quinta-feira, 27 de maio de 2021

Upanishad Kena – A noite silenciosa 4


Os Upanishads
Upanishad Kena – A noite silenciosa


Se você pensa “Eu conheço bem Brahman”, então, certamente você conhece tão somente um pouco de sua natureza, você conhece apenas Sua natureza condicionada pelo homem ou pelos deuses. Portanto, Brahman, mesmo agora é digno de sua investigação.

Quem afirma conhecer bem Brahman é vitima das ilusões de sua mente, ele trata somente com as expressões de Brahman, e não com Brahman em si. Não se chega ao Todo baseado no conhecimento das partes, o Todo é maior que a soma das partes.

Conhecer e ainda assim não conhecer, só nesse estado é que Brahman pode ser conhecido. Podemos conhecer o estado manifestado de Brahman, e manifestação consiste de uma totalidade feita de partes. Tal conhecimento deixa mais coisas não explicadas que explicadas.

O Manifesto não pode explicar a si mesmo, salvo a luz do Imanifesto. É o Imanifesto que possui a chave do mistério da Manifesto.

Conhecer o que o conhecimento explica, e conhecer também o que o conhecimento não explica, esse é o estado mais elevado de conhecimento até onde a mente pode ir.

A abertura da mente consiste na existência simultânea do conhecer e do desconhecer, quando surge espontaneamente um intervalo entre o conhecedor e o conhecido. Usualmente este intervalo é coberto pela mente com suas projeções.

É nesse intervalo entre o conhecedor e o conhecido, em que cessou o processo do conhecimento que ocorre aquele milagre. Até aqui o processo do conhecimento emanou do conhecedor, mas agora, nesse intervalo, é o conhecido que comunica o que ele é para o conhecedor.

Isso só pode ocorrer quando cessar o processo do conhecimento que emana do conhecedor, para que este intervalo não seja coberto por qualquer projeção do conhecedor. O conhecedor tem que se tornar totalmente negativo, e contudo ciente de que o conhecido transmite.


Continua...

Fonte:https://osmirclemente.wordpress.com/upanishad-kena-a-noite-silenciosa/

domingo, 23 de maio de 2021

IDOLATRIA E ESCRAVIDÃO VELADA

 Cuidado! Não sejam meros fantoches(Gados) do Sistema!

Paulo da Costa Paiva 


Domingo de decisão = 
Caos,violência e morte!

Quando um grupo de torcedores estão juntos muito eufóricos,  eles se encontram em estado de transe. Quando entram em brigas e atos de extrema violência, eles se encontram num histeria coletiva, e aquelas músicas(hinos de combate) que incitam o ódio a torcida adversária, seria uma lavagem cerebral que serve de gatilho nos momentos de grande euforia.

As grandes massas só servem como manobra política e de fonte de renda, para enriquecerem as instituições políticas/ideologicas, religiosas e clubistas. Não seja idólatra,não seja escravo!

Paz e Bem!

domingo, 16 de maio de 2021

APÓCRIFO DE JOÃO III


O Livro Secreto de João
A Revelação Secreta de João


Como eu devo falar Dele com você? Ele é um aeon indestrutível, em repouso, existindo em silêncio, em tranquilidade, e sendo anterior a tudo. Pois Ele é o topo de todos os aeons, e é Ele quem os dá força e bondade. Porque nós não conhecemos as coisas inefáveis, e nós não compreendemos o que é imensurável, exceto por aquele que veio Dele, ou seja, do Pai. Pois foi ele quem disse para nós somente. Porque é ele quem se olha na luz que o envolve, isto é, a nascente da água da vida. E é Ele quem doa para todos os aeons, de todos os modos, e que observa sua própria imagem visível na nascente do Espírito. É Ele quem coloca sua vontade na fonte da água-luz pura que o envolve.

E seu pensamento teve uma ação, e ela surgiu, ou seja, aquela que tinha aparecido diante Dele no brilho da sua luz. Este é o primeiro poder que existia antes deles todos, e que veio da mente Dele. Ela é o Pensamento do Todo (Protenóia) - a luz dela brilha como a luz Dele - o poder perfeito, que é a imagem do Espírito puro, invisível, e perfeito. É o primeiro poder, a glória de Barbelo, a glória perfeita nos aeons, a glória da revelação. Ela glorificou o Espírito puro, e foi ela quem o saudou, porque graças a ele, ela havia surgido. Este é o primeiro pensamento, a imagem Dele; ela se tornou o útero de tudo, pois ela que é anterior a todos eles, ela é a Mãe-Pai, o Primeiro Homem, o Espírito sagrado, os três-vezes-macho, os três-vezes-poderosos, o andrógino três-vezes-nomeado, o aeon eterno entre os invisíveis, e o primeiro a vir.<Ela> pediu para que o Espírito puro invisível a desse previsão. E o Espírito consentiu. E quando ele havia consentido, a previsão veio, e ficou ao lado da presciência; esta origina do pensamento do Espírito puro invisível. A previsão glorificou o Espírito e Barbelo (o poder perfeito dele), porque foi por ela que ele tinha surgido. E ela pediu novamente para a conceder indestrutibilidade, e ele consentiu. Quando ele havia consentido, a indestrutibilidade veio, e ficou ao lado do pensamento e da presciência. A indestrutibilidade glorificou o Espírito invisível e Barbelo, aquele pelo qual eles haviam surgido.

E ela solicitou que a concedesse vida eterna. E o Espírito invisível consentiu. E quando ele havia consentido, a vida eterna veio, e estes auxiliaram e glorificaram o Espírito invisível e Barbelo, aquele pelo qual eles haviam surgido. Ela solicitou novamente, para que a concedesse verdade. E o Espírito invisível consentiu. E quando ele havia consentido, a verdade surgiu, e estes auxiliaram e glorificaram o Espírito excelente invisível e Barbelo, aquele pelo qual eles haviam surgido.


Continua...

domingo, 9 de maio de 2021

O CAIBALION 06 (Continuação)


O CAIBALION
Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia


CÁPÍTULO VI - PARADOXO DIVINO

A Matéria não é para nós a Matéria inferior, enquanto vivemos no plano da Matéria, apesar de sabermos que é simplesmente uma agregação de elétrons ou partículas de Força, que vibram rapidamente e giram umas ao redor das outras na formação de átomos; os átomos vibram e giram formando moléculas que, por sua vez, formam as grandes massas de Matéria. A Matéria não é para nós a Matéria inferior, quando prosseguimos nas investigações mais elevadas, e aprendemos dos Preceitos herméticos que a Força, da qual os elétrons são unidades, é simplesmente uma manifestação da mente do TODO, e assim no Universo tudo é simplesmente Metal em sua natureza. Enquanto no Plano da Matéria, podemos reconhecer os seus fenômenos, poderemos examíná−la (como o fazem todos os Mestres de graus mais ou menos elevados), mas fazemo−lo aplicando as forças superiores. Cometeremos uma loucura pretendendo negar a existência da Matéria no aspecto relativo. Podemos negar o seu domínio sobre nós, devemos fazer, mas não devemos ignorar que ela existe em seus aspectos relativos, ao menos enquanto no seu plano. As Leis da Natureza não são menos constantes ou efetivas, como sabemo−lo, apesar de serem simplesmente criações mentais. Elas estão em muitos efeitos dos diversos planos.
Dominamos as leis inferiores aplicando−lhes as que lhes são superiores; e somente por este modo. Mas não podemos escapar da Lei e ficar inteiramente fora dela. Nada senão O TODO pode escapar da Lei; e isto é porque o TODO é a própria LEI, de que todas as Leis procedem. Os mais adiantados Mestres podem adquirir os poderes usualmente atribuídos aos deuses do homem; e há inúmeras ordens de entes, na grande hierarquia da vida, cujas existências e poderes excedem mesmo os dos mais elevados Mestres entre os homens a um grau imaginário para os mortais. contudo, o mais elevado dos Mestres e o Ente mais elevado devem curvar−se à Lei e ser como Nada diante do Todo. De o modo que se mesmo estes Entes, cujos poderes excedem o atribuídos pelos homens aos seus deuses, estão subordinados à Lei, imaginai qual não será a presunção do homem mortal da nossa raça e do nosso grau, quando ousa considerar as Leis da Natureza como irreais, visionárias e ilusórias, porque chegou a compreender a verdade que as Leis são de natureza mental e simples Criações Mentais do TODO. Estas Leis, que O TODO destinou para governar as leis, não podem ser desafiadas nem argüidas. Enquanto durar o Universo, elas durarão, porque o Universo só existe pela virtude destas Leis, que formam o seu vigamento e que ao mesmo tempo o mantém.
O Princípio hermético de Mentalismo, explicando a verdadeira natureza do Universo por meio do princípio que tudo é Mental, não muda as concepções científicas do Universo, da Vida ou da Evolução. Com efeito, a ciência simplesmente corrobora os Ensinamentos herméticos. Estes últimos ensinam que a natureza do Universo é Mental, ao passo que a ciência moderna disse que ele é Material; ou (ultimamente) que ele é Energia, em última análise. Os Preceitos herméticos não caem no erro de combater os princípios básicos de Herbert Spencer que afirmam a existência de unia "Energia Infinita e Eterna da qual todas as coisas procedem". Com efeito, os Hermetistas reconhecem na filosofia de Spencer a mais elevada exposição das operações das Leis naturais que foram promulgadas até agora, e eles crêem que Spencer foi uma reencarnação de um antigo filósofo que viveu no Egito, milhares de anos antes e que por último se tinha encarnado como Heráclito, filosofo grego que viveu em 500 antes de Cristo. E eles consideram esta idéia da "Energia Infinita e Eterna" como partindo diretamente da linha dos Preceitos herméticos, sempre com o acréscimo da sua própria doutrina que esta Energia (de Spencer) é a Energia da Mente do TODO. Com a Chave− Mestra da Filosofia hermética, o estudante poderá abrir várias portas das mais elevadas concepções filosóficas do grande filósofo inglês, cuja obra manifesta os resultados da preparação das suas encarnações precedentes. A sua doutrina a respeito da Evolução e do Ritmo está na mais perfeita concordância com os Preceitos herméticos sobre o Princípio do Ritmo.
Assim, o estudante do Hermetismo não deve desprezar quaisquer destes pontos de vista científicos a respeito o Universo. Todos devem ser interrogados para se concluir e compreender o princípio oculto que "O TODO é Mente; o Universo é Mental e criado na Mente d’O TODO". Eles crêem que os outros seis dos Sete Princípios se adaptarão a esta doutrina científica e servirão para esclarecê−la. Não há que admirar, ao encontrarmos a influência do pensamento hermetista nos primitivos filósofos da Grécia, em cujas idéias fundamentais se baseiam em grande parte as teorias da ciência moderna. A aceitação do Primeiro Princípio hermético (o de Mentalismo) é o único grande ponto de diferença entre a ciência moderna e os estudantes hermetistas, mas a Ciência se dirige gradualmente para o lado dos hermetistas nas suas apalpadelas no meio da escuridão para encontrar um caminho de saída do Labirinto em que vaga nas suas pesquisas pela Realidade.
O fim desta lição é gravar na mente dos nossos estudantes a verdade que, para todos os intentos e propósitos, o Universo e suas leis, seus fenômenos, são justamente REAIS, que mesmo o Homem está incluído nelas, de modo que poderiam estar sob a hipótese de Materialismo ou Energismo. Sob qualquer hipótese o Universo no seu aspecto exterior é mutável e transítório; e por isso sem substancialidade e realidade. Mas (notai o outro pólo da verdade), sob qualquer das mesmas hipóteses, somos compelidos a, AGIR E VIVER COMO se as coisas transitórias fossem reais e substanciais. Há sempre esta diferença entre as diversas hipóteses, ; que sob os velhos pontos de vista o Poder Mental era ignorado como Força Natural, ao passo que sob o Mentalismo ele se torna uma grande Força Natural. Esta diferença revoluciona a Vida daqueles que compreendem este Princípio, as leis que dele resultam e as suas práticas.
De modo que todos os estudantes devem compreender as vantagens do mentalismo e aprender a conhecer, usar e aplicar as leis que dele resultam. Mas não devem cair na tentação que, como diz o Caibalion, domina os falsos sábios e os deixa hipnotizados pela aparente irrealidade das coisas, tendo como conseqüência eles andarem para trás como desvairados, vivendo num mundo de sonhos, ignorando o trabalho e a vida do homem, sendo o seu fim "quebrarem−se contra as rochas e se despedaçarem pelos elementos, por causa da sua loucura". Em primeiro lugar vem o exemplo do sábio, que a mesma autoridade estabelece do modo seguinte: "ele emprega a Lei contra as Leis, o superior contra o inferior e pela Arte da Alquimia transmuta o que é desagradável no que é agradável e deste modo triunfa." Seguindo a autoridade, combatamos também a falsa sabedoria (que é uma loucura), que ignora a verdade: "O Domínio não consiste em visões e sonhos anormais, em vida e imaginações fantásticas, mas sim no emprego das forças superiores contra as inferiores, escapando assim das penas dos planos inferiores pela vibração nos superiores." Lembrai−vos, sempre, estudantes, que "a Transmutação não é uma presunçosa denegação, mas sim a arma ofensiva do Mestre". As citações acima são do Caibalion e são dignas de serem conservadas na memória do estudante.
Nós não vivemos num mundo de sonhos, mas sim num Universo que, enquanto relativo, é real tanto quanto as nossas vidas e ações são interessadas. A nossa ocupação no Universo não é negar a sua existência, mas sim viver, empregando as Leis para nos elevarmos do inferior ao superior, fazendo o melhor que podemos sob as circunstâncias que aparecem cada dia, e vivendo, tanto quanto é possível, para as nossas idéias elevadas e os nossos ideais. O verdadeiro fim da Vida não é conhecido pelo homem neste plano; as maiores autoridades e a nossa própria intuição dizem−nos que não cometeríamos erro vivendo do modo melhor que pudermos, e segundo a tendência Universal no mesmo ponto, apesar das aparentes evidências em contrário. Todos estamos no Caminho, e a estrada conduz sempre para cima, deixando muitos lugares atrás. Lede a mensagem do Caibalion, e segui o exemplo do sábio, fugindo do erro do falso sábio que perece por causa da sua loucura.


Continua..

domingo, 2 de maio de 2021

Reflexão Casual CV



Viver é saber caminhar na corda bamba da vida, diante do precipício das ilusões, mas sem deixar de contemplar o belo e mantendo sempre o foco no que é essencial.

Paulinopax