VIDA PARA CONSUMO:
A TRANSFORMAÇÃO DAS PESSOAS EM MERCADORIA
Paulo da Costa Paiva
Zygmunt Bauman é sociólogo, natural da Polônia nascido em 19 de novembro
de 1925,é autor de vários livros relacionado sobre os diversos aspectos da
sociedade e suas problemáticas como a liberdade, trabalho, ética, identidade,
comunidade e outros assuntos que também se destacam por total complexidade,
como o amor e o medo. Bauman
nesta obra faz uma leitura critica de todo esse processo nas diversas dimensões
da vida humana, tanto na sua esfera política e econômica, como também no
cotidiano com toda a sua bagagem cultural diante de todas as problemáticas
vivida. Diante desse contexto atual nos revela um novo conceito de realidade,
de uma sociedade estável (liquida), onde toda essa estrutura social montada em
torno da relativa fixidez moderna se dilui, transformando todas e quaisquer
relações voláteis diante dos parâmetros sociais já estabelecidos, apresentando
o dramático contexto que a sociedade hoje vive, numa realidade consumista, onde
o individuo é transformado em uma mera mercadoria e que as relações que podem
ser desfeitas com a mesma facilidade que é estabelecida, assim como um produto
qualquer numa prateleira de supermercado sendo descartando posteriormente.
O autor nos apresenta em sua obra, três tipos de analise
fundamental dessa modernidade liquida, que seria o do consumidor, que aborda
sobre a exposição do individuo em ambientes públicos se tornando uma sociedade
confessional; A da sociedade de consumidores, que apresenta uma seletividade
prioritária de clientes que e feita majoritariamente pelo sistema tecnológico;
e por fim a da cultura consumista, nos revelando da mesma forma que são
tratados os produtos são também o ser humano no momento que a seleção segue a
regra do comercial na hora de escolher o perfil desejado do mercado com os
melhores e mais capacitado. Essas idéias proposta na obra são na realidade
possibilidades de construção de referencia de seus elementos principais e de
sua representação com o objetivo de tornar mais compreensível essas evidencias
das problemáticas sociais e existenciais, que não são uma simples descrição de
uma realidade social, mas uma instrumentação de sua analise de forma critica e
inteligível.
Bauman nos apresenta em sua obra, três tipos de analise
fundamental dessa modernidade liquida, que seria o do consumidor, que aborda
sobre a exposição do individuo em ambientes públicos se tornando uma sociedade
confessional; A da sociedade de consumidores, que apresenta uma seletividade
prioritária de clientes que e feita majoritariamente pelo sistema tecnológico;
e por fim a da cultura consumista, nos revelando da mesma forma que são
tratados os produtos são também o ser humano no momento que a seleção segue a
regra do comercial na hora de escolher o perfil desejado do mercado com os
melhores e mais capacitado. Essas idéias proposta na obra são na realidade
possibilidades de construção de referencia de seus elementos principais e de
sua representação com o objetivo de tornar mais compreensível essas evidencias
das problemáticas sociais e existenciais, que não são uma simples descrição de
uma realidade social, mas uma instrumentação de sua analise de forma critica e
inteligível.
No
primeiro capitulo nos apresenta a problemática do “consumismo versus consumo” a
partir da explosão da chamada revolução consumista, que aconteceu no momento
que, o ato de consumir se tornou o sentido da existência para a maioria dos
seres humanos, abraçando como propósito de vida sustentar seus desejos
insaciados e cada vez mais compulsivos, conseqüentemente comprometendo o
convívio humano e os tornando cada vez mais egoístas e interesseiros, vendo em
tudo, uma forma de comercializar nas diversas dimensões humanas e sociais, do
simples ato de comprar um pãozinho na padaria até o desumano ato de pagar para
manusear e usufruir de um ser semelhante com único objeto de saciar seus
gozos. A obsessão de se adequar e de
sintonizar com a nova liquidez (modinha) do momento proposto pelo sistema
econômico tornar o ambiente moderno de futuro incerto, e de hostilidade ao
planejamento em longo prazo, pois o próprio tempo para a sua maioria totalmente
dominado pelo consumismo liquido-moderno se tornou uma maneira de renegociação
pelo menos em seu significado, que deixou de ser cíclico e projetável, para se
tornar um verdadeiro caos presente, onde o que vale é o “agora ou nunca” e que
jamais se deve parar a música e a festa das ilusões, isso sem levar em conta
suas conseqüências, onde o futuro se tornar algo temeroso e desinteressante para
suas próprias vidas, pois o consumismo aposta na irracionalidade dos
consumidores, estimulando emoções e não cultivando a racionalidade critica.
No segundo capitulo, Bauman nos revela que o principal objetivo
da sociedade de consumidores é de se aproveitar dos seus próprios membros, que
alem de ser os consumidores em potencial se tornem também a mercadoria de
consumo, para isso são condicionado, treinado, adaptável pela própria sociedade
que lucra com os dois lados da mesma moeda. Sendo que ao consumir ao consumir
um determinado produto se tornam rentáveis diretamente ao pagar e se tornam
também rentáveis indiretamente ao consumir, pois foi condicionado a comprar
algo que provavelmente não tinha necessidade de absolver. Muitas das vezes na
sociedade atual, comprar não significaria necessariamente algo de interesse
próprio, mas de satisfação diante a sociedade numa ilusão de pseudo bem
sucedidos, onde tudo e lindo perfeito e maravilhoso, numa ostentação de ilusões
muito perigosa para o “consumidor-produto” por isso se tornam muito valioso
para sociedade de consumo porque muitos, ou melhor, dizendo a grande maioria da
sociedade conseguiram seguir a risca a cartilha dos poderosos (Rico e Estado)
que se beneficiam com toda essa dinâmica lucrativa para uma minoria, onde antes
a relação econômica se dava verticalmente passa ser agora horizontalmente
tirando a responsabilidade econômica-social do estado e jogando nas costas da
própria sociedade que pouco ou nada percebe no coletivo que totalmente alienada
e escrava compulsiva do consumo, de uma sociedade liquida - moderna acredita
cegamente que está contribuindo com a sua liberdade de escolha para o progresso
da sociedade.
No
terceiro capitulo é apresentado à cultura consumista, onde a insatisfação do
ego, que se torna cada vez mais exigente no ato compulsivo de se consumir cada
vez mais e mais, e o maior causador e promotor dessa situação e próprio mercado
de consumo que se concentra periodicamente na supervalorização dos produtos
ofertados e posteriormente tendo o lucro desejado se trabalha no processo de
desvalorização imediata das suas antigas ofertas, oferecendo novos produtos
muito mais atrativos comparada ao anterior.
Tudo é engendrado calculadamente, primeiramente para a insatisfação onde
se tornar rotineiro na atualidade a angustia de cada um ser da sociedade que
tende a se desenvolver a partir de um excesso de possibilidade e não das
inúmeras proibições, pois não há mais limites, ou melhor, dizendo o céu
(infinito) se torna o limite, pois quanto mais se tem, mas se deseja ter mais e
mais, seguindo a cartilha do mercado de consumo que tudo se consome e nada se
realiza individualmente se tornando vazio e infeliz a cada dia que passa num
grande circulo vicioso que devora a todos no mesmo sistema, numa eterna
insatisfação. Mesmo a sociedade de consumo esteja infeliz e insatisfeita, o
mercado de consumo sempre joga para seus consumidores mais efeito anestésico e
inebriante para poderem dá continuidade ao lucro, para isso se utiliza de
vários mecanismos de sedução e dominação de consumo, entre esses meios está à
mídia e a rede de internet por exemplo. Por mas que esses meios de comunicações
tragam grandes benefícios e informação a maioria das pessoas, pode se tornar
também uma ferramenta poderosa de dominação pela persuasão, principalmente dos
menos politizados e sem senso critico, Pois quem domina e gerencia as
comunicações em geral é o mercado de consumo que formam os gostos e as opiniões
em geral, segundo os seus próprios interesses tendo como fim o lucro desejado
em cima da própria sociedade consumista que ao mesmo tempo em que consome és
também consumida sumariamente.
No
quarto e último capitulo, o autor fala das baixas colaterais do consumismo, que
é motivado por uma diminuição de contingente de consumidores, conseqüentemente
leva ao prejuízo para o mercado, pois são pessoas que não se encaixam na forma
proposta pelo mercado de consumo, são sempre falhos e obsoletos, por isso são
considerados “subclasses”. A própria sociedade consumista em sua maioria os vê
com grande desprezo, como verdadeiros derrotados, pois os avaliam e julgam por
pessoas infelizes e decadentes por não conseguirem seguir os ritmos e níveis de
vida de consumo proposta pelo mercado, porque o consumo excessivo e sinal de
ostentação e de vangloria para seu próprio ego, e essa subclasse ficam a margem
da sociedade por serem pobre e conseqüentemente consumidores falhos. Mostra um
retrato de uma sociedade cada vez mais egoísta e indiferente com o seu
semelhante, menos hospitaleira e atenciosa com que está ao seu lado, ou melhor,
dizendo nas calçadas, praças e esquinas de nossas cidades, onde muitos os
ignoram como seres invisíveis e sub-humanos.
Outro ponto importante abordado e a dinâmica da economia, de
sempre evitar que seus consumidores caiam no ambiente entediante do próprio
sistema, que continua alienando através de suas estruturas parasitas com
fachadas cada vez mais coloridas e iluminadas o suficiente para ofuscar suas vistas
e principalmente suas mentes seguindo seus passos sem nada reclamar com o
sorriso no rosto e o pirulito na boca. Para isso se trabalha a promoção da
novidade e o rebaixamento da rotina, numa renovação constante num circulo
vicioso e compulsivo por versões melhoradas de consumos, seguindo sumariamente
a cartilha do mercado no tempo determinado e o lucro sendo cada vez mais
robustecido, pois à medida que se consome insaciavelmente, mas ela se reveste
da aura de sucesso diante da sociedade como um o prêmio merecido a ser
ostentado. Por fim, a obra de Zygmunt Bauman nos apresenta uma leitura muito
interessante, que motiva e levam as pessoas á um profundo questionamento
existencial de dentro para fora, do interior (essência) para o exterior
(sociedade) onde se possa haver uma transmutação da realidade, a partir
primeiramente da revolução interior ecoando na sociedade para quem sabe um dia
possamos ter um futuro mais humano e menos material.
REFERÊNCIAS
BAUMAN,
Zigmunt. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de
Janeiro: Zahar Ed., 2008.
Paz e bem!!
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