Os Upanishads
Upanishad Ishavasya –
O Véu Dourado
Aquilo
é o Todo, isto é o Todo. O Todo surge do Todo. Quando tiramos o Todo do Todo, o
Todo permanece.
Olhando
superficialmente, parece sem sentido, pois viola todas as leis da matemática.
Como pode o Todo permanece o Todo quando o Todo lhe é tirado?
A
afirmação obviamente fala da Qualidade das coisas. Nenhum processo quantitativo
pode alterar a qualidade das coisas. Um fragmento de ouro retirado de uma
barra, e este fragmento mantém a qualidade do ouro. Qualidade é algo
indivisível. A qualidade é independente do tamanho ou do volume.
O
Todo reside mesmo na parte. O Todo não deve ser confundido com a totalidade.
Quando partes são colocadas juntas chegamos a uma totalidade, mas o Todo não é
feito de partes. O Todo é maior que a soma das partes, é por isso que o aumento
ou diminuição quantitativa das partes não afeta o Todo.
Brahman
e Atman são idênticos, a natureza de Brahman reside em Atman, não há diferença
qualitativa entre os dois. Desde que a qualidade das coisas é indivisível, a
qualidade de Brahman reside em todas as coisas. Não ver a qualidade das coisas
em tudo que é manifesto, é cair em Maya ou ilusão.
O
primeiro verso deste Upanishad diz:
Tudo
isso deve ser envolvido por Isha (o senhor)
Todas
as coisas moventes que existem no mundo movente.
Renunciando
a isso, tu podes desfrutar.
Não
cobices a riqueza do outro.
Isha
na verdade é o supremo, é Brahman ou Realidade. A realidade a tudo permeia. O
mundo ou Samsara está sempre em
movimento. A Realidade está presente até mesmo nesse movimento.
Continua...
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