DOM DIVINO E RESPOSTA HUMANA - 2ª Parte
Paulo da Costa
Segundo o evangelho de João, Jesus é um enviado de Deus pai que age na
história por gesto concreto, anunciando (Reino de Deus) e vivendo coerentemente
o que proclamava, mostrando sua autoridade que arrastavam multidões,
proporcionando a todos a superação da adversidade e anunciando sua mediação
(Filho) para o projeto salvífico. É a partir do modelo de Cristo que se dá a
real adesão ao plano de salvação, pois é necessário a essa implicação moral da
práxis dos ideais cristão de amor e caridade ao próximo em comunhão com Deus
para consciência plena da missão universal. Para o Apóstolo do gentios (Paulo)
essa compreensão moral advém do ato de se amar a Cristo seguindo através do
anuncio e principalmente por seu modelo de vida na obediência como Senhor de
toda a humanidade no discernimento do Santo Espírito.
Nas cartas
católicas, Tiago no apresenta que a moral revelado por Deus é a grande
sabedoria que se deve ser aprofundada e praticada pelo homem junto ao seu
próximo, dando uma grande ênfase a justiça social principalmente junto ao
marginalizados. Para Pedro em suas cartas Apostólicas a nova vida em Cristo
implica em morte ao pecado para o renascimento levando a humanidade a um
sacerdócio santo. Nas cartas aos hebreus o Filho é apresentado pelo próprio Pai
como o “Sumo Sacerdote”, o mediador da nova e Eterna Aliança, danado a redenção
a toda humanidade na qual convida a uma nova vida (atitude) a partir do seu
próprio exemplo de Vida, sendo seus imitadores.
A Nova Aliança ao se concretizar a partir do Cristo Jesus, onde somos
perdoados pelo pecado nos oportunizar três realidade que é o” direito a
entrada, um caminho e um guia “ e também nos exorta a se comprometer-se a três
atitudes a " fé, esperança e caridade".
Na eucaristia que o
projeto divino da salvação atinge seu ápice através de Jesus quando institui a
comunhão entre Deus e a humanidade, apresentando a própria morte como forma
infalível de união, sintetizando a nova aliança. Essa comunhão implica em
responsabilidades comunitárias, numa dimensão moral e depuradora, sendo que os
cristãos em seu cotidiano devem buscar essa abertura á ação divina para se
manter unido a Cristo. No Apocalipse percebe-se a reinterpretação da Aliança
numa abrangência mais aprofundada na relação entre Deus e a humanidade por
intermédio de Cristo, que por seu amor e na sua redenção incita a reciprocidade
dos cristãos, assumindo sua condição de reino já a partir do batismo e na sua
condição de sacerdote, sendo dessa forma ativada a efetivação e instauração do
reino de Deus e de Cristo na face da terra. Para isso concretizar é necessários
uma serie de ações praticas morais como a oração, o testemunho, as obras justas
e etc.
Através do dom da
criação somos apontados em acolhermos a moral revelada para um justo modo de
agir, mas freqüentemente o egoísmo prevalece optando trilhar por próprios
caminhos, recusando os caminhos propostos por Deus. Mas Deus na sua infinita
misericórdia sempre se compadece e nos convida constantemente a uma conversão
nos perdoando do pecado. Nesse processo histórico, mas precisamente no Antigo
Testamento, percebe-se essa dinâmica binômia de culpa e perdão, que Deus como criador e sumo bem oportuniza a remissão do pecado, sendo fruto
de seu gratuito amor pela humanidade, cabendo ao homem reconhecer como sinal
objetivo do perdão do Senhor manifestado em seus ritos. No Novo Testamento a
misericórdia divina é personificada na vida e obra de Cristo Jesus, onde se
configura a salvação como o perdão dos pecados nos revelando o seu
ministério messiânico. É a partir do seu
sacrifício no madeiro da cruz, que se dar a mediação e a restauração da
comunhão entre Deus e a humanidade efetivando a nova e eterna aliança. Cristo
ressuscitado sopra sobre os discípulos seu Espírito, sendo a Igreja agora
responsável de promover a reconciliação dessas comunhão através do seus
sacramentos.
Cada ser humano é
chamado para uma união perfeita com Deus a partir do agir moral durante toda sua vida. Tendo essa meta
escatologia mediante a ação humana relacionado à dependência e participação da
ressurreição de Cristo, os cristãos são convidado pelo Santo Espírito a sua
condição anterior a se conscientizar de já serem portadores dessa meta
gloriosa, mas para alcançá-la deverá evitar corromper o caminho que levará ao
futuro escatológico. Essa conscientização do reino de Deus a partir de Cristo
como meta escatológica se harmoniza como uma perfeita união de pleno amor entre
a noiva (Jerusalém celeste) e o noivo (Cristo - cordeiro), mas cabe a cada
cristão cooperar com responsabilidade no o seu justo agir em sua purificação
continua, pois somente pelas as obras terá como êxito o dom escatológico da
Jerusalém celeste.
continua...
continua...
Paz e Bem!
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