sábado, 19 de maio de 2018

Resenha: Sexo, Desvio e Danação IV

JUDEUS

Paulo da Costa Paiva


JUDEUS

             Os judeus até o inicio da idade média conviviam livremente com os cristãos, mas tinha alguns pontos que os faziam entra em conflito direto com os cristãos que seria o seu exclusivismo e o seu proselitismo, a partir do momento que o Cristianismo se torna religião oficial do Império Romano (Século IV) começaria sistematicamente as perseguições aos judeus, inicialmente com restrições e depois perseguições oficiais e declaradas, pois eles estavam intimamente ligados tanto a medicina como também à magia, duas praticas que durante o auge do histerismo religioso se tornaram praticas temíveis e muito suspeita, e essa combinação iria acarretar um verdadeiro antagonismo popular contra os Judeus por séculos, em uma dolorosa perseguição de ódio a um povo (etnia). 

          Os primeiros documentos oficiais declarados contra judeus foram do Imperador Teodósio e posteriormente de Justiniano, excluindo-os de todas as funções políticas e militares, proibidos de casar com cristãos ou mesmo de pode possuir um escravo cristão. No de 538 durante o concilio de Orleans foi decretado a eliminação do proselitismo judaico e durantes séculos continuaram a perseguições ao ponto que no ano 1010 (Século IX) começaria rumores em todo ocidente que os sarracenos e os judeus tinham causado a destruição do Santo Sepulcro e de ter decapitado o patriarca de Jerusalém.

             Durantes séculos as perseguições se fortalecia, e cada vez mais ficavam sem direitos e dignidade o povo judeus ficando gradativamente as margens da sociedade, desse forma vendo que sua mobilidade estava cada vez mais restringida, se deslocavam mais intensamente as atividades comerciais para manter sua sobrevivência, de preferência em áreas de gueto.  Em certo momentos a Igreja oficialmente tinha uma posição de certa tolerância com os judeus, baseado  na teologia de santo Agostinho que acreditava que o povo Judeus deviam ser protegido, pois tinham uma papel de profunda importância no plano salvífico, pois sem os judeus não haveria a salvação na sua totalidade, buscando dessa forma incentivar a conversão de judeus para aderir ao cristianismo. 
 
               Um dos últimos papado à buscar permanecer nessa ideia foi Inocêncio III mas seu pontificado assistiu a degradação marcada da posição dos judeus aos olhos do seu pontificado, havendo articulações com o objetivo de encontrar ou deturpar nos ensinamentos sagrados,  motivos suficiente para acusa-los de heréticos. Isso gradativamente foi alimentando o ódio e indiferença com o povo judeu durante século, um exemplo disso está presente na Bíblia vulgata, traduzido erroneamente (tendenciosamente?) o livro do Êxodo (34 vv. 29, 35):  ...de tal modo que “viam que a pele de seu rosto resplandecia”, tornou-se “sua cara tinha chifres”. Dessa forma mostravam realmente na perspectiva cristã, o povo judeu seria um inimigo interno como um fermento no meio da massa.

Continua...

Paz e Bem!!

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