LEPROSOS
Paulo da Costa Paiva
LEPROSOS
Na
história da humanidade entre variados povos desde os seus primórdios não
existiu uma doença que supere a temor generalizado como a lepra causou, muitos
considerava maldições, castigos divino ou algo semelhantes. Na Idade Média, por
exemplo, acreditava-se que a doença era transmitida sexualmente por uma mulher
que pratica-se sexo no seu período menstrual, contagiando como forma de castigo
pelo o pecado sexual cometido. Nessa época a lepra foi se alastrando por toda
Europa medieval atingindo inicialmente somente os mais pobres e miseráveis e
consequentemente os nobres e o clero. Na época muitos consideravam essa praga
como castigo divino e muitos mitos surgiram relacionada a doença, porém no ano
1873 foi descoberto que a lepra seria uma doença infecciosa causada pelo bacilo
Mycobacterium leprae e foi descoberto pelo
o médico Gerhard Armauer Hansen.
Apesar
de hoje ser uma doença curável a partir de tratamentos medicamentoso, na Idade
média era uma verdadeira praga incurável, quem era molestado pela lepra estava
praticamente condenada a morte, pois os médicos medievais não sabiam
concretamente sobre doença consequentemente pouco se poderia fazer. A lepra que
também era conhecida como " febre pútrida" pouco se tinham de
informação na literatura médica da época, se recorrendo ao trabalho dos grandes
médicos árabes que estes também tinham
bebido dos conhecimentos grego, mas que
na prática pouco se podia fazer aos agravados pela peste. A melhor forma que se
poderia combater a doença dentro de um contexto medieval era a prevenção e
isolamento, pois em sua maioria não se tinha uma boa higienização, o povo se
alimentava muito mal, não tinham saneamento básico e extrapolava na ignorância.
No caso de alguém suspeito por estar com algum sinal de problema de pele, já
seria uma alerta para o risco de lepra, o procedimento inicial seria uma
denuncia formal (geralmente por pessoas próximas), depois uma investigação
minuciosa por parte do estado e que antes estava sobre os cuidados da Igreja.
Para
se identificar um leproso no período medieval não era nada difícil, pois de
longe você poderia os identificar primeiramente por suas vestes que eram
diferenciadas como também que eram a utilização de guizo, sinos sobre suas
vestes, que ou mesmo andar-se com uma trompa avisando a todos que estava
chegando e pudessem se afastar de si, outros cuidados também eram fundamentais
como a proibição de tocar nos suprimentos de comidas, nem mesmo poderiam tirar
água dos poços, pois haviam muito risco de poder contaminar tantos os alimentos
como à água.
Por muitos tempos os leprosos viviam as margens da sociedade,
realmente fora das cidades esperando pela boa vontade de algumas pessoas de bom
coração para poder lhe assistir de alguma forma, mesmo precária somente para
sobrevivência com alimentos e roupas basicamente, e com o decorrer dos séculos
já no período cristão foram surgindo os tão chamados popularmente de
leprosários (casas ou hospitais especificamente para o cuidado dos leprosos),
normalmente essas casas eram dedicadas a São Lázaro que tradicionalmente seria
o que Jesus tinha ressuscitado dos mortos (Evangelho de João), mas ouve uma
pequena confusão, havendo uma ligação errônea entre o Lázaro histórico com o
personagem também chamado Lázaro de uma parábola contada no Evangelho de Lucas
(Parábola do Lázaro e o Rico)que esse sim, era mendigo e leproso, Por esse
motivos muitos desses hospitais eram chamadas de lazaretos.
ARGUMENTAÇÃO
Nessa obra o autor busca nos apresentar de forma mais
precisa possível além do contexto do cotidiano da sociedade medieval em todas
as suas esferas, algo muito além, que transcende ao dados histórico. Mostrando
como a Igreja influenciou e deixou influenciar-se diante das problemáticas e
dos desafios imposto no seu tempo, se adequando a uma cristandade que teve que
superar milênios de paganismo onde muitas da vezes as soluções não era das mais
recomendáveis, sendo quase sempre fundamentada e concretizada por questões
ambígua e precipitada numa ambiente predominante de pura ignorância e
crendices, e consequentemente de preconceitos e oportunismo, atingindo
diretamente os mais vulneráveis da sociedade.
ANÁLISE
Diante de tudo que é abordado pelo autor, observo que
a sociedade medieval vivia o grande temor divino (condenação eterna) causado
principalmente pela sua total falta de conhecimento de forma generalizada, e
consequentemente eram arrastados pelas crendices populares por serem mal
instruídas, outras vezes chegando a serem utilizadas como ferramentas de
manipulação pela própria Igreja da época, como também pelo Estado, acarretando uma
sociedade preconceituosa, mergulhada numa religiosidade cheia de fantasmas,
criadas por seus próprios lideres e dirigentes. Apesar de buscarem da melhor forma possível regrar a população em geral, a Igreja de forma inapropriada e precipitada diante de
um paganismo desregrado e das pragas existente, foi equivocada, fazendo a leitura de seu tempo
como se todo mal que existia na sociedade fosse uma extensão da infidelidade do
povo, suas ações atingiam principalmente os que estavam as
margem da sociedade, levando a todos a um
histerismo generalizado causando
uma verdadeira calamidade social.
Paz e Bem!!
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