a fraqueza de Deus, mas analisando os primeiros séculos de evangelização por parte dos Apóstolos que anunciavam a partir da pequena Palestina até chegar a Roma e todo o império com suas fronteiras teve que enfrentar varias problemáticas na sua doutrina que foi amadurecendo pouco a pouco baseados nos ensinamentos e do testemunho das palavras e vida do Mestre (Jesus) somado com as suas experiências iluminada pelo Santo Espirito que os faziam compreender a essência do cristianismo.

             Anunciar um Deus crucificado não seria nada fácil para os povos pois para os judeus seria um escândalos, porque baseado nas próprias escritura do antigo testamento todo aquele suspenso no madeiro eram considerado maldito (Dt 21, 23), assim como para os gregos (pagãos) anunciar e associar divindade a uma cruz seria pura loucura, coisa de gente que havia perdido toda fé e toda religiosidade, por isso muitas vezes os cristãos eram acusados de serem ateus, sendo considerados réus do crime de irreligiosidade. Isso tudo mostra a gravidade que enfrentaram os primeiros cristãos pois são extremos inalcançáveis de uma lado uma Deus na sua excelência perfeição encarnado em nosso meio e de outro a cruz que era morte reservados aos mais insignificantes da sociedade, os escravos e aos malfeitores. Então diante disso tudo além de um  Deus encarnado "morrer", e morrer numa morte de cruz, Ele se rebaixou além da própria dignidade humana.

             O auto-despojamento de Deus na pessoa de Jesus chegou as suas últimas consequências até ao inconcebível, pois Jesus se esvaziou-se de sí para se tornar um escravo como nós. Jesus não se apegou a sua divindade, mesmo sendo rico se fez pobre para entrar na mais profunda comunhão com a humanidade na suas dores e angustias, tudo se assemelhou a humano menos no pecado. Mas diante disso tudo nos perguntamos, Deus se auto destruiu na cruz? Claro que não, Jesus não é a aniquilação de Deus, mas o contrario é plena e a mais profunda revelação  de Deus entre nós que teve seu ápice na ressurreição onde  Jesus, por intermédio de seu Pai(Deus) que por amor e obediência foi levado as últimas consequência que foi a morte mais indigna para salvar a todos de suas próprias iniquidades, foi exaltado acima de todo nome (Fl 2, 9), sendo constituído filho Deus, Messias e Senhor nosso e de todas as coisas, na qual todos nos Céus, na terra e debaixo da terra se prostraram (Fl 2, 10).

Paz e Bem!!


Imagem: Filme, A Ultima Tentação de Cristo

sábado, 2 de dezembro de 2017

sábado, 18 de novembro de 2017

Jesus, a humanização de Deus III

Jesus, palavra do Deus encarnado
Paulo da Costa Paiva


                Jesus é a palavra de Deus, o verbo que se fez carne que como foi falado anteriormente, sempre esteve na presença de Deus pois era Deus, assim está registrado nas escritura sagrada. Para o povo de todo o oriente antigo a palavra não se limitava simplesmente  ao sentido indicativo ou formativo, mas ia muito além. Palavra para o povo antigo do Oriente estava relacionado a autoridade, a algo concreto e de poder. Dar a palavra era como sua própria alma estivesse em jogo, pois não ter palavra seria mesmo que não existir, era sem valor e desprezado por todos. O poder da Palavra era como ultimato, se concretizava na realidade das coisas, da vida e das situações. 

              No novo testamento Jesus ao iniciar seu ministério pregava com autoridade que incomodavam alguns, mas que transformava a realidade de muitos, pois sua palavra era viva que tocava, curava e restaurava a dignidade humana de muitos que estavam às margens da sociedade em sua época. Trouxe esperança para aqueles que já estavam desesperançados, pois eram considerados impuros indignos e esquecidos por Deus (coxos, cegos, leprosos, prostitutas, órfãos, viúvas, estrangeiros etc.). Jesus ao falar era o próprio Deus proclamando no meio de Seu povo, suas palavras e os seus atos se identificavam de tal forma que estavam em profunda comunhão demonstrando o poder de Deus que curava e ressuscitava para gloria do Senhor, ao ponto de expulsar demônio e todo tipo de mazelas que atormentavam o povo sofredor.

             Deus que na criação se expressava em cada ato, que se concretizava pela palavra (o Verbo), e reconhecia como bom (Gn 1), assim também, tudo que vinha da boca de Jesus que humano és tão semelhante quanto Adão o primeiro homem, que o próprio pronunciaste na criação que não era simplesmente bom (o homem), mas muito bom (Gn 1, 31) se tornando Palavra de vida eterna, manifestando-se em cada ato de Jesus na história da salvação, pois tudo que proclamava em palavras e atitudes era muito bom, portanto tudo que és bom, vinha do coração de Deus e o verbo era Deus que veio dar a vida em abundância a toda humanidade. 

               Mas isso só foi possível porque Deus se tornar-te presente no meio de nós, sentindo na  convivência diante de nossas miséria e dores,e se compadecendo. Ele ao se encarnar,  Jesus se tornou, sendo a imagem divina encarnada, tornando-se reflexo por excelência do sumo bem eterno e não criado.  Nesse mistério da encarnação, Deus se faz presente entre seu povo sendo Jesus, mas não necessariamente numa divinização do humano, mas acima de tudo como humanização divina. Se tornando acessível a todos e podendo se compadecer de todos a cume de ser esvaziar-se e de dar a própria vida por toda humanidade no madeiro da cruz, como conseqüência última da fidelidade do anúncio do reino que corroía os corações de pedra das autoridades da época que não suportava a verdade proclamada e concretizada em Jesus, o Cristo.

Paz e Bem!!

sábado, 4 de novembro de 2017

Reflexão Casual LXIII


“Devemos ousar sempre que for necessário, pois o caminho do sucesso passa pelo o risco do fracasso, mas isso faz parte da vida, de qualquer forma lucramos tanto com a alegria como também com a própria dor, que nos ensina e nos amadurece."

Paulinopax

sábado, 21 de outubro de 2017

Jesus, a humanização de Deus II

Jesus, Imagem de Deus
Paulo da Costa Paiva


                Jesus em todo seu ministério (vida) foi a presença manifestadora de Deus, Ele nos deu a conhecer a Deus, nos revelando através do seu anuncio e testemunho de vida. Isso mostra uma perfeita unidade entre Jesus e Deus: “... há tanto tempo estou convosco e tu não me conheces..." (Jo 14, 9). Jesus é a imagem própria de Deus entre nós, pois sem a intervenção de Jesus na história jamais se poderia ter um acesso tão próximo a Deus, no antigo testamento Deus se manifestava pela palavra (Verbo) desde a criação, passando por todos os séculos na história, especialmente ou  exclusivamente entre o povo hebreu," ... e o Verbo sempre teve com Deus e o Verbo era Deus." (Jo 1, 1)

                como se apresenta nas Escritura Sagrada, mas era velado assim como o próprio Deus que não se manifestava plenamente, pois ainda não era o momento. No Antigo Testamento se manifestava o Deus que não podia se ver, mas os seus ungidos (profetas principalmente) tinham o dom de ouvi-lo e eram canais não por excelência, pois eram somente mensageiros de Deus, mas isso não significava que se compreendia plenamente o que Deus os revelavam, apenas anunciavam, pois entre o enviado e Deus não havia uma unidade plena e se limitava  a um serviço (anuncio) como uma mero instrumento de sua vontade.

                Deus que era inacessível e desconhecido até um certo momento da história, e em outro momento se aproximou da humanidade, isso só se tornou possível através de um ser criado na qual se encarnou seu verbo (Jesus), esse Verbo que é Deus nos revelou que o próprio Deus desceu a condição de criatura para se tornar acessível a humanidade, caminhando e convivendo com o ser humano nas suas dores e alegrias, angustias e esperanças do cotidiano. Deus se fez humano, mas não se limitaria ser um ser apenas um ser passível entre eles, como alguém a ser adorado e pronto. 

                   Iria muito, além disso, o verbo veio anunciar e transformar toda história da humanidade, mexer e remexer corações e mentalidades, mostrando o real sentido da vida, o fim de toda a humanidade que não se acabaria com a morte, mas que a própria morte (batismo) seria o inicio de uma nova vida que se abre para toda eternidade liberto dos grilhões da morte e do pecado, O povo hebreu na história nunca fizeste imagem para adorar, pois era totalmente abominável, eles eram guiados pela palavra (verbo) de Deus, estava presente na história apesar de estar distante e velado ao seu povo. Deus não se delimitava ou se aprisionava a uma imagem, pois ao se manifestar mesmo distante como no antigo testamento e tão próximo e concreto através de Jesus, se manifestava por excelência pela a palavra viva , o próprio verbo que era Deus .

Continua...

Paz e Bem!!

sábado, 7 de outubro de 2017

Reflexão Casual LXII


“Se você acha que a sua religião ou, qualquer que seja a sua fé, é a detentora exclusiva da verdade e que ela pode te dar alguma garantia após morte, sinto muito, você não passa de uma tola ovelhinha que foi arrastada de um canto a outro por toda a vida pelo medo insensato da mediocridade de não poder ser salvo e pelo temor paranóico de ir ao inferno... O que importa mesmo é o bem concreto (caridade) que se faz a si mesmo e principalmente ao seu semelhante, deixando um legado (sementes) para as futuras gerações (discípulos) de um mundo mais humano, justo e fraterno (frutos).”

Paulinopax

sábado, 16 de setembro de 2017

Jesus, a humanização de Deus

Jesus, assombro, surpresa e temor

Paulo da costa Paiva



                Nas Escrituras Sagradas, ao observar a manifestação de Deus numa intervenção direta do divino junto ao ser humano, percebe reações significantes e contraditores, que pode podem chegar às grandes perturbações à extrema alegria. Tanto nas teofonias como nas aparições divinas mostra um grande assombro, surpresa como também temor e medo. No novo testamento Jesus arrastava multidões não somente pelos sinais manifestados, mas principalmente por suas palavras de autoridade que lhe tocavam alma, causando além do temor uma grande admiração, ao ponto de muitos ao simplesmente ver o mestre ter uma mudança significativa de vida, numa conversão radical por passar por uma profunda experiência com Deus encarnado, por se sentirem tão próximo de alguém que lhe causa uma revolução de reações, que só poderia ser alguém que emana a essência divina, transcendendo a sua própria humanidade. Pois como compreender algo tão extra-ordinário e ao mesmo tempo tão acessível, causava realmente perturbações e ao mesmo tempo uma profunda admiração, diante de tanto mistério que não tinha uma explicação humana.

                Como um palestino vindo de um povoado muito humilde, distante e desconhecido poderia realizar tanta proeza e falar com uma autoridade impecável em nome de Deus? Até que ponto realmente um ser humano que em tudo se assemelha a nós poderia Ele morrer de forma tão cruenta e ressuscitar três dia depois, se não fosse realmente uma emanação divina, mas ai que está a situação a se questionar. Seria o home que teria se divinizado ou Deus se humanizado? Claro que é uma problemática assim tão fácil de resolver, pois a própria Igreja precisou de séculos para dar uma posição oficial, agora imagine os povos humildes e doutos da epoca de Jesus que confusão se fazia presente em suas cabeças. Mas com certeza naquela época jamais passaria na cabeça deles, nem mesmo dos seus discípulos que Ele seria o Deus encarnado no meio de nós, para muitos de sua época seria um dos grandes profetas comparado a Elias, e ao próprio João Batista, seu contemporâneo que  foi assassinado pelas autoridade opressora romana estabelecida na palestina.

Continua...

Paz e Bem!!

sábado, 2 de setembro de 2017

sábado, 19 de agosto de 2017

A Espiritualidade da Idade Média - Final

O Homem medieval à procura de Deus

Paulo da Costa Paiva


            A espiritualidade medieval era praticamente inacessível na sua essência original, por quase toda parte dos leigos que nada compreendia principalmente durante a celebração eucarística que era em latim. Mas o leigo tinha sede profunda de Deus e deseja ardorosamente está ligada ao divino e a saída que encontraram foram através de piedades e devoções através das Peregrinações, cultas as relíquias e milagres. Muitas peregrinações existam nessa época como, por exemplo, as destina para Terra Santa, são Tiago de Campostela, São Miguel de Gargano e etc. Entre elas haviam as peregrinações com forte carga emocional e pouco conteúdo teológico que inicialmente era apenas de irem aos locais sagrados com o objetivo de terem contato com as relíquias e poderem testemunharem muitos dos milagres que se manifestavam, posteriormente se tornaram um caminhar de reflexões interiores na busca de resposta para uma vida de santidade, tendo como modelo, o próprio Cristo, surgindo posteriormente uma espiritualidade penitencial.

            A igreja percebendo que os leigos em sua maioria além de serem mal instruídos eram extremantes rudes e totalmente materialistas apesar de sentirem sede de Deus, buscava (Igreja) levá-los a um despertar, em cada fiel uma transcendência em comunhão com Deus por intermédio da Igreja, não hesitaram diversas formas devoções e praticas, mas a artes em especial, foi algo muito instrutivo em diversos sentido para esse objetivo ser atingido, onde se fazia deslumbrar as grandezas e a infinitude riqueza do poder de Deus por exemplos nas grandes construções como as catedrais e edifícios sacros, esculturas, vitrais, mosaicos e etc. Com o decorrer dos séculos o homem ocidental mas precisamente a grande massa populacional se tornava mais civilizada em todo os sentidos, aguçando um despertar de consciência para as coisas espirituais que até antes era privilegio dos clérigos e monges, buscando o recolhimento e as reflexões havendo uma grande valorização do sacramento  penitencial e através do acesso possíveis que tinham com a Escrituras Sagradas.           

            A vida mística, que é um mergulhar no mistério divino na sua mais perfeita comunhão, são poucos que chegavam a essa intimidade profunda com Deus, normalmente quem tinha um acesso mais provável seria os monges principalmente pela situação que se encontravam, e Eles mesmos apresentam forma para se chegar ao grau de profunda intimidade mística. Tendo como fundamento necessário para caminhá-lo a intima comunhão com Deus, a Escritura Sagrada seria a porta de entrada sendo que ao purificar a memória, a alma se sente livre a tentar elevar-se a Deus. Entre essas escolas podem se destacar desse período as dos monges Cistercienses com seu modo sistemático que tem como ponto de partida o Livro “Cântico dos Cânticos” revelando toda uma dialética das relações entre o criador e as Criaturas, entre o amante (Deus) e sua amada (alma = Humano). 

            Existiram também nesse período outras vias como associar à reflexão intelectual a procura amorosa da presença divina (Escola de São Vitor) dos cônegos regulares, outra forma que surgiram também nessa época foram nos meios femininos, que desabrochou nos claustros beguinos na devoção á humanidade de Cristo e na vontade da participação do mistério da Paixão do salvador. Com o decorrer do tempo ouve profundas modificações, se destacando como inovador a via dos dominicanos e beguinos, que apresentava a via a essa mística como um procedimento reverso, não se tratava de subir a Deus, mas de se abandonar em Deus, perder-se para melhor se encontrar-se, tornando-se pela graça o que Deus é por natureza, que consiste em uma desapropriação de si indo até a renúncia, à vontade de obter a salvação.

Pax!

sábado, 5 de agosto de 2017

Reflexão Casual LX


“Se a sua história de vida até hoje só foi de tristeza e te faz sofrer, não se acorrente ao passado tenha coragem de recomeçar, se você foi mal amado ou nunca se sentiu amado na vida, não perca tempo esperando, vá e dê o primeiro passo, ame sem querer nada em troca, simplesmente ame e as conseqüências acarretarão uma nova história de amor onde você começou amando, então já está valendo à pena!”

Paulinopax

sábado, 22 de julho de 2017

A Espiritualidade da Idade Média IV

O Evangelho no mundo

Paulo da Costa Paiva


            No século XIII foi um período onde a espiritualidade centrava exclusivamente no evangelho, e essa foi a missão da Igreja e principalmente das ordens mendicantes, apesar de seu reconhecimento da vivência do evangelho como salvação e perfeição de vida por parte da Igreja tenha acontecido século depois. A resistência ocorria principalmente pelo enraizamento com as antigas estruturas dos claustros e do isolamento eremitério como forma de perfeição evangélica e o temor de heresias das novas espiritualidades que surgiam. Duas ordens se destacaram significativamente nesse período, uma foi a ordem franciscana fundada por Francisco Bernadone um jovem filho burguês que tudo deixou para viver exclusivamente dos ideais evangélicos, na pobreza como penitente num zeloso ascetismo e na total obediência a Cristo Jesus pelo intermédio da Igreja, na qual com tempo surgindo companheiros nessa novidade de radicalidade cristã numa convivência fraterna na mais profunda e zelosa pobreza evangélica, vivendo da providência divina (Trabalho e esmola) como errantes de cidade em cidades. A outra ordem surgida nesse período foi dos dominicanos, fundada por São Domingos, um cônego regular, que diante das heresias decidiu que era necessário se consagrar totalmente a uma vida apostólica junto com uma pequena comunidade de pregadores no combate aos grupos heréticos principalmente aos Cártaros que estavam bastante disseminados principalmente no sul da França. 

            Nesse período já no final do século XII, os leigos que desejavam uma vida de perfeição evangélica, buscavam nos mosteiros ou se juntavam de alguma forma as comunidades religiosas da época no objetivo de poder beber da espiritualidade dos servidores de Deus. Com o decorrer dos tempos ordens militares foram perdendo espaço e apoio da igreja com o fim das cruzadas, mas nunca de forma definitiva, pois expressavam em cada cristã as virtudes e as qualidades religiosa que eram preciso adquirir a qualquer preço para se tornar digno de Cristo. A confraria foi o que aconteceu de mais inovador nessa época onde leigo assim como também os penitentes e os flagelantes, se reuniam como família, muitos se comprometiam com a sociedade com objetivos caritativos como também de conversão e paz  aos povos, em comunhão e com total apoio da igreja, mas com receio de heresias o papado com o decorrer dos ano viu a necessidade do acompanhamento da jurisdição clerical ou religiosa. Apesar da abertura  que se dava aos leigos dentro da Igreja que era gradativamente  muito lenta, mas foi um grande salto comparados a séculos anteriores, que na espiritualidade monástica onde se havia o total desprezo do mundo havia também uma total indiferença com o leigo sendo muitas das vezes servido apenas para os serviços subalternos pois os monges e clérigo se ocuparia com a liturgia com também os serviços estudos e as orações.

            A partir do Século XIII surge uma novidade umas espiritualidades originalmente femininas, que antes eram totalmente desprezadas e subestimadas, inicialmente se viviam no claustro severo e subordinadas aos clérigos e religiosos, mas ao decorrer dos séculos as mulheres gradativamente conseguiam sua autonomia e espaço dentro da Igreja. Através da figuras das santas mulheres arrependidas que se converteram a uma vida de grande santidade assim como Maria Madalena que se tornar uma grande referencia de santidade, mas nem tudo eram flores, pois muitas mulheres não tinham condições financeiras para dar o dote necessário para ter acesso a convivência fraterna num convento e nem todas se identificava com essa espiritualidade contemplativa, e muitos aderiram a vida semi-religiosa de forma individual ou em fraternidades celibatária ou viúvas, numa vida de preces e serviços caritativos. 

Continua...


Pax!

sábado, 1 de julho de 2017

Reflexão Casual LIX



"Só existe uma forma de se libertar do sistema, da alienação que idiotiza as grandes massas: É se rebelar contra sua própria estupidez, da Ignorância que te cega e te arrasta através dos malditos oportunistas para onde não quer ir, fazendo você de tolo como uma miserável ovelhinha que só vive para comer e que depois vai para o abate ou como um insignificante tijolo de um muro qualquer, sem a sua individualidade que poderia extrapolar suas características e potencialidades deixando um legado para um mundo melhor, mas você está engessado no sistema como um qualquer que soma para o beneficio de uma minoria (parasita) que se enriquece a custa de seu sangue... Se liga Acordar, DESPERTA!”

Paulinopax

sábado, 17 de junho de 2017

A Espiritualidade da Idade Média III

A religião dos novos tempos

Paulo da Costa Paiva


            No fim do século XI e o seu desenrolar durante o século XIII  na Europa, houve uma grande progresso na sociedade mas precisamente através de novas técnicas que deram grande impulsos nas produções agrícola e artesanais  causando uma verdadeira revolução comercial,  surgindo dessa forma novos grupo sociais, e se destacando principalmente a burguesia, tendo sua a grande concentração no habitat urbano com  posse de capital financeira e cultural significativo ao ponto de mudar o rumo da história a partir de então. Toda sociedade foi mudando diante das novas condições econômica e cultural, se adequando a uma nova mentalidade, surgindo grandes peregrinações comerciais, de cidade em cidade nas vendas e trocas de produtos, desenvolvendo um grande cambio financeiro, cultural e religioso, e a partir disso grande questionamento, novas idéias e aspirações surgiriam.  

            Uma nova concepção se destacou dentro da Igreja que se direcionavam ao retorno as suas fontes primeiras, a partir do testemunho e modelo de vida de Cristo e das primeiras comunidades. Surgem então as inspirações apostólicas de viverem em comunidade, na simplicidade do bem comum como também o desejo ardoroso das missões, anunciando o Cristo salvador e modelo por excelência, e indo ao encontro do outro, dessa forma surgindo diversos serviços na  pregação, na hospitalidade e no assistencialismo, principalmente aos mais pobres. Se antes na primeira Idade média a única expressão de ideal cristão que existia era o monarquismo nesse período floresceria uma transformação significativa na vida religiosa, se renovando a espiritualidade (eremitismo, a vida canônica e o monaquismo) como também surgindo novas formas de vidas consagradas como, por exemplo, as ordens mendicantes.

            O laicato passou por um processo gradativo que via desde o período das cruzadas na busca da salvação, passando pelo zelo exacerbado de uma espiritualidade mais pura, caindo nas ciladas heréticas, que na maioria das vezes foram por pura ignorância. Pontos positivos se viam principalmente no serviço caritativo ao próximo principalmente os pobres e doentes no qual era reconhecido como a própria representação do Cristo na terra, buscava uma vida de espiritualidade mais plena, se aproximando dos mosteiros como também das novas congregações, surgindo posteriormente comunidades de penitentes conhecidos como oblatas e ordens terceiras.  
  
Continua...


Pax!

sábado, 3 de junho de 2017

Reflexão Casual LVIII



“Os Bajuladores são a raça mais nojenta que existe, pois não tem sequer amor próprio e vivem como parasitas de infelizes, tão medíocres e ordinários, tornando-se os piores seres existentes da terra por sua estúpida submissão."

Paulinopax

sábado, 20 de maio de 2017

A Espiritualidade da Idade Média II

A Idade Monástica e Feudal

Paulo da Costa Paiva


                        No período que vai do final do século X ao século XI, Duas realidade se tornar a grande referência um no campo político que seria o feudalismo através da dissolução do sistema carolíngio causando o surgimento emergencial de uma nova realidade feudo-vassálica, a outra realidade era no campo religioso, pela forte influência crescente da espiritualidade monástica, que antes era predominantemente secular, sendo dirigida pelos os Bispos com forte influência do Soberano carolíngio. Os processos de secularização junto às grandes alterações causados na sociedade pelos motivos históricos e político produziram uma grande decadência na ordem sacerdotal, se fortemente acelerada com a ascensão do feudalismo. Na espiritualidade a regra geral se identificaria com a vida monástica, todos os monges ocidentais seguiam as regras de são Bento assim também a sociedade em geral buscava fazer alguma alusão no seu cotidiano simplório a uma identificação monástico principalmente em comunhão com a Igreja durante o culto que seria o ato por excelência prestado a Deus.

            A vida monástica nesse período se mostrava ser por excelência a mais perfeita que se poderia viver, pois eram animados pelo desejo de Deus e pela pátria celeste, através principalmente da liturgia onde se cantava junto aos coros angelicais, numa vida mística e de penitência ao menosprezar as efemeridades do mundo, longe dos desejos e das tentações, pois só se via salvação na união mais estreita possível com a vida religiosa.  E nesse período que se percebe claramente o desejo ardente a uma vida religiosa mais rigorosa, nas observâncias monásticas de o total desprezo a vida profana, mostrando a superioridade da vida consagrada perante o clérigo e a vida laical. A vida religiosa muita das vezes era encarada como um combate espiritual, isso já se identificava no período patrístico e muito intensificado na idade média, e nesse contexto se via a representação sublimada da agressividade da aristocracia leiga que só renunciava a violência física para entra no combate religioso. Por isso nesse período se via além da vida monástica, outro caminho da máxima evangélica possível para o laicato que era a vida eremítica se consagrando a um ascetismo desenfreado.

            Na segunda metade do século XI superando as perspectivas apocalípticas a Igreja iria se beneficiar para sua transformação e progresso, favorecido por iniciativas missionárias. Nesse contexto se via também uma violenta opressão por parte do Islã que dominava a terra santa, diante da situação junto ao apoio do Império romano-germânico, o pontífice afirmava que participar de uma guerra útil para Igreja se constitui uma satisfação, nivelada à esmola e a peregrinação. Diante dessa novidade e tumultuosa vocação leiga para luta armada junto as cruzada que tinha como objetivo reinar a paz de Deus pelos quatro canto do mundo como também libertar os cristãos orientais da opressão turca, e dessa forma se mantendo fielmente obediente as decisões do papado.

Continua...

Pax!

sábado, 6 de maio de 2017

Reflexão Casual LVII


“Que os medos e os fracassos causados pelas decepções não se tornem uma barreira para suas inspirações e sim uma mestra que aponte as melhores decisões na sua vida.”

Paulinopax

sábado, 29 de abril de 2017

A Espiritualidade da Idade Média


Gênesis da Espiritualidade Medieval

Paulo da Costa Paiva


            A espiritualidade medieval, pode-se dizer que poderia ter iniciado pelos reinos bárbaros que se edificaram sobre as ruínas do Império Romano ou através do surgimento do monarquismo, sendo considerado como o grande fenômeno da idade média. Não se pode esquecer também dos soberanos carolíngios que tinham como ideal de construção de uma sociedade cristã regendo a Igreja como regiam a sociedade profana, onde se consideravam como responsáveis pela salvação do seu povo. A Igreja nesse período foi particularmente atraída pelos textos do Antigo Testamento, vivenciada num período onde o ocidente superficialmente cristianizado e que o poder centralizador buscava unificar com o  apóio do clero. E para se concretizar seus objetivos foi necessário o apoio dos soberanos, impondo como força de lei os decretos eclesiásticos, obrigando o povo a se batizar, impondo uma respeitosa submissão ao clero e total obediência aos superiores hierárquicos, numa velada pratica judaizante no seio cristão como a assimilação do domingo ao Shabat e a obrigação legal do dizimo e etc.

            Nesse período também foi qualificada pelo seu espírito litúrgico, sendo conhecido como civilização da liturgia. Por esse motivo influenciado consideravelmente pela tradição do Antigo Testamento, onde se via um grande zelo litúrgico.  O culto prestado a Deus só seria possível pelos seus ministros ordenados mostrando sua fundamental importância sendo eles o elo entre Deus e o povo que ficavam geralmente numa entediante passividade que pouco ou nada entendia dos ritos e cânticos em latim que estranhamente acompanhava por obediência. Na dimensão moral conhecida como a moral carolíngia, buscava conscientizar os indivíduos sobre as exigências éticas do cristianismo, reproduzindo ao domínio político as noções sobre justiça e virtudes através da ideologia imperial. O soberano tinha a função junto a sociedade e a Igreja de ser o verdadeiro pastor responsável pelas almas, dessa forma tanto o rei como toda nobreza estavam a serviço da Igreja assim como todo o povo em geral.

            Percebe-se claramente o esforço dos leigos em geral de uma busca de maior intimidade com Deus, apesar de toda resistência por parte do clero resumindo a fé dos cristãos em participar das missas dominicais, das penitências (Jejuns e abstenções...) e de pagar o dízimo. Muitas das  vezes buscavam se aprofundar dessa mística sem nenhuma orientação da Igreja correndo grandes risco de cair nas heresias, e foi nesse período  diante dessas situações e da proliferações de crendices e superstições que a Igreja acolheu certas orientações de piedade popular que lhe apareciam compatível com a doutrina cristã como o culto dos mortos, a festa de todos os santos, veneração aos anjos.

Continua...

Pax!

sábado, 22 de abril de 2017

Reflexão Casual LVI


“Os verdadeiros anjos e demônios são cada um de nós, eu e você no meio em que vivemos. O que irá definir o que seremos em cada momento será nossas próprias atitudes que levará muitos a elevação ou a perdição.”

Paulinopax

sábado, 1 de abril de 2017

Reflexão Casual LV


“A Idolatria só existe por ignorância humana na necessidade de exteriorizar a divindade real que se faz presente em cada um de nós.”

Paulinopax

sábado, 18 de março de 2017

Reflexão Casual LIV


“Por mais aparente que seja não ter sentido a vida, devemos procurá-la ou ao menos lhe dar certo sentido, se não seremos arrastados pela profunda melancolia ou devorados pelos delírios da loucura.”

Paulinopax

sábado, 4 de março de 2017

Amar e viver como Cristo nos ensinou...

Antropologia Teológica - Final

Paulo da Costa Paiva


            Essas três dimensões não se pode se igualada ao mesmo patamar, pois as duas primeiras são de ordem positiva referindo a sua constituição do próprio homem na sua relação com Deus no plano de salvação, já a terceira dimensão que é de ordem negativa, é também um fator histórico que não deveria existir que desfigura e destrói a própria dignidade humana. Jamais se pode deixar de lado esse ponto, pois nos revela a realidade que pertence a nossa própria condição humana que seria incompleta na relação com Deus. Porque experimentamos da graça divina sendo objeto do seu amor que são fundamental para o perdão e acolhimento  do pecador manifestado pelo seu filho Jesus que é justificado pela sua misericórdia. (14,4)

            Deve se deixar claro que as três dimensões na relação para com Deus, não se dá no  sentido cronológico que se deve superar cada etapa no exito pessoal na história da salvação,  ou muito menos que se refira a três homens mas somente a um só que é cada um de nós na nossa individualidade. É inquestionável a nossa condição de criatura, pois deixar de ser criatura seriamos resumido ao nada, mas no que se refere a alta complexidade da relação do perdão e graça tanto na "história salutis" como na vida pessoal de cada cristão (15,1), no revela que  Cristo ao morrer e ressuscitar ao terceiro dia, venceu o pecado e a morte e fomos redimidos pelo seu infinito amor e inserido no batismo por intermédio seu  se tornando um fator determinante na história pessoal de cada cristão. Essa ação foi atemporal independente de qual período histórico Ele tenha manisfestado a verdade revelada, toda humanidade antes e depois do acontecimento históricos foram agraciados pelo seu infinito amor.

            Não podemos dizer que o pecado foi eliminado totalmente da face da terra após a pascoa ou radicalmente do coração de cada batizado, pois é na peleja diária que nos  revela o contrario. O pecado continua no mundo e no homem persistindo como um sinal, com suas consequências e interrogações sobre o seu fim último, mas sem jamais ignorar a esperança na contemplação dessas três dimensões  que definem a relação entre o homem e Deus, unidos diante de toda as diversidade históricas.  Por isso um conhecimento sobre o homem no ponto de vista de sua relação com Deus se constitui como o objeto fundamental da Antropologia Teológica (15,2) apresentando sua condição, agindo e vivendo  no mundo e na história, nos mostrando que a reflexão sobre a criação independente em que contexto se encontre sempre mostra sua intima relação com a própria antropologia como nos mostra os primeiros capítulos de Gênesis. Outros pontos importante, é a existência da fé cristã assim como a esperança e a caridade que são integrante dessa própria antropologia teológica como também cristologia e eclesiologia junto a escatologia, mostrando o fim único do homem e de todo projeto de Deus, apresentando o estado de plenitude da humanidade agraciada por Deus (16,2).


Pax!

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Reflexão Casual LIII


“Como experimentar os Céus se procuras o inferno? Reveja suas metas, e principalmente as suas atitudes, pois isso mostrará os caminhos que te levaram á insensatez de suas conseqüências.”

Paulinopax

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Deus amou tanto a humanidade que mandou seu Filho ao mundo

Antropologia Teológica II

Paulo da Costa Paiva


            A relação com Deus, se torna possível por intermédio de Cristo e isso acontece  sistematicamente, possibilitando ter uma visão panorâmica da vivência concreta do amor do Pai, onde o homem possa ter por intermédio da fé uma visão de si, na sua própria essência, sendo fundamental identificar as referências dessa relação com Deus, que podemos destacar em três dimensões. Primeiramente que Deus amou tanto a humanidade que mandou seu Filho ao mundo , e por intermédio de Jesus que nos revela o homem em sua essência, na vocação definitiva e ultima do homem onde tudo é graça divina em favor da humanidade, que pelo seu santo espirito se torna viável revelando seu mistério e infinito amor a cada um de nós.

            Outro ponto importante é que somos chamados por Deus uno e trino a uma comunhão por toda eternidade , e isso torna possível pela graça divina e pela liberdade que dá cada um de nós que primeiro nos amou cabendo a nós a responder  (ou não) a vida em plenitude. Mas é de fundamental importância compreendermos que não somos seres sem consistência própria, pois se fossemos não tinha sentido sua a realização plena em cada um de nós por intermédio de seu chamado. Devemos ter consciência de nossa condição de criaturas que somos, criaturas essas que são únicos para Deus, sendo a condição de criatura fundamental no qual fomos formado a sua imagem e semelhança que se torna latente por nossas limitações e por intermédio de Cristo nos tornamos homens na sua total plenitude,  no seu fim ultimo que caminha para Ele em perfeita comunhão.

            Não se deve esquecer da condição humana em que se encontra, sobre a o signo do pecado que vem desde inicio da humanidade conhecida como "pecado original". Deus desde do inicio da Criação tinha o homem como sua maior criação, que nos criou por amor , o amor de Pai para filho que por infidelidade não lhe deste a acolhida adequada, somente indiferença e rejeição por parte da humanidade.  O homem é chamado a viver em sociedade independente em que situação das três dimensões seja apresentada em sua relação com Deus, pois não se pode considerá-lo isoladamente ou em sua relação ao outro. Pois em sociedade o homem como criatura predileta de Deus mesmo em situação de pecado demonstra solidariedade mútua no exercício do perdão e do amor ao próximo sendo igreja no dia a dia na convivência de irmãos na graça e do amor de Deus para com todos.

Continua...


Pax!

sábado, 21 de janeiro de 2017

A revelação dada por Deus em Cristo a humanidade

Antropologia Teológica

Paulo da Costa Paiva


            A antropologia como um assunto que tem como objeto de estudo o próprio homem , mas tendo o homem como material de estudo, mostra também a sua alta complexidade em suas diversas dimensões, realidades e pontos de vistas a ser analisada. É a partir de um  ponto de vista especifico  que se desenvolve esse texto, numa dimensão teológica, e falando da teologia nos aponta  ao estudo relacionado a Deus," tratando do que o homem é em sua relação com Deus Uno e Trino revelado em Cristo " (11, 1).  Mas para se chegar ao objetivo  sobre o material de estudo que é o próprio homem é fundamental uma metodologia para se obter o resultado desejável a partir da revelação anunciada por Cristo Jesus, e quando se fala em revelação ´divina, nos mostra que é Deus que se dá a conhecer (11, 2), se torna acessivo a humanidade por intermédio do seu próprio Filho Jesus.

            A revelação dada por Deus em Cristo a humanidade não nos torna somente destinatário mas o próprio objeto da verdade revelada, pois ao acolher a boa nova e vivência-la o homem descobre a sua verdadeira vocação. ao experimentar o amor por excelência e ter acesso ao mistério do Pai que até antes era velada e por  intermédio de seu filhou se tornou luz para mundo,  e através de sua missão e pelo seu testemunho  se torna para nós modelo de vida em perfeição na comunhão com Deus, mostrado-nos as consequências ultimas que poderemos chegar descobrindo como é o homem na própria essência , verdade essa que se torna salvação, por está em comunhão com Pai  tornando-nos também objeto da revelação, sendo nós luz de Cristo, vivenciando esse amor e mistério divino se tornando possível uma visão panorâmica e original do próprio homem que só é  acessível na fé, tornando-nos o objeto de estudo na antropologia denominada teológica.

            O homem para se ter compreensão ultima e mais profunda de si mesmo, de quem é ele na sua essência, deve ter a consciência que é de fato o objeto privilegiado do amor de Deus (12,2), como seres amados e criado exclusivamente para estarmos junto a Ele . Isso só é possível numa relação entre o homem e Deus de forma unica e singular na mas profunda e perfeita comunhão. Deus nos criastes livres e responsáveis pelos nosso próprios atos podendo dessa forma buscar conhecimento sobre si que o leva ao fim único da suma sabedoria que torna acessível através da verdade revelada que se manifesta por seu Filho Jesus que só torna  acessivo pela fé mas não sendo a única fonte de conhecimento sobre homem, todo conhecimento acessível e vivenciado pelo homem como dados proveniente da própria filosofia como também das ciência humanas são ferramentas que nos leva ao conhecimento pleno que leva ao sumo Bem.

Continua...


Pax!


* «Orans – Pintura sobre reboco do século III nas Catacumbas Romanas. Representa uma mulher com os braços levantados em súplica e oração num cenário que sugere o paraíso. Sob a pintura, os loculi, ou sepulturas escavadas na rocha»