sábado, 5 de julho de 2014

Exegese na Patrística

Exegese Patrística
        Paulo da Costa

          Nos primórdios do cristianismo, quando já não havia mais os testemunhos vivente dos apóstolos que conviveram com Jesus, se inicia a época subapostólica com os Padres da Igreja dando continuidade aos serviços missionário e pastoral dos apóstolos de anunciar o reino de Deus. Entre seus escritos, tinham-se as cartas direcionadas as devidas comunidades dando orientações, como também exortações ou motivações dependendo das problemáticas vividas nas comunidades, a prioridade era o anuncio, catequizando os novos cristãos na luz do senhor. Os padres apostólicos chegaram a ter um contato direto com os apóstolos e com eles tiveram conhecimentos diretos do Mestre que foram posteriormente anunciados de forma zelosa e literal, buscando ser fiel a tudo o que foi direcionado pelos apóstolos.
         Além das cartas as comunidades haviam também outros escritos de suma importância, estes escritos constitui um eco da pregação e doutrina dos apóstolos, entre eles estão: “DIDACHÉ” ou (Doutrina dos doze apóstolos); “Cartas aos Coríntios”; “Cartas de santo Inácio de Antioquia”; “Espístula de Barnabae”; “Pastor de Hermas”;” Carta de S. Policarpo”. Todavia esses escritos todos eles sempre tinha como referencia o antigo testamento, como sendo uma continuidade da economia da salvação que se cumpriu com a vinda do messias, e para os cristão seria a pessoa de Jesus. Cristo e os apóstolos são de origem judaica na qual tinha como sagrado o livro da Torah, que é palavra de Deus e relata a experiência junto ao povo hebreu. É a partir dela qual se dá continuidade o cristianismo, por isso a importância do elo entre ambos. Nesse objetivo os cristãos começaram a lê-lo em chave cristológica, reinterpretando a torah numa expectativa cristã, mediante o uso de interpretação alegórica do texto.
A partir do século II surgem novas concepções dos textos apócrifos, mas precisamente dos gnósticos, na qual muitos viam com indiferença o mundo material como também seu criador (Demiurgo) que segundo o gnosticismo seria o Deus do AT, contrapondo-se dessa forma o Deus Justo do Antigo Testamento com o Deus bom do Novo Testamento, surgindo então uma imensa escala de livros apócrifos considerado divinamente inspirado. A partir do meado do século II até aproximadamente a primeira metade do III, surgem uma reação antignóstica, em defesa do Antigo Testamento e das tradições apostólica e durante esse período a hermenêutica se desenvolveu ligada a três escolas de interpretação exegetas da sagrada escritura judaica: A Escola de Alexandria; Escola de Antioquia e a Escola Ocidental.
Continua...

Pax!

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