sábado, 1 de junho de 2013

Somos realmente cristãos?


Cristão, Ser ou não Ser?

Paulo da Costa


 O Senhor diz: "Esse povo ora a mim com a boca e me louva com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A religião que eles praticam não passa de doutrinas e ensinamentos humanos que eles só sabem repetir de cor." (Is 2, 13).

Observando essa passagem bíblica onde Cristo recita as palavras do profeta Isaías, faz lembrar-nos que hoje não é muito diferente da época de Jesus, pois é tão atual como a própria sagrada Escritura que é palavra de Deus para nós. Cristo Jesus nos faz um alerta sobre a nossa caminhada de cristão, na vida de fé e oração concretizada por nossas atitudes. Nossa referência maior o próprio Senhor Jesus Cristo, que devemos ser modelo de seu testemunho de fé e amor a Deus Pai e do Pai ao seu filho Jesus que se manifesta no amor mútuo ao próximo, que é nosso irmão. Recapitulando a pessoa de Jesus anunciados pelos evangelistas, é Deus que se fez homem como nós. Na sua humanidade pode nos mostrar uma pessoa singular entre todos, não por causa simplesmente dos milagres, mas por causa do seu testemunho que arrastava multidões que além de curas buscava uma razão plena de vida, e Cristo é a boa nova a excelência razão da vida, pois foi por Deus que surgiu a vida e por Cristo será resgatada (Humanidade) do pecado da morte.

Cristo Jesus quando estava entre nós, nos veio anunciar o amor de Deus para humanidade, como também o perdão e a caridade, de poder se sensibilizar com a dor do próximo e acolhe-lo como irmão vivendo em fraternidade. Percebemos claramente por quem Cristo foi acolhido, por pessoas simples do povo, pessoas essas que eram na sua maioria excluídas e exploradas pelas elites. Nos evangelhos, Cristo era uma pessoa polêmica, por seus atos dar um novo sentido aos costumes (tradições) já caducados. O verdadeiro sentido da tradição hebraica é o próprio Cristo esperado como Messias, pois ele não veio abolir as leis, mas dar pleno sentido. Superando os velhos costumes (estruturas), porque a palavra tinha deixado de ser vida para os homens, (que escraviza) causada por uma tradição arcaicas e tendenciosas, se tornando um grande fardo para o povo.

Mas se observarmos de forma criteriosa a missão (Anúncio do Reino de Deus) e testemunho de Cristo (Amor e Caridade Plena), e compararmos com o cristianismo atualíssimo, observaremos um grande abismo com os primórdios na essencial cristã dos primeiro séculos. Analisando o livro de Atos dos Apóstolos como também as epistolas apostólica, observamos que existia um forte elo entre o anúncio (Querigma) e os serviços caritativo (Doentes, presos, necessitados), todos eram acolhidos como irmãos independente de suas origens. Muitos abraçavam a fé por sentir o amor de Deus que vinha pelo testemunhos de fé dos cristãos, e foi através do testemunho (Luz do Mundo) que muitos abraçaram o cristianismo. Não se pode separa a fé da caridade porque se esvazia o real sentido do Cristianismo, não tem como viver o amor de Deus egoisticamente, pois o próprio Cristo fala: “Onde dois ou mais estiveram reunido em meu nome estarei entre vós” (Mt 18,20).

Continua...



Paz e Bem!

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