Exegese Patrística
Paulo
da Costa
Nos primórdios do cristianismo, quando já não havia mais os testemunhos vivente dos apóstolos que conviveram com Jesus, se inicia a época subapostólica com os Padres da Igreja dando continuidade aos serviços missionário e pastoral dos apóstolos de anunciar o reino de Deus. Entre seus escritos, tinham-se as cartas direcionadas as devidas comunidades dando orientações, como também exortações ou motivações dependendo das problemáticas vividas nas comunidades, a prioridade era o anuncio, catequizando os novos cristãos na luz do senhor. Os padres apostólicos chegaram a ter um contato direto com os apóstolos e com eles tiveram conhecimentos diretos do Mestre que foram posteriormente anunciados de forma zelosa e literal, buscando ser fiel a tudo o que foi direcionado pelos apóstolos.
Além das cartas as comunidades haviam também outros escritos de suma importância, estes escritos constitui um eco da pregação e doutrina dos apóstolos, entre eles estão: “DIDACHÉ” ou (Doutrina dos doze apóstolos); “Cartas aos Coríntios”; “Cartas de santo Inácio de Antioquia”; “Espístula de Barnabae”; “Pastor de Hermas”;” Carta de S. Policarpo”. Todavia esses escritos todos eles sempre tinha como referencia o antigo testamento, como sendo uma continuidade da economia da salvação que se cumpriu com a vinda do messias, e para os cristão seria a pessoa de Jesus. Cristo e os apóstolos são de origem judaica na qual tinha como sagrado o livro da Torah, que é palavra de Deus e relata a experiência junto ao povo hebreu. É a partir dela qual se dá continuidade o cristianismo, por isso a importância do elo entre ambos. Nesse objetivo os cristãos começaram a lê-lo em chave cristológica, reinterpretando a torah numa expectativa cristã, mediante o uso de interpretação alegórica do texto.
A partir do século II surgem novas concepções dos textos apócrifos, mas precisamente dos gnósticos, na qual muitos viam com indiferença o mundo material como também seu criador (Demiurgo) que segundo o gnosticismo seria o Deus do AT, contrapondo-se dessa forma o Deus Justo do Antigo Testamento com o Deus bom do Novo Testamento, surgindo então uma imensa escala de livros apócrifos considerado divinamente inspirado. A partir do meado do século II até aproximadamente a primeira metade do III, surgem uma reação antignóstica, em defesa do Antigo Testamento e das tradições apostólica e durante esse período a hermenêutica se desenvolveu ligada a três escolas de interpretação exegetas da sagrada escritura judaica: A Escola de Alexandria; Escola de Antioquia e a Escola Ocidental.
Continua...
Pax!
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