domingo, 22 de dezembro de 2013

Tempo de renascer...

Natal: Convite para uma vida nova
Paulo da Costa

         É natal, nasceu o salvador! É Cristo , o Verbo divino que se fez carne e habitou no meio de nós . Junto cantamos e louvamos a Deus por seu nascimento que é relatado nos escritos evangélicos e vivido liturgicamente na santa missa do natal(popularmente conhecida como missa do galo) que comemoramos na madrugada entre os dias  24 e 25 de dezembro de cada ano. Nos relatos que descrevem sobre o nascimento de Jesus, somente dois evangelhos (Mateus e Lucas) contam como foi a encarnação divina, onde tudo começa com a manifestação de Deus por intermédio do anjo Gabriel que segundo o cristianismo se cumpriu a partir desse momento as  promessa anunciada sobre a vinda do messias já proclamada pelos profetas do antigo testamento (Is 9,6 ; Mq 5, 2 ...).  No evangelho de lucas percebemos que há uma descrição mais detalhada sobre todo o desenrolar  dos acontecimento, que vai a partir do anúncio do anjo até a vinda dos reis magos ao encontro do menino-Deus na manjedoura. Num contexto mais histórico sabemos que não há relato especifico sobre o dia de nascimento de Jesus nos evangelhos, mas a partir do século IV, por decreto do Papa Júlio I no ano de 350, que os festejos no dia 25 de dezembro passaria a ser pela natividade de Cristo, substituindo a festa de veneração ao Deus sol.
         Quando se fala em natal, lembramos de festa, presentes, ceia e família, mas qual o verdadeiro sentido do natal? Qual o seu objetivo e mensagem para a humanidade? O natal é um momento de alegria pelo nascimento do menino-Deus, mas também de profunda reflexão .  Deus que se fez humano, quer nos mostra que humanidade pode se tornar divina, mas não por nossos méritos, isso só se torna possível pela graça divina que se faz presente em nós. Cristo despojou-se de si sendo Deus, para se tornar semelhante a nós em tudo menos no pecado. Veio ao mundo para nos salvar da escravidão da morte, sendo livres para a dinâmica do amor ao nosso semelhante de forma incondicional assim como Ele nos amou, até as ultimas consequências.
         Como de costume, se observa no cristianismo, mas precisamente no catolicismo uma forte representação litúrgica em seus  simbolismos ricos e  de profunda mensagens misticas, e refletindo sobre a cena do natal, podemos ir além do encantamento do esplendor  visualizado , se aprofundando e interiorizando o presépio  vivo dentro de nós. A gruta é o nosso corpo onde se faz morada o Senhor (Jo 14, 23); Os animais representa as  emoções e inclinações onde se deve se prostra (disciplinar) diante do menino-Deus; Os pastores é a própria consciência apontando o caminho que deve seguir(Deus;, José e Maria, que é sagrada família, uma só carne e um só espirito, nos revela que somos filho de Deus, templo da santíssima trindade, e a manjedoura é o nosso próprio coração onde Cristo nos espera para unidos em comunhão, nos fazer uma nova pessoa onde Ele será um conosco, tornando-nos um novo cristo.
         Não se deixe seduzir pela fugacidade, do mundo consumista de falsas ilusões, que em vez de libertar te leva a uma libertinagem que escraviza a alma, onde aparentemente te traz gozo mas tão insignificante comparado as consequências da imensa frustração do vazio que te atormentará por toda vida. Busque experimentar um natal diferente, encontrando intimamente com Cristo que se faz presente dentro de nós, Ele  sempre está a nossa espera e como verbo divino tem a palavra que nos liberta, consola e renova a nossa vida. É fundamental está em unidade plena, e isso só será possível na insistência da santidade (estado de graça),vivendo uma vida regrada na caridade e na oração, buscando sempre as coisas do alto(eternas e espirituais) que se faz presente dentro de ti.

Pax!

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