Natal: Convite para
uma vida nova
Paulo da Costa
É
natal, nasceu o salvador! É Cristo , o Verbo divino que se fez carne e habitou
no meio de nós . Junto cantamos e louvamos a Deus por seu nascimento que é
relatado nos escritos evangélicos e vivido liturgicamente na santa missa do
natal(popularmente conhecida como missa do galo) que comemoramos na madrugada
entre os dias 24 e 25 de dezembro de
cada ano. Nos relatos que descrevem sobre o nascimento de Jesus, somente dois
evangelhos (Mateus e Lucas) contam como foi a encarnação divina, onde tudo
começa com a manifestação de Deus por intermédio do anjo Gabriel que segundo o
cristianismo se cumpriu a partir desse momento as promessa anunciada sobre a vinda do messias
já proclamada pelos profetas do antigo testamento (Is 9,6 ; Mq 5, 2 ...). No evangelho de lucas percebemos que há uma
descrição mais detalhada sobre todo o desenrolar dos acontecimento, que vai a partir do
anúncio do anjo até a vinda dos reis magos ao encontro do menino-Deus na
manjedoura. Num contexto mais histórico sabemos que não há relato especifico
sobre o dia de nascimento de Jesus nos evangelhos, mas a partir do século IV,
por decreto do Papa Júlio I no ano de 350, que os festejos no dia 25 de
dezembro passaria a ser pela natividade de Cristo, substituindo a festa de
veneração ao Deus sol.
Quando
se fala em natal, lembramos de festa, presentes, ceia e família, mas qual o
verdadeiro sentido do natal? Qual o seu objetivo e mensagem para a humanidade?
O natal é um momento de alegria pelo nascimento do menino-Deus, mas também de
profunda reflexão . Deus que se fez
humano, quer nos mostra que humanidade pode se tornar divina, mas não por
nossos méritos, isso só se torna possível pela graça divina que se faz presente
em nós. Cristo despojou-se de si sendo Deus, para se tornar semelhante a nós em
tudo menos no pecado. Veio ao mundo para nos salvar da escravidão da morte,
sendo livres para a dinâmica do amor ao nosso semelhante de forma incondicional
assim como Ele nos amou, até as ultimas consequências.
Como
de costume, se observa no cristianismo, mas precisamente no catolicismo uma
forte representação litúrgica em seus
simbolismos ricos e de profunda
mensagens misticas, e refletindo sobre a cena do natal, podemos ir além do
encantamento do esplendor visualizado ,
se aprofundando e interiorizando o presépio
vivo dentro de nós. A gruta é o nosso corpo onde se faz morada o Senhor
(Jo 14, 23); Os animais representa as
emoções e inclinações onde se deve se prostra (disciplinar) diante do
menino-Deus; Os pastores é a própria consciência apontando o caminho que deve
seguir(Deus;, José e Maria, que é sagrada família, uma só carne e um só
espirito, nos revela que somos filho de Deus, templo da santíssima trindade, e
a manjedoura é o nosso próprio coração onde Cristo nos espera para unidos em
comunhão, nos fazer uma nova pessoa onde Ele será um conosco, tornando-nos um
novo cristo.
Não
se deixe seduzir pela fugacidade, do mundo consumista de falsas ilusões, que em
vez de libertar te leva a uma libertinagem que escraviza a alma, onde
aparentemente te traz gozo mas tão insignificante comparado as consequências da
imensa frustração do vazio que te atormentará por toda vida. Busque
experimentar um natal diferente, encontrando intimamente com Cristo que se faz
presente dentro de nós, Ele sempre está
a nossa espera e como verbo divino tem a palavra que nos liberta, consola e
renova a nossa vida. É fundamental está em unidade plena, e isso só será possível
na insistência da santidade (estado de graça),vivendo uma vida regrada na
caridade e na oração, buscando sempre as coisas do alto(eternas e espirituais)
que se faz presente dentro de ti.
Pax!
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