quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

O Livro Perdido de Dzyan

A EVOLUÇÃO CÓSMICA 
NAS SETE ESTÂNCIAS DO LIVRO DE DZYAN
Helena Blavatsky


“...Ninguém no mundo conhece sua data verdadeira. Dizem que o original é mais antigo que a nossa Terra. Dizem inclusive, que era tão magnetizado que os’ iniciados’, ao tocá-lo com a mão, viam passar diante de seus olhos os acontecimentos descritos e, ao mesmo tempo, ouviam em sua língua os textos misteriosos, transmitidos pela força de impulsos rítmicos, na medida em que a respectiva língua possuía vocábulos adequados para a versão dos textos.[1]

Durante milênios, essa ciência oculta ficou guardada como “ultra-secreta” em cavernas[2], nas regiões montanhosas do Tibete, pois dizia-se que, em mãos de pessoas não iniciadas, os ensinamentos ocultos poderiam representar um perigo enorme. O texto original – que não se sabe se ainda existe em qualquer lugar – foi copiado literalmente por uma geração após a outra e complementado por novos relatos e conhecimentos dos iniciados.

O Livro de Dzyan teria sido composto além do Himalaia. Por vias desconhecidas, seus ensinamentos chegaram ao Japão, à Índia e à China; até em tradições sul-americanas foram encontrados vestígios de pensamentos e conceitos contidos nesse livro. Fraternidades secretas, refugiadas em paragens abandonadas das Montanhas Kun-lun, ou no fundo das gargantas do maciço rochoso do Altyn-tang, ambos situados na parte ocidental da China Vermelha, manteriam sob sua guarda enormes coleções de livros. Suas habitações seriam templos humildes; seus tesouros literários ficariam guardados em salões e galerias subterrâneas. Também o Livro de Dzyan teria sido guardado em um desses lugares. Os primeiros Santos Padres da Igreja fizeram tudo para subtrair esta ciência oculta da memória daqueles que dela privavam; no entanto, todos os esforços foram inúteis, pois os textos oralmente transmitidos passaram de geração em geração.

...Trechos do Livro de Dzyan, que se conservaram, ou melhor, chegaram a ser conhecidos, passam pelo mundo inteiro em milhares de textos vertidos para o sânscrito. Pelo que se sabe até agora, essa estranha ciência oculta encerraria o verbo primitivo, a fórmula da gênese e daria o relato dos milhões de anos que marcaram a evolução da humanidade.”
Erich von Däniken - De Volta às Estrelas – pg. 151/152

[1] Atualmente os computadores realizam operações semelhantes. - RC
[2] É comum escritos secretos serem escondidos em cavernas, túneis ou subterrâneos.

ESTÂNCIAS DO LIVRO DE DZYAN

“Não havia coisa alguma; o céu claro e distante Não existia, nem havia o amplo telhado celestial, espalhado ao alto. O que é que encobria tudo? O que o abrigava? O que o ocultava? Seria o insondável abismo das águas? Não havia a morte - porém nada havia de imortal. Não existia diferença entre o dia e a noite; Só Aquilo que é Uno respirava sem respirar, sozinho, E desde então nada jamais existiu fora Daquilo.   Havia escuridão, e no início tudo estava velado Em trevas profundas -; um oceano sem luz. O germe ainda coberto pela casca Despertou, como natureza una, - devido ao intenso calor.

Quem sabe o segredo? Quem o proclamou aqui? De onde veio, de onde veio - esta criação múltipla? Os próprios Deuses só passaram a existir mais tarde.  Quem sabe de onde surgiu, esta grande criação? Aquilo, de onde veio esta grande criação, O Mais Elevado Vidente que está no mais alto céu, Só Ele sabe a resposta -; ou talvez nem Ele saiba.”  [3]

“Olhando a eternidade ..., Antes que as bases da terra fossem estabelecidas, 
                                                          
Tu existias. E quando a chama subterrânea Romper a sua prisão e devorar a estrutura ...... Tu ainda existirás como existias antes, Sem conhecer o que é mudança - quando o tempo já não existir. Ah! Pensamento infinito, divina ETERNIDADE.” [4] 

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[3] Este é um trecho do Rig Veda. Na edição de 1979 de “The Secret Doctrine”, há uma nota de Boris de Zirkoff informando que a fonte é “Rigveda”, Mandala X, 129, 1-7, segundo Max Müller em “History of Ancient Sanskrit  Literature” (Londres, 1859,  p. 564). (Nota do Tradutor) 
[4] Boris de Zirkoff  informa (na  edição de 1979 de “The Secret Doctrine”, TPH), que este é um trecho de um poema de John Gay (1685-1732), intitulado “A Thought on Eternity”. (Nota do Tradutor) 

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